quarta-feira, 29 de setembro de 2010

"À medida que se continue procurando, as respostas vem."

Contei que ontem eu e minha irmã entramos na sala errada, e lá permanecemos até bem próximo do final do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita (ESDE)? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, pois foi!

A loira aqui investiu pesado no primeiro dia de caminhada (terça). Chegou em casa arrastando a si mesma. Convenceu a mãe a preparar vitamina, enquanto tomava banho para ir ao centro espírita. No meio da história, ainda tinha que ir buscar a Camila (a irmã) para irem juntas.

Ambas atrasadas, tipo 20:10 (o estudo começava às 20h). A sempre gentil irmã sai desabalada na frente, e entra na primeira sala "habitada", rsrs. E a criatura aqui, logo atrás. Todos que lá estavam olham constrangidos, mas ninguém diz nada. O tema da noite era "Liberdade de Livre-Arbítrio". 

Para encurtar a conversa, Camila e eu percebemos, faltando 10min para o final, que ali estavam os "alunos" do segundo módulo. Nós deveríamos estar no primeiro. Ok, não dava para rir, o ambiente é solene. Mas eu cheguei a comentar que o tema, de certa forma, tinha a ver conosco, com aquilo que conversamos a caminho do centro.

Daí o título do post de hoje... não existe acaso, não entramos ali pura e simplesmente equivocadas. Alguém teria manifestado um comentário, e seríamos redirecionadas. Mas não, precisávamos ouvir sobre aquele tema! E sabem de uma coisa? As minhas respostas estão chegando, das mais variadas formas. A cada dia, compreendo mais claramente o mundo à minha volta, físico e espiritual. Só tenho realmente a agradecer aos bons amigos de luz, que buscam sempre inspirar pensamentos e atitudes, ajudando ainda com os percalços cotidianos.

"O começo é a metade do todo."


O post de ontem falou da mudança que iniciei. Hoje, acordei renovada. É incrível como basta uma pequena correção na rota, e o caminho parece outro! 

Pode parecer bobagem, mas o fato de ter caminhado ontem, e ter "jantado" vitamina (leite desnatado, morangos, aveia, gengibre e banana), e ter ido para a cama depois de um suco delicioso (laranja, cenoura e espinafre), instalaram em mim um mecanismo interessante: o ninguém-me-segura-dessa-vez (nem eu mesma). 

Auto-estima renovada. É isso que sinto... uau, e eu aqui lamentando a preguiça, a ausência de recursos financeiros ou de companhia para me exercitar. Ora, ora, preciso ser honesta: tênis Asics (R$ 569,00), roupas apropriadas e diversas, MP4 com uma pasta de músicas "para malhar" (é esse o título da pasta!). O que faltava mesmo era vergonha na cara, não era não?
Bom, tenho pretensões de manter a linha em relação à alimentação. Não é missão impossível, porque a internet está cheia de receitas light super práticas, e eu amo cozinhar! 

A "moça do espelho" (aka: eu mesma!) disse que o caminho é esse... Não vou questionar (hummm, isso também é mudança: deixar de questionar), vou cumprir. Até quando, como, por que? Não sei! Vamos testar um dia de cada vez. Funciona com os Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos, Mulheres que Amam Demais Anônimos... certamente vai funcionar para mim, que não sou anônima em nada (graças a Deus!).

Imagem daqui

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mudar não é fácil...

... mas é necessário!

Hoje foi um dia atípico, diante de uma rotina que pouco tem-se alterado nos últimos 2 meses. Resolvi, enfim, levantar da cama quando o celular tocou pela segunda vez. Isso sem falar no telefone fixo, que certamente sabia que eu intencionava dormir um pouco mais.

O fato é que a ligação que de fato me fez pular da cama foi da Fernanda, uma amiga de séculos, (rsrsrs,a gente não divulga, por questão de princípios, rsrsrs) sobre duas audiências e outra coisa (não vou dizer ainda, porque não é certeza).

À tarde, fui até a casa dela. Enfim, depois de muito tempo meeeeeeesmo, colocamos a conversa em dia. Fora os processos em questão, o assunto foi casamento. Um parêntese: ela casa em janeiro, e está em polvorosa às voltas com os preparativos.

Folheamos revistas, discutimos possibilidades, fiquei de ajudar com a escolha dos brincos. Bom, quando o assunto é maquiagem, bijus e jóias, além de roupas, sapatos e bolsas, claaaaaaaaaaaro que eu a-d-o-r-o me colocar à disposição. Eu a-m-o pesquisar sobre isso, dar dicas, buscar soluções.

***Voltando ao título do post***

Há algum tempo, venho relutando com conceitos arraigados, difíceis de modificar. Isso vale para os "pré-conceitos", os julgamentos, a dieta e os exercícios. Claro, muitas outras coisas, mas esses 4 tem requerido atenção especial. Sobre os 2 primeiros, uma frase da música "Amor pra recomeçar" resume o que tenho tentado aplicar diuturnamente: "...e com os que erram feio e bastante, que você consiga ser tolerante"

Imagem daqui
Já os outros dois, vocês bem sabem, tem sido motivo de desgosto. Mas, não sei porque cargas d'agua, resolvi fazer alguma coisa. Duas atitudes simples, mas que são as sementinhas das árvores que pretendo ver frondosas. Estou reinserindo salada no cardápio, incluí sucos incrementados à noite, e finalmente calcei os tênis e fui caminhar.

Ok, vocês vão perguntar sobre o pé... eu respondo: decidi que não vou mais usar o imobilizador, e que a "fisioterapia" vai ser caminhada, e gelo (se necessário). 

Todo dia a gente lê sobre os benefícios dos exercícios físicos. Mas sabem de uma coisa? Não ligo a mínima! Não estou fazendo isso para (somente) emagrecer, nem porque meu coração vai agradecer no futuro. Vou e quero continuar indo porque não posso me entregar tão fácil, desistir sem nem tentar. O namorado implora, mas não vou por causa dele, nem porque ele pediu trocentas vezes. 

Mudarei sim, por mim. Percebi que esse papel de vítima não me cai bem. Fica tipo uma saia balonê com top colado: ridículo! (rsrsrs) Quem veste as roupas sou eu, os cabelos e a pele são meus, os benefícios serão igualmente meus. O suor derramado será revertido, única e exclusivamente, para mim mesma. Isso basta, e justifica a mudança.

Já passou da hora de arrumar desculpas, de buscar motivos nos outros... agora é por mim, para mim. 

P.S.:Torçam aí, e incentivem, rsrsrs, afinal eu ainda tenho defeitos como a vaidade, rsrsrs. ;)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Anjos em forma de amigos

Milena finalmente veio passar um dia conosco. Claro, quando estávamos quase em casa, ela me pede para comprar chocolate. Bom, se o pedido não tivesse sido feito, não seria ela. Afinal, a amiga é um exemplo típico de formiga, rsrs.

Para quem pensou num pequeno exemplar, vou logo cortando o barato: ela quis 2 barras de chocolate, 1 lata de Pringles e 1 lata de beijinho Moça Fiesta. Não impedi tamanha sandice insulínica, rsrs. Há momentos na vida em que o bom mesmo é se entregar aos prazeres da gula, e ser feliz.

Almoçamos com mamãe, e o papo foi mudança, transformação. Três espíritas, duas delas em busca de paz de espírito e renovação, outra coisa não poderia estar em pauta, rsrs. O curioso é que a Milena foi uma das várias pessoas que comentaram a energia boa da mamãe. De fato, é um ser iluminado, que transmite bons fluidos através do toque (abraço, aperto de mão).

Descansamos, rimos, falamos de tudo um pouco, lamentamos alguns infortúnios, mas o que marcou nossa tarde foram dois episódios: as duas à mesa, enrolando beijinhos de coco, para comer em seguida; e a ida ao shopping, para algumas providências. Duas criaturas zanzando pelo shopping, já viram, risada na certa. 

A vida é feita de momentos bacanas assim... amizade é um negócio interessante. Não importa se são pessoas que convivem diariamente, ou mal se veem em razão das rotinas. Mas quando estão juntas, eternizam o instante, e aquilo dura para sempre. 
Imagem daqui
Deus me concedeu a graça de ter vários anjos encarnados, que gosto de denominar como "amigos". Obrigada, Milena, por ser um deles!!! ;)

domingo, 26 de setembro de 2010

Encontros memoráveis

Estou cansada, porém feliz. Hoje fizemos o aniversário do vovô, que originalmente é amanhã, dia 27/09. Bom, um churrasco, com tudo que se tem direito, rsrsrs, incluindo um montão de pratos tipo-nada-combinando-com-churrasco: torta de frango, escondidinho de carne-de-sol, bacalhoada, etc., etc.

A mesa faria qualquer endocrinologista. nutricionista, e principalmente cardiologista, desmaiar! A combinação carboidratos-gorduras, de fato, podia ser comparada a uns 8 graus na escala Richter, rsrsrs.

Bom, mais isso não tem tanta relevância, quando se reune a velha-guarda da família, e uns agregados bema nimados, rsrs. Pois é, rolou música ao vivo, com direito a canjinha das tias Bá (octogenária) e Fafá, as "cantoras" da família Brasil. 
Lá pelas tantas, depois de muitas risadas, piadas (novas e velhas), as sessões "naftalina" (recordações) e as tradicionais frases "estamos velhos" ou "essas criaturas eram crianças um dia desses, e hoje já são pais/mães", organizamos os parabéns.

Distribuimos os salgadinhos, docinhos, a torta, e na hora de acender a velinha, rsrs, a tia Fafá saca um papelzinho e faz discurso. Resultado: lágrimas, lágrimas e lágrimas. (ela tem esse dom) Acendemos as velas, cantamos os parabéns, cortamos a torta e servimos.

Sabem, durante as fotos e a filmagem, eu me dei conta de que momentos assim são raríssimos. Quem sabe se haverá uma nova oportunidade festiva? Deus permita que nosso próximo encontro não seja num funeral...

Bom, vamos agradecer a Deus por tudo isso!!!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Órfã de novela

A novela das seis acabou há pouco, e já me sinto órfã. Nesses 29 anos de vida, não me recordo de ter sentido isso por nenhuma das muitas novelas que já vi.

Minha simpatia por "Escrito nas Estrelas" foi imediata: temática espírita, um amor que atravessou encarnações, e muitas outras coisas... Era quase magnética a minha ligação. Enquanto ainda estava trabalhando, as pessoas riam da obsessão em dirigir voltando para casa, "assistindo" a novela. 
Verdade seja dita, eu mais ouvia do que via, por motivos óbvios: o trânsito. Curioso é que eu tinha umas técnicas para acoplar o celular ao espaço originalmente do som; ou ainda, colocava no console, e ficava num ângulo perfeito e à prova de olhares curiosos (principalmente de ladrões).

Quando eu perdia um capítulo, era certo ir ao You Tube e assisti-lo. Compulsão? Obsessão? Bom, classifiquem como quiser... rs Eu chamo isso de grande afinidade com o tema, encantamento com as personagens...

Nesse exato momento, depois de enxugar as lágrimas e detectar que precisarei trocar a camisa que uso, por estar molhada de lágrimas, misturadas com uma quantidade razoável de maquiagem que escorreu. Chorei sim, não tenho vergonha de confessar. Chorei de soluçar!!!

A mensagem que vou guardar disso tudo é que a fé tudo suporta, e sustenta a gente nas horas boas e ruins. Se não chegou a hora ainda, há uma razão. Basta perseverar, orar e vigiar.

Mas sabe de uma coisa, não sei como vou preencher essa lacuna de tempo a partir de segunda-feira, rsrsrsrsrs. Tenho que arranjar uma nova ocupação...

Cinto de segurança



Numa época em que tanto se fala de acidentes de trânsito, e da importância do uso correto de cintos, cadeirinhas, bebês-conforto e assentos de elevação, um comercial simples e extremamente tocante nos faz entender que um gesto simples pode evitar muito sofrimento.

Use o cinto, incentive seus amigos e familiares a fazer o mesmo. Vamos dar exemplo às crianças.

Infelizmente, não tenho os créditos do vídeo, pois recebi via e-mail. Se alguém os tiver, please, mande que eu coloco aqui.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

É tudo uma questão de parâmetros

Hoje acompanhei, meio a contragosto, minha irmã a uma consulta médica. Enquanto ouvia o médico falando sobre cirurgia bariátrica, fiquei pensando sobre o post de ontem, e as consequências da minha fase de alimentação precária. 

Cheguei à conclusão de que, nessa vida, tudo é uma questão de parâmetros. Vamos ao caso específico...

Perto do problema de peso da minha irmã, eu sou uma miss. O médico até riu quando eu mencionei que o meu caso não é cirúrgico. De fato, é mais um conjunto de imensa falta de força de vontade e vergonha na cara, do que qualquer outra coisa. No caso dela, é algo patológico.

Maaaaaaaaaaaaaas, para nossa sociedade, cheia de conceitos irreais e padrões inatingíveis, eu estou gorda. Sabe por que? O parâmetro a ser seguido é Gisele ou Sabrina Sato. E a pergunta que não quer calar: qual o parâmetro que deve ser seguido?

Bom, não estou a fim de filosofar sobre isso. Só resolvi escrever sobre o assunto porque a gente perde muito tempo tentando se encaixar num conceito. EU perdi muito tempo tentando.

Não, eu não estou fazendo apologia à obesidade e ao sobrepeso. Não estou feliz com o que vejo no espelho, mas hoje entendi que a motivação para mudar não deve ser a de me encaixar num modelo socialmente aceito. Eu quero entrar nas minhas roupas guardadas, quero amar a imagem refletida no espelho. 

Esmalte da semana - Hippie chic (Colorama)

(Retirei o imobilizador do pé esquerdo - por favor, sem críticas! rsrs)
Não sei explicar, mas ando fascinada por cores diferenciadas, aplicadas às unhas dos pés. Nas mãos, a cor da semana é Conhaque (Colorama). Retirei o imobilizador do pé, para tirar essa foto. 

Normalmente, só retiro para tomar banho, e dormir. Afinal, se fosse gesso, eu não removeria, correto?

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dieta "infantil"

Não sei o que me dá, de épocas em épocas, no quesito alimentação. Sou adulta, tenho acesso a toda sorte de informação, blah, blah, blah. Mesmo assim, tenho manias infantis, tipo trocar o jantar por pipoca, ter na bolsa uma quantidade razoável de pirulitos, chicletes do tipo Bubbaloo, comprar caixa de chocolates e dar 3 ou 4 para a irmã, comer o resto sozinha...

Estou passando por isso nesse momento da vida, rs. Compro iogurte light com probióticos, legumes, frutas e verduras frescas, temos granola light, farinhas de gergelim e linhaça. Mas nada disso me apetece. Claro que essa fase cobra uma fatura: engordei outro quilo. (sem comentários, please!)
Meu pezinho tem reclamado horrores, principalmente porque nos últimos dias tenho extrapolado a cota de caminhadas. Ontem foi shopping, hoje supermercado e lotérica. Tudo isso dirigindo. Aí já viu, está aqui um inchaço só. Piora tudo estando tantos quilos acima do peso ideal. 

Conversando com a minha amiga Milena hoje, comentei que não vejo a hora de partir para o estágio de meditação, como a Liz Gilbert, rsrsrs, que engordou 11kg na primeira etapa da viagem de 1 ano em busca de autoconhecimento. Como já disse antes, estou na parte do livro em que ela passa horas esfregando o chão do templo, ou meditando, tudo isso com alimentação vegetariana mega-power saudável. Não li nada sobre perda de peso, mas fica um bocado evidente que ela já exterminou uma parte dos 11kg.

Depois da conversa, pensei seriamente em pedir à mamãe para dar férias à empregada. rsrsrsrsrsrs Quem sabe um estágio de serviços domésticos ajude, mental e espiritualmente, como aconteceu com ela.

Estupidamente, como besteiras de forma consciente, e ausente de culpa. Adoro um pão de queijo, capuccino, brownie... e tenho passado batido nas frutas matinais e nos suquinhos entre as refeições. 

Preciso meditar sobre essas escolhas, porque os efeitos delas estão ficando cada vez mais evidentes, melhor dizendo, pulando da cintura das roupas. Não quero adotar um figurino moleton/camiseta larga. Socorro, alguém me proteja da minha própria mania de comer porcarias!

Pânico de entrevista, rs

Tenho deixado cair a noite, cortinas abertas para a madrugada, para escrever os post aqui no blog. Não sei explicar, mas é nessa hora que o meu cérebro raciocina claramente, sem tantas interferências. É como um ritual: banho, pijamas, notebook e um livro (que no momento é "Comer, Rezar e Amar"). Depois disso, entrego-me aos braços de Morfeu, para o sono reparador.

Acordo, não importa a hora que tenha ido dormir na noite anterior, sempre às 9h. Reluto em levantar, mas hoje um propósito novo me acordou aos pulos: o telefone tocando, a jornalista do outro lado da linha. 

Pausa para explicações: meu tio me pediu que fizesse uma denúncia à Procuradoria que cuida da defesa da saúde em Fortaleza, pois há um mês não consegue a medicação que meu avô precisa tomar, por causa do Parkinson. Desdobram-se aí duas situações: uma relativa à Universidade Federal do Ceará, cuja farmácia deveria fornecer um certo remédio, e por causa da licença do médico (3 meses), não está sendo fornecida. A outra, relativa à Prefeitura, que deveria fornecer o segundo medicamento, que está sempre em falta, ou chega em quantidades irrisórias. 

Imbuída do espírito que move (ou deveria mover) a humanidade, pensei que não éramos só nós os prejudicados. Certamente, há muitas famílias deixando de comer para comprar a medicação, ou pior, muitos portadores da doença sem remédio. Enviei e-mail à referida Procuradoria, e fui além: procurei a imprensa, através do site da TV Verdes Mares (afiliada da Globo). 

Daí, ontem à noite, a minha caixa de entrada me surpreendeu: e-mail da Procuradoria, pedindo a relação de medicamentos que não estão sendo fornecidos. Tipo assim, mandei o e-mail na segunda à noite, na terça eu já tinha uma resposta (parcial, é verdade). Hoje de manhã, liga a repórter.

Ok, eu sei que lá no fundo eu considerava a possibilidade de ter que dar entrevista. Mas daí a se tornar realidade... tem alguma coisa aqui dentro de mim se contorcendo de vergonha, de pavor em relação à possibilidade de encarar uma câmera, expor minha família, meu avô. Pedi à repórter um tempinho para conversar com o meu tio. 

Mamãe chega para o almoço, e eu vou correndo em buscar de auxílio materno, no mais clássico tipo "eu fiz besteira, pode me deixar de castigo se quiser, mas você precisa me ajudar a sair dessa". Quando contei, rindo de nervoso, ela me olhou serenamente e disse: - Filha, que oportunidade maravilhosa! Você, como advogada, vai defender um direito básico do cidadão, que é o acesso à saúde. Pense em quantas pessoas você vai ajudar!

Senti a perplexidade que eu devia estar transparecendo naquele exato momento. Honestamente, não esperava esse tipo de reação por parte dela, nem havia remotamente pensado sobre a tal possível entrevista por esse prisma. A intenção inicial era deixar que a imprensa fizesse esse trabalho, enquanto eu ficaria nos bastidores. 

Ainda não sei se a entrevista vai ser de fato feita. Mas o misto de euforia e vergonha já tomaram conta de mim desde que liguei para a repórter, confirmando para hoje, 20h. Que fique claro: a euforia é pela possibilidade de ser a voz de muitas famílias que estão na mesma situação. 

Só para piorar mais um bocadinho, a mamãe finalizou aquele discurso com outra bomba: - Filha, isso pode acabar na pauta do Jornal Hoje, já pensou? Porque há uma possibilidade de estar acontecendo em todo país.

Ok mãe, você me convenceu, vou ali me afogar numa bacia e já volto...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Evoluindo...

Esta tarde eu fiz estripulias, e o resultado é um pé que "reclama" muito, doendo, rs. Tipo, por volta das 15h resolvi ir à FESAC (Fundação Escola Superior de Advocacia do Ceará), para obter maiores informações sobre um curso de atualização em Processo Civil. Só que as inscrições estão sendo realizadas noutro local, o que me deixou aborrecida e com preguiça de dirigir ainda mais, nesse caos de Fortaleza.

Ali perto há uma ótica, e como eu estava com a receita para óculos novos... Só que, para minha tristeza, os preços (as)saltavam (a)os olhos! Tipo, quem paga R$ 450,00 numa armação? Sem falar nos R$ 220,00 das lentes. Eu hein! Saí de lá antes que me cobrassem por ter adentrado a loja, rs. Resolvi passar no shopping Via Sul...

Pausa para considerações: em toda loja que entro, as vendedoras sempre querem me empurrar os produtos "top". Alimento meu ego (rsrsrs) acreditando que elas me julgam abastada. Claro, óbvio e evidente que isso deve ser tipo "obrigação" dos vendedores, tentar vender o que há de mais caro. 

Pois bem, a atendente me veio com uma bandeja cheinha de armações lindas, todas com etiquetas que ultrapassavam os R$ 300,00. Uma delas teve a ousadia de dobrar esse valor, rs. Cada vez que eu dizia "não querida, estou à procura de algo mais barato", ela retorcia a expressão facial, rsrs. Por fim, contrariadíssima, ela abriu uma gavetinha com armações de dois dígitos.

Quando me apaixonei por uma armação, o custo total inviabilizou os meus planos. Poxa, considerando o que já gastei com as lentes de contato, o que me restou foi realmente conter o impulso e somente trocar as lentes da minha armação anterior, que por sinal custou quase um salário mínimo (shame on me) hoje, imagina 4 anos atrás.

Paguei, e saí de lá meio triste. Algumas voltinhas pelo shopping depois... fiquei orgulhosa de mim mesma. Primeiro, porque ponderei muito e acabei optando pela prudência, e não pelo impulso consumista.
Todo dia aprendo uma coisa nova, supero um desafio, ultrapasso um obstáculo, quebro um paradigma. Todo dia é um novo passinho, tímido, porém firme na busca pelo crescimento espiritual.

(Im)paciente

A gente está acostumado com notícias sobre a situação da saúde neste país. Ok, a pública é o caos em absoluto, fato! Só que não costuma ser notícia o péssimo atendimento dado aos usuários de planos de saúde. Paga-se por algo já custeado por altíssimos impostos, sob o pretexto de obter atendimento rápido e eficaz.
BALELA!

Desde que minha família tornou-se usuária da Unimed, por que$tões pe$$oais (nosso plano anterior era Camed, much better), a cada doença, a via-sacra tem início: hospital lotado pela virose do momento, precariedade em todos os sentidos. Como o meu querido pé esquerdo não se contentou com o imobilizador, fui obrigada a procurar um "especialista". Lá vou eu, 15h de uma segunda-feira, ao famigerado Hospital Regional Unimed.

Enganei-me por crer que, em razão do atendimento ser "especializado", não haveria tanta gente aguardando. Parcialmente certa, fui atendida após uns 20 minutos. A médica, ortopedista, pede para que eu retire a órtese. Faz perguntas do tipo "quando aconteceu a entorse?", "dói quando aperto aqui, e assim?". Pede um raio-x.

A loira iludida consegue que a pobre e ranzinza atendente autorize o exame, e vai. A cena é dantesca: um corredor l-o-t-a-d-o de gente aguardando pelo mesmo serviço. A tv de lcd, linda, penduradinha num canto do corredor, dá a sentença: 25 pessoas a minha frente, sem contar as prioridades. Calculo, por baixo, uma espera (em pé, as cadeiras estavam todas ocupadas) de 3 a 4 horas.

Decidida a ir embora, consulto a recepcionista, que me informa que a modalidade do meu plano não possui outro local de atendimento, e que a consulta não poderia ser cancelada. Conformada, pero no mucho, espero uma chance de, furtivamente, adentrar o consultório outra vez. Sai uma simpática senhorinha, e eu entro na cara-dura. 

Pergunto, sem pestanejar, a importância do exame para a conclusão do meu diagnóstico, e explico a situação das 25 pessoas aguardando. A ortopedista murmura algo ininteligível, pega meu prontuário e faz anotações. Entrega uma receita de um remédio para tomar de 8h/8h (não diz por quantos dias, nem coloca a opção sobre genérico), e também uma guia para fisioterapia.

Vou embora, e com a graça de Deus, pelo menos dessa vez não paguei pelo estacionamento. Isso siginifica que a minha jornada ficou dentro da 1h de franquia. Saí de lá do mesmo jeito que entrei: insatisfeita. O pé dói, óbvio, a medicação é a mesma que sempre tomei para casos semelhantes, e a tal fisioterapia é a treva, que sempre odiei. 

Agora, escrevendo este post, acabei por me dar conta de que perdi tempo e dinheiro indo até lá: eu já sabia o que eu tinha, a medicação que deveria tomar, os demais procedimentos. Não acrescentou nada. 

Eu honestamente odeio esses planos de saúde. Estão conseguindo me convencer de que é melhor pagar consultas particulares, e ser atendida por médicos de verdade, competentes, que realmente se importam (ou com o $$ que cobram pela consulta, ou com o paciente, whatever): pelo menos transmitem aquela sensação que conforta o paciente.

sábado, 18 de setembro de 2010

Pai: quem é e o que representa?

Todos nós temos um pai. Se o conhecemos, se não convivemos, se já partiu, se nunca apareceu, enfim... é fato que o cara existe. 

No meu caso, entre prós e contras, os últimos predominam. Infelizmente.

Essa semana, ao sair de casa na terça e na quarta, lá estava ele, do outro lado da rua. Apesar dos laços consanguíneos, tais encontros parecem entre dois completos e antipáticos estranhos. 

Houve um tempo, após a separação dos meus pais, em que me senti culpada por haver escolhido um lado: o da minha mãe. Massacrei minha existência e criei mentalmente vários encontros, nos quais a gente (melhor dizendo, eu) lavávamos a roupa suja, e cada um seguia seu caminho, livre de culpas.

Quando minha tia, irmã dele, morreu subitamente em maio de 2009, fui "gentilmente" compelida a não criar "cenas". rsrsrsrsrs. Como se eu fosse um ser desprovido de inteligência e sensibilidade, incapaz de respeitar um momento de luto em nossa família. Mas o fato é que a atitude dele durante o velório, convenceu meu namorado de que não valia a pena resgatar uma relação que não existe.

Como espírita, entendo que temos resgates não concluídos nesta existência carnal. Vai ficar para uma próxima, rs. Pelo menos hoje, adulta, consigo recordar sem mágoa, alguns momentos bons, e outros engraçados, dos quais ele fez parte. A coisa "embaçada", os defeitos, as falhas morais, todo o resto, ficam ali, espiando de longe. Não consigo esquecer o que minha família viveu, o meu passado, enquanto ele estava aqui.

Hoje, o meu genitor, para mim, é um cara estranho. Alguém que se separou da mulher, e dos filhos por tabela. Não ajudou moralmente, financeiramente, mas se sente vítima, excluído. Curioso... Quem colocou comida na mesa, quem bancou 3 filhos, casa, empregada, tudo, foi a mamãe. E sem reclamar, sem ficar lamuriando. 

Ok, posso estar aumentando minha cota de débitos espirituais, mas honestamente, vivo de acordo com o que vi e vivenciei desde que nasci, até os 23 anos: ele não ajudou, algumas vezes atrapalhou. Não faz falta.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Livros: um mundo à parte

Terminei de ler "Por que os homens se casam com as mulheres poderosas". Tenho inúmeros comentários sobre o livro, mas para aguçar o interesse das amigas e demais mulheres, direi duas coisas: vale a pena comprá-lo (custa R$ 16,90 nas Lojas Americanas, R$ 19,90 na Siciliano), e se você não extrair nada de bom do texto (o que acredito ser IMPOSSÍVEL), pelo menos vai garantir boas risadas.

Fiquei tão empolgada com a proximidade de concluir a leitura ontem que acabei perdendo o sono. Resultado: tipo 1h da manhã peguei o outro livro, "Comer, Rezar e Amar". Ledo engano sobre cochilar ao começar a lê-lo. Fui obrigada a me obrigar a dormir (e isso existe, obrigar-se a dormir? rsrs).

A reviravolta que tomou conta da minha vida desde a semana passada serviu para uma série de mudanças, positivas. Além de eu haver retomado a minha vida pessoal, meus anseios, meus sonhos, e ter-me desprendido mais do namorado, readquiri (ou melhor, reavivei) o hábito de ler. 

A gente fica tão preso ao controle remoto, à programação da tv por assinatura, que vai emburrecendo. Notei que havia sido absorvida quando escrever coisas simples aqui no blog exigiam reflexão sobre a adequação (ou não) de certas palavras. Que horror! Ainda bem que acordei a tempo de reparar o dano. Por outro lado, creio que nunca é tarde para abandonar velhos hábitos.

Se você que me lê passa tempo demais em frente ao computador, navegando perdidamente, ou ainda fica zapeando os milhares de canais da tv paga, faça como eu: troque uma noite de tv por uma boa leitura. Quando digo "boa", não siginifica que é para ler Platão ou Pablo Neruda, rs. É deixar-se levar por uma leitura que agrade. 

Aproveita o horário eleitoral. ;)

P.S.: não estou fazendo apologia contra a propaganda eleitoral, mas convenhamos, os discursozinhos dos candidatos, honestamente, afrotam a minha inteligência e também não influenciam meu voto. Em assim sendo, pouco me importa o que dizem na tv, nesse tal "horário obrigatório". Debates sim, faço questão de assistir.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esmalte da semana - Jeans (Colorama)

O pequeno acidente de ontem resultou, como era previsto, em desconforto para dormir e empecilho para fazer coisas cotidianas. O Tensor não resolveu e tive que apelar para a bota imobilizadora (parece um gesso, só que posso remover para dormir e tomar banho, por exemplo).
Mas o post de hoje, como eu havia adiantado ontem, diz respeito ao fato de que estou, sim, imobilizada. Mas as unhas dos pés, honey, estão um luxo!!! rsrsrsrs O esmalte é o Jeans, da nova coleção Colorama.


(Perdão pela foto meia-boca, foi tirada com o celular, só para ilustrar o post.)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Rir de si mesma

Aprendi a rir de mim mesma. Dizem os especialistas que isso é bacana, não se levar tão a sério o tempo todo. De fato, a vida fica leve. 

Por que eu fiz essa introdução? Respondo, e desde já autorizo você (que está lendo este post) a dar gargalhadas: fui ao fórum Clóvis Beviláqua na tarde de hoje, para uma audiência pro-bono a pedido de uma amiga. Desci a rampa e não percebi que havia um desnível no final dela, e o resultado foram o meu lindo scarpin nude e meu tornozelinho esquerdo num rodopio e uma belíssima entorse por consequência.

As pessoas que estavam perto foram extremamente delicadas, primeiro porque não riram da cena (eu teria me acabado de rir, não posso mentir!), e segundo porque uma mulher me ajudou a sentar. A dor foi tão absurda que nem tive coragem de retirar o sapato. 

Noutros tempos da minha vida, isso teria sido motivo de ódio e revolta, eu teria sido grossa com quem me acudiu. Mas hoje, ao sentar, ri de mim mesma, por ser tão desastrada. Não me culpo por ser assim, mas já me culpei muito, e também já tive muita vergonha. Atualmente, simplesmente faço piada e sigo adiante. O digníssimo fica possesso quando, andando de mãos dadas, eu dou aquela viradinha singela no tornozelo, uma quase-entorse. Por causa do susto que ele toma, claro, e pelo fato de que quase sempre eu não caio porque ele me segura. 

*** pausa para uma gargalhada, ao rememorar cenas hilárias nesse sentido!***

Eis-me aqui, com um Tensor no tornozelo, por sinal bem inchado e latejante, aguardando as cenas dos próximos capítulos. Se amanhã não estiver melhor, o jeito será procurar um traumatologista e encarar a milhonésima imobilização, rsrsrs.

Fazer o que? Nasci meio estabanada e desligada assim mesmo, rsrs.

#Imagem daqui#

terça-feira, 14 de setembro de 2010

De Bridget Jones a Carrie Bradshaw

Vou passar rapidamente pelos acontecimentos, somente porque já havia me comprometido... OK, será o exorcismo da semana passada. Aos fatos:

Após a discussão sobre a posição do digníssimo acerca de compromisso matrimonial, e de toda a depressão instalada no meu ser, na sexta-feira (10/09) fomos rumo a Tianguá, para um compromisso "social" com o cidadão hierarquicamente superior ao digníssimo. Encarar algumas horinhas de viagem e uma total ausência de diálogo, em razão do meu estado psicológico, foi qualquer coisa assim que quase me fez abrir a porta do carro e saltar, rsrs.

Chegando ao local reservado para nós, deparei-me com um antro! Sim, porque aquele lugar imundo jamais poderia ser qualificado como pousada. Alheio às minhas reclamações sobre o estado geral do dormitório, o cidadão acomodou a bagagem e rumou até a padaria, já que estávamos a horas sem comer. A imbecil aqui, claaaaaaaaro, perdeu o senso e ingeriu uma xícara de chocolate quente (leia-se: gordura pura, maisena e chocolate vagabundo até entupir cada celulite do corpo), sem falar nos carboidratos.

Ultrapassada a orgia gastronômica, fomos andar pelos arredores, e consegui convencê-lo a ir até o hotel próximo de onde estávamos, para comparar com o "muquifo" no qual nossa bagagem repousava. Ele finalmente entendeu o que eu havia dito sobre a precariedade da limpeza e resolveu buscar nossas coisas. Obviamente, fiz questão de enfatizar que ele devia ter me ouvido antes de tirar minha necessaire do carro (não podia perder a oportunidade dessa "vingancinha"). 

Devidamente bem instalados, banho e a sensação de estar viva novamente, era hora de respirar fundo e fazer o papel de namorada-do-subordinado-adorando-conhecer-o-chefe. (Argh!) Força na peruca, fomos até Viçosa. Um frio lascado, por causa do vento, e eu tentando ser atenciosa com a namorada do cara. OK, ela é gente fina, reconheço. Acabei criando afeição real por ela. 

Obviamente, questionei mentalmente umas duas milhões de vezes o que ela viu num cara tão sem cultura, tão "bonzão"? Lembrou-me um caso semelhante vivido por uma mulher bacana que conheço... (pula essa parte, porque graças a Deus ela está noutra, que eu saiba bem feliz). Whatever... Digníssimo comeu fondue pela primeira vez na vida, rs, e o ambiente proporcionou momentos de romantismo.

No dia seguinte, acordamos e fomos andar pela cidade. Tirando a parte em que fiquei plantada na frente da obra da futura loja, adorei o tempo em que permaneci na loja da Hering. Comprei uma blusa de manga longa, um cinza meio bege desmaiado (huahuahuahuaha, ô definição de cor essa minha hein?), um casaco cinza de nylon e uma bata coral. 

Consegui convencer o cidadão a adquirir umas bermudas, um cinto e uma camisa pólo. Daí acabou a privacidade, e lá fomos nós para Ubajara. A cidade parece coisa da Mattel, toda enfeitadinha, casinhas lindas. Almoçamos num restaurante dez! Voltamos, despedidas aliviadas, hora de voltar a Fortaleza.

Tudo ia bem, até que o digníssimo errou o caminho e, na retomada do perímetro correto, a tal conversa sobre casamento veio novamente à tona. Poupando detalhes, digo aqui que essa foi a conversa que calou fundo a loira aqui. 

Decidi que está passando da hora de deixar de ser Bridget Jones, e encarar que nasci para ser Carrie Bradshaw. O livro que a Lara falou está ajudando nesse processo, e algumas mudanças já foram implementadas (por mim, em mim mesma, huahuahuahua). Chega de viver em compasso de espera. Aliás, li hoje o horóscopo da Estilo desse mês, e fez sentido: "Questões desgastantes do passado veem à tona, pedindo uma revisão urgente."

E como diria Ana Carolina: "e vamo que vamo, vamo que vamo que dá!".

P.S: a bota ficou um luxo supremo! Tomara que apareça logo uma oportunidade para inaugurar. Quem sabe visitar Nat em BH? hummmmmmmm!!!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Atualizações pendentes

Muita coisa para atualizar... peço desculpas e faço uma promessa: até terça, contarei sobre a última semana em Itapipoca, a ida a Tianguá (incluindo a parte "social" da viagem), o retorno a Fortaleza, a saga da bota Shoestock, os acontecimentos de sábado e domingo.
Só para antecipar umas coisinhas, e deixar um misteriosinho no ar: comprei o livro que a Lara tinha intenção de emprestar. Comprei também o "Comer, Rezar e Amar", e o novo da mesma autora, "Comprometida".

Muita coisa ainda merece post por aqui. Aliás, esse blog é a melhor terapia do mundo!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Alternância de sentimentos

Estou alternando momentos de fúria e calmaria. Durante o almoço de hoje, agora a pouco, conversávamos sobre o pesadelo que ele teve essa noite. Na minha opinião, tinha a ver com a libertação do inconsciente, durante o sono, e todos os medos são liberados. 

Ele vira e pergunta "de que medos específicos você se refere?". Chutei o balde, e respondi que o medo de casar era um deles. Para minha surpresa (e posterior fúria), ele retrucou e disse que não tem medo de casar, simplesmente não acha que seja o momento certo. 

Bacana né? Agora, enauqnto escrevo este post, ele reclama que o estou tratando com frieza, e diz que depois da conversa de terça, não sou mais a mesma.

*** pausa para inspirar e não ter um ataque***

Honestamente, não sei o que fazer. Tenho rezado pedindo serenidade, porque se eu pedir força, com certeza estarei nas páginas policiais nos próximos dias. Quem estiver lendo este post, e puder me fazer uma caridade, reze por mim. Estou precisando, e muito!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cicatrizando

Estou melhor hoje, após um dia e meio sentindo como se tivesse sido atropelada depois de um enterro de alguém muito querido.

O fato é que estava tomando banho e me veio à cabeça o seguinte: retomar a vida. Na prática, isso significa procurar um bom cursinho (ou um emprego digno), cuidar do meu corpo (essa gordura toda está me incomodando) e da minha mente. Na prática, é um manual de sobrevivência a um possível e futuro fim.

Amanhã volto para Fortaleza, e juro por Deus, estou contando as horas para estar na minha cama. Vou fazer um enorme esforço para não chorar até empapar os lençóis. Mas de hoje em diante, o que posso garantir é que não quero esse papel de vítima em que me coloquei. Not!

Se tiver de acabar, o que posso fazer é só cuidar para minimizar os estragos. Só que pode continuar, e é o que vou tentar fazer, até porque depois de uma decepção desse tamanho, trincou alguma coisa aqui dentro. Na aura das suposições, PODE SER que ele mude de ideia, PODE SER que eu veja que não há futuro. Em suma: tudo é possível, para o bem ou para o mal.

Pensar assim fez com que começasse a cicatrizar. Já é um começo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Música e "acaso"

Enquanto escrevia o post anterior, ouvi uma música cuja letra me tocou, diante do que vive na noite de hoje. É do NX Zero (uma banda que eu nem gosto, nem costumo ouvir). Parece coisa do acaso, mas é certo que acasos não existem. Se tocou, e eu ouvi, há um propósito.

Se o medo e a cobrança, tiram minha esperança,
Tento me lembrar, de tudo que vivi,
E o que tem por dentro, ninguém pode roubar.
Descanço agora, pois os dias ruins, todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa, pois sei que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, eu espero a minha vez.
O suor e o cansaço fazem parte dos meus passos,
O que nunca esqueci é de onde vim,
E o que tem por dentro, ninguém pode roubar.
Descanço agora, pois os dias ruins, todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar.
E não ter mais pressa, pois que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, e eu espero a minha vez.
E eu não to aqui pra dizer o que é certo e errado,
Ninguém tá aqui pra viver em vão.
Então é bom valer a pena, então é pra valer a pena, ou melhor não.
Os dias ruins todo mundo tem,
Já jurei pra mim, não desanimar
E não ter mais pressa, pois sei que o mundo vai girar,
O mundo vai girar, e eu espero a minha vez.


(Espero a minha vez)

Hole in my soul

Poucas vezes nessa vida, abriu-se um buraco tão grande dentro de mim. O que hoje, com o parco conhecimento espiritual adquirido, consigo ver como certo na vida é o fato de que passa. Tudo nessa vida passa. 

Essa noite, no caminho Sobral/Itapipoca, ouvi do cara que eu tanto amo que ele não tem certeza sobre um futuro. Em resumo: não se vê casado. Quem me conhece sabe, quem lê o blog sabe, acho que o mundo inteiro sabe do meu sonho, do meu projeto de vida. 

A sensação que eu tive, na hora, foi de estar correndo uma prova de 200m rasos, e no meio do caminho não enxergar um fio com cerol. Estou cortada ao meio, nesse exato momento em que escrevo. A sensação é essa: estar partida em dois pedaços.

Honestidade assim, tão nua e crua, tem um toque de crueldade. Mas tudo bem, isso vai passar. Não sei o que fazer agora, daqui para frente. Se fosse antes, tipo 5 anos atrás, eu sabia exatamente: era melhor o fim da vida. Morrer parecia uma ideia bem menos dolorosa.

Só que hoje, enquanto o buraco estava sendo "cavado" em mim, eu rezei. Nunca, nunca pensei que num momento como esse, a atitude seria rezar. Mas eu fiz: rezei, rezei, pedi orientação e discernimento, para não ter revolta nem me deixar consumir pela dor.

Agora, passando de meia-noite, não tenho lágrimas. Só uma dor que consome, consome. Uma vontade de gritar, de pegar as coisas e sair correndo, sem destino. Tem um lado positivo: dessa vez, pelo menos, não tenho vontade de jogar o carro no poste, ou de me jogar pela janela. A única coisa que eu queria era que essa dor passasse. 

Caramba, eu sei que vai passar. Se a gente tiver de ficar junto, vai ficar. Caso contrário, não posso fazer nada. Não tenho culpa!!! (fico repetindo esse mantra: "não tenho culpa, não fiz nada de errado, não sou eu"). As dúvidas são dele, nada do que eu fizer ou disser vai fazê-lo mudar de ideia. 

Por enquanto, fica tudo como está. Amanhã, só Deus sabe...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Sonho e realidade - detalhes práticos

"Se eu me casar, serei muito feliz. E, se ficar solteira, terei uma vida ótima e também serei feliz. Então, realmente não é prioridade."

Essa frase me foi enviada pela Lara, retirada do livro "Por que os homens se casam com as mulheres poderosas? (Por que os homens se casam com as manipuladoras)". Ela me prometeu ceder o livro, e faço questão de ir buscá-lo assim que retornar a Fortaleza. 

Conversando com ela sobre o tal livro, percebi que é hora de apertar uns parafusos soltos na minha cabeça. Ora, ora, por que ficar lamentando o medo e a insegurança do meu amado namorado? Se ele não pretende mudar, licencinha aí amigo, eu pretendo sim.

Eu não abro mão de casar, quem me conhece sabe que é um projeto de vida. Mas se o homem que eu escolhi não me escolheu, paciência. Alguém aqui precisa tomar uma atitude, porque o tempo está passando. Repito: eu amo esse cara, sou capaz de qualquer coisa pelo bem estar dele. Não preciso provar mais nada!

Engraçado como nós, mulheres, somos decididas. Estranho como eu havia adormecido isso em mim. Creio que seja a tal certeza de que ele é o cara. (Pausa para esclarecimentos: quando eu o vi pela primeira vez, estremeci. Sabia que era o meu número! Já passamos por maus bocados, enfrentamos situações as mais adversas possíveis, já moramos juntos por 3 meses, enfim...)

Pois é... e ele ainda tem incertezas, medos, inseguranças, dúvidas sobre casar. Bom, qual a diferença entre o que estamos vivendo hoje, e um casamento??? Aliança na mão esquerda (já usamos na direita!), coabitar (isso já acontece há tempos!), uma festa e um papel assinado??? 

(Caraca, agora que me dei conta: será que o medo é da festa e do papel assinado???)

Momento Bridget Jones

Estou numa fase Bridget Jones, mais especificamente "No limite da razão". A cena em que ela se vê sozinha no apartamento, e questiona a vida que leva, aplica-se ao meu caso hoje. 

(Eu tinha um emprego medíocre, é verdade, mas era o que pagava as minhas contas e me dava autonomia. Eu tenho um namorado, é verdade, mas ele parece um gato ao se deparar com água de banho, quando o assunto é casamento.)

A Bridget teve a oportunidade de viajar ao Taiti, fez uma porção de besteiras, e o cara medroso foi até lá, resolver o imbróglio. Eu não tenho a opção de viajar assim, então só me resta a resignação. Se bem que, neste momento, escrevo diretamente de Itapipoca-CE. 

O meu amedrontado-assustado-apavorado namorado foi temporariamente transferido para cá, e aqui estou, para uma semana de "férias". Se eu não enlouquecer de tanto ficar trancada nesse quarto de hotel, sem tv a cabo (Sky, mais precisamente), sem shopping na cidade, nada mais nesse mundo pode ser capaz de me atormentar.

Bom, esse post não é exatamente o mais agradável de todos. É só um desabafo de uma mulher, frustrada com esses medos irreais que povoam a cabeça do par. Por que homem tem aversão ao casamento???