sábado, 18 de setembro de 2010

Pai: quem é e o que representa?

Todos nós temos um pai. Se o conhecemos, se não convivemos, se já partiu, se nunca apareceu, enfim... é fato que o cara existe. 

No meu caso, entre prós e contras, os últimos predominam. Infelizmente.

Essa semana, ao sair de casa na terça e na quarta, lá estava ele, do outro lado da rua. Apesar dos laços consanguíneos, tais encontros parecem entre dois completos e antipáticos estranhos. 

Houve um tempo, após a separação dos meus pais, em que me senti culpada por haver escolhido um lado: o da minha mãe. Massacrei minha existência e criei mentalmente vários encontros, nos quais a gente (melhor dizendo, eu) lavávamos a roupa suja, e cada um seguia seu caminho, livre de culpas.

Quando minha tia, irmã dele, morreu subitamente em maio de 2009, fui "gentilmente" compelida a não criar "cenas". rsrsrsrsrs. Como se eu fosse um ser desprovido de inteligência e sensibilidade, incapaz de respeitar um momento de luto em nossa família. Mas o fato é que a atitude dele durante o velório, convenceu meu namorado de que não valia a pena resgatar uma relação que não existe.

Como espírita, entendo que temos resgates não concluídos nesta existência carnal. Vai ficar para uma próxima, rs. Pelo menos hoje, adulta, consigo recordar sem mágoa, alguns momentos bons, e outros engraçados, dos quais ele fez parte. A coisa "embaçada", os defeitos, as falhas morais, todo o resto, ficam ali, espiando de longe. Não consigo esquecer o que minha família viveu, o meu passado, enquanto ele estava aqui.

Hoje, o meu genitor, para mim, é um cara estranho. Alguém que se separou da mulher, e dos filhos por tabela. Não ajudou moralmente, financeiramente, mas se sente vítima, excluído. Curioso... Quem colocou comida na mesa, quem bancou 3 filhos, casa, empregada, tudo, foi a mamãe. E sem reclamar, sem ficar lamuriando. 

Ok, posso estar aumentando minha cota de débitos espirituais, mas honestamente, vivo de acordo com o que vi e vivenciei desde que nasci, até os 23 anos: ele não ajudou, algumas vezes atrapalhou. Não faz falta.

Um comentário:

  1. olá! Em situações de divórcio isso ocorre muito, mas tomam os lados da Mãe, as crianças que sabem ser justas ( penso eu ). No caso de uma prima minha, o Pai dela pediu divórcio á mãe, fez coisas más, e é claro que dos três filhos, aquela que ainda hoje não fala para o Pai é a minha prima. Os rapazes ainda falam com o Pai, pois souberam perdoar ( penso eu ) e o Pai ajuda-os com dinheiro e em outras coisas. A minha prima é de fibra, não quer nada do Pai. O Pai bem lhe escreveu uma carta, mandou-lhe um cheque com dinheiro, mas ela recusou tudo. E o divórcio já ocorreu há 14 anos, penso eu. Beijos e um bom Domingo. as melhoras.

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