sexta-feira, 28 de maio de 2010

Hierarquia e palavra

Incrível como as pessoas se julgam no direito de decidir sobre a vida umas das outras, especialmente se estiver envolvido qualquer tipo de hierarquia. Curiosa ainda a habilidade que os superiores possuem de esquecer o que falam, pricnipalmente quando disser respeito a situações já acordadas, ou pior ainda, direitos.

Namorido está trabalhando em Sobral, e deve ficar por lá até agosto, perigando ficar setembro também. Antes de ser transferido, ficou acordado com o superior que seria possível vir a Fortaleza quinzenalmente, saindo de lá às 12h da sexta-feira, e retornando no domingo à noite.

Ansiosamente esperada, a dita sexta-feira seria hoje. Daí ontem, num surto psicótico, sei lá o que mais, a criatura diz que não é para ele vir, que ele desmarque a passagem, blah, blah, blah, sem maiores justificativas. PERAÍ!!!!!!!!!!!! E o que tinha sido acordado??? Onde se perdeu aquela história de que a palavra de um homem é a sua maior garantia???

Haja oração, porque um espírito desses só pode ser cercado de muita treva, rsrs. Qual é o propósito disso? Fragilizar os laços de uma família? Prejudicar um namoro? Isolar o funcionário numa cidade onde ele não tem amigos, parentes, e vive tão somente para trabalhar 12h por dia, e 6h aos sábados???

Os estudos comprovam que funcionários felizes rendem mais, ficam doentes menos vezes, trabalham com amor. Então!!!!!!! Deixem-nos viver nossas vidas, manter os laços afetivos... Não destruam nossos sonhos!

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Abuso de generosidade

Acredito que sou o tipo de pessoa que ajuda sempre que possível. Uma carona, emprestar alguma coisa, fazer um favor... mas infelizmente o mundo tá cheio de gente que adora se aproveitar da boa vontade alheia. Vamos lá...

Adoro a galera do curso de Especialização, pelo menos a maior parte. Mas tem um ou outro "escorão", que a gente estende a mão e quando percebe, a criatura tá levando anel, pulseira, rsrsrs. Daí que a minha praticidade em pedir aos professores que repassem seus materiais via e-mail acabou gerando uma espécie de obrigação: tenho que pedir sempre, e ainda aguento o povo dando instruções para encaminhar hoje, amanhã, para o e-mail x, y, z...

Semana passada, o professor havia pedido para começar a aula mais cedo, e eu me prontifiquei a informar ao grupo via e-mail. Aproveitei que ia fazer isso e avisei que havia dado certo as justificativas de ausência na aula anterior, que alguns haviam feito pessoalmente, outros via telefone. Daí responde uma cristã: "e por que não fez a minha também???"

Ora, ora, ora... vê se pode??? Virei secretária?!?!?! Nananinanão! Fazer favor é uma coisa, ser cobrada por isso é outra absolutamente diferente. Fiquei bege, furiosa, mas não respondi. Mas que deu vontade de mandar praquele canto, isso deu sim, rsrs.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Para Natália Bento Chagas

Eu jamais poderia dizer ao vivo o que pretendo escrever aqui, porque certamente não chegaria nem até a metade do discurso sem debulhar lágrimas e lágrimas e tornar triste um momento tão especial. O fato é que me sinto meio mãe dessa mulher fantástica que hoje nos deixa, fechando um ciclo de 6 anos de convivência.

Quando colei grau, em dezembro de 2004, a vaga de estágio que eu ocupava ficou vaga. Passadas as festividades natalinas, de graduação, etc. etc., a Natália chegou. Recém saída de um cargo "pedra noventa" (só enfrenta quem aguenta, rs) numa empresa de telemarketing, ela aterrisou naquela cabine e provocou uma revolução. Ok, o Fernando diria: mas ela nem sabia ligar um computador, dava era raiva, rs.

Mas como a água, que contorna os obstáculos e segue seu curso, essa guerreira aprendeu não só a manusear um computador... ensinou, e muito. Cativou cada um que teve a distinta oportunidade de conviver com ela. Treinou estagiários, ajudou com tarefas que fugiam totalmente da sua área, enfim, foi pau para toda obra. Tava difícil? A Nat "desenrola".

Nesse interim, saímos juntas, rimos juntas, sofremos juntas. Se nós éramos as pontes, muita água rolou por debaixo. Nossa proximidade sempre foi mal vista, o que é normal em se tratando de "superior e subordinado". Parece que o mundo pensa que não pode haver amizade entre pessoas (eu disse PESSOAS) de "hierarquias" diferentes. Hoje, consigo compreender que se tratava tão somente de inveja.

Neste 25 de maio de 2010, ela vai nos deixar. E como "mãe", percebo que ela "cresceu" e vai "ganhar o mundo". Eu não estou preparada para isso, rs! Mas ela está. 


Amiga, siga seu destino, abra suas asas e voe bem alto. 


Quando estiver lá em cima, lembre que estarei aqui, sempre que for preciso. Obrigada por ter me ensinado tanto!

Caminho espiritualista

O nosso caminho é ladrilhado pelas escolhas que fazemos todos os dias. Se há pedras, certamente fomos nós que, em algum momento, atiramos sem dar muita importância. Se há flores, é porque por onde já passamos deixamos nosso rastro plantadinho, e que hoje colore nosso passado.

Dito isso, explico que passei a enxergar as coisas sob essa perspectiva após uma experiência espiritualista bem curiosa. Não descerei a detalhes, não é o propósito. O fato é que acabei indo ao encontro de um médium, cujo guia já havia predito à mamãe que chegaria a hora.

(Em tempo: nada acontece por acaso, então no domingo houve um comentário dela sobre a necessidade que ELA tinha de retornar lá. Dessa vez, por impulso, disse que iria com ela, e não houve contra-argumentação. Detalhe: eu não sabia do que ele havia falado sobre a minha ida, porque ela achou prudente não comentar, para não sugestionar.)

Fui com minha irmã ao aeroporto, buscar mamãe, e de lá iniciamos a jornada rumo ao centro. Só que a mamãe não fazia ideia do caminho (e olhe que já havia ido umas 4 ou 5 vezes). Mas eu segui minha intuição, perguntei em alguns postos (frentistas são péssimos instrutores, diga-se de passagem) e fui. Chegamos, não me pergunte como. Só sei que fui "guiada".

O que ouvi foi incrível, aliás tudo foi uma experiência inexplicável. Próxima segunda estarei lá novamente, para fechar esse "ciclo".

E é isso... eu deixei de jogar pedras no caminho futuro e passei a prestar atenção nas sementinhas que podia deixar no caminho que tenho trilhado. É realmente um novo e maravilhoso ciclo de vida, aos quase 29.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Um novo ciclo

Prefiro acreditar que o inferno astral serve para forçar uma mudança de atitude. Assim, fica mais fácil aceitar as turbulências da vida pré-aniversário. 

Aproveitando esse ensejo, sábado resolvi que era o dia de encarar a bagunça que ficava em cima do guarda-roupas. Não pensei, agi: escada, mamãe e quando vi, o chão do quarto estava tomado de tranqueiras de uma vida inteira. E lá se vai o processo de abrir tudo, analisar, jogar fora! E lá se foram agendas profissionais (não tive coragem de jogar os diários adolescentes), recortes, figurinhas, etc., etc., etc.

Mamãe diz que tenho mania de guardar as coisas, rs. Descobri que era verdade. Veja bem, ERA. Porque eu não tive pena, foram 3 sacos pretos e muitas caixinhas, caixas, embalagens de presentes, rs. O que eu tinha de sacolas de lojas era um horror! Tudo fora!!!

Concluída essa fase, e numa manobra curiosa, mamãe e eu aspiramos o local e recolocamos o que realmente ficaria para a posteridade. Incrível o que tem de espaço agora lá em cima, rs. Finalizada a operação, um banho para comemorar, rs. 

Sábado que vem o desafio será o guarda-roupas em si, mais o gaveteiro e o que ainda tiver no quarto, rs. Menos a sapateira, porque nessa eu vivo mexendo e realmente o que era para doar, consertar ou jogar fora eu já fiz.

E que venham os 29 anos! Estou pronta! ;)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ao vivo, o vício.

Já diz o ditado: se Maomé não vai à montanha, a montanha vem a Maomé. Hoje de manhã tive esse choque de realidade, comprovando o ditado.

Nos arredores do local onde trabalho hoje (escritório, prédio em frente à Beira Mar, Fortaleza/CE), há um imenso fluxo de turistas. E já sabe, turista atrai mendigagem (sem querer, óbvio) e prostituição (na maioria das vezes, quer sim!). Onde há discrepâncias sociais, há uma ferida aberta, purulenta, que não cicatriza: drogas.

Eu venho e vou, alheia a tudo isso. Acho que passamos a nos "acostumar" com a "paisagem": basta segurar com veemência a bolsa e demais objetos pessoais e seguir adiante. Só que nessa manhã de quarta, dia 19/05, eu estacionava o carro quando vi uma criatura de uns 15 anos, maltrapilho, olhos perdidos, e uma lata de refrigerante cortada, enfiada na boca. Era cola, com certeza.

Sabe que horas foi isso? Oito da manhã!!! Fiquei atordoada. Ele passou direto, creio que nem notou o carro, ou quem estava dentro. Desci e fui caminhando, pensando na cena. Pois é... aquele monte de latinhas cortadas das quais eu costumo desviar no trajeto até a academia servem para isso, recipiente para cola.

Taí... eu que sempre vi esse tipo lastimável de acontecimento pela tv, no conforto da minha cama, presenciei um ser humano na mais absoluta degradação, provocada pelo vício. E me perguntei: até quando vamos ver tudo isso pela tv, mudar de canal e fingir que não acontece?

Honestamente, não sei o que responder a mim mesma...

Mudanças...

Há fases na vida em que a gente começa a remoer o que foi, o que é, e até esquece um pouco da preocupação com o que virá, e será. Para quem é místico, isso geralmente ocorre no período que antecede a data de aniversário, e é conhecido como "inferno astral".

Domingo eu me peguei angustiada, cheia de pesos por dentro, um choro contido (prestes a irromper), sem motivo aparente. E namorido cheio de filosofias e ensinamentos sobre como devemos encarar nossa distância física, blah, blah, blah. Ok, tinha um pouquinho de saudade antecipada, já que a conversa era no caminho da rodoviária. Mas não se tratava disso, era algo mais.

Essa sensação não me abandonou na segunda-feira, e quis persistir até terça. Quase conseguiu, ou conseguiu parcialmente. Só que, por incrível que parece, Deus envia recadinhos de onde menos se espera, basta saber ouvir. E lá estava eu, na sala da especialização, sozinha, vendo a novela das 18h (no telefone celular, acabei adquirindo essa mania). 

Na cena, o Daniel se deixava levar pelas decepções e angústias da vida mundana, enquanto sua mãe, um espírito elevado, nada podia fazer a não ser orar para que ele recobrasse os sentidos e pedisse auxílio. Ela chama seu nome, e ele clama pela mãe. Inebriado pela dor, ele não percebe as doces palavras que ela proferia, enquanto acariciava seus cabelos:

"Não cai uma folha d'uma árvore sem que Deus permita. Para todas as coisas, há uma hora e um lugar. Para tudo há um porque. Mesmo que não se compreenda agora, aceite isso e confie em Deus, entregue-se nas mãos de Deus. Entregue-se nas mãos de Deus!"

Na mesma hora, eu entendi a mensagem. É esse o caminho. Difícil mesmo é conseguir entregar, esquecer, e deixar que as coisas se resolvam segundo a vontade dEle. Principalmente eu, que tenho mania de [querer] controlar tudo e todos. Mas vamos lá, não custa nada tentar.

terça-feira, 18 de maio de 2010

Família, um negócio complicado


Família é um negócio deveras complicado. A gente cresce num lar com regras e valores que só vai descobrir ser quase totalmente insano quando já for tarde demais. Cresce vendo uma figura masculina ausente, agressiva e desencorajadora. Uma figura feminina submissa, amargurada e malabarista. Quando há irmãos, a desarmonia é certa, resultante dessa somatória de descontrole emocional e falta de afeto e incentivo.
Tem fases na vida em que a gente acha normal certas coisas, como apanhar, por exemplo. E pensa: isso acontece com todo mundo. Só que se descobre a fatídica realidade: não acontece, esse não é o padrão. Aí, o que era verdade absoluta, dogma, na realidade é o início da desconstrução do castelinho encantado.
 
Creio que parte dos traumas que carregamos presos a nós, como bolas de ferro, tenha tido origem nessa comparação à realidade vivenciada pelos amigos, coleguinhas de classe. A violência é tamanha, que dá um nó na cabeça. Se essa descoberta for feita na adolescência então, é o caos.

Nem sei por que escrevi tudo isso. Deve ter um propósito... só que eu reli o post, mas não consegui visualizar.



Acho que vou encarar como um exorcismo. Fim.

Amor ou interesse?


Será que os relacionamentos sempre foram balizados pelo capitalismo? Pelo que estudamos em História, parece que sim. Basta lembrar que na época dos reis, o casamento era um negócio que visava o aumento do patrimônio, e quase sempre acontecia dentro da própria família. O tempo passou, mas parece que não mudou muita coisa.

Está bem, mudou. Hoje a gente pelo menos pode escolher com quem vai casar. E SE vai casar, rs. Mas vamos lá... mundo das celebridades. Quem nunca ouviu falar nos acordos pré-nupciais? Lá se vão cláusulas que preveem multas e indenizações por traição, descumprimento de "obrigações matrimoniais", e por aí vai.

Triste pensar em juntar as escovas, pensando na ocasião em que se vai separá-las. Cadê o sentimento? Não, não, não funciona assim. O que é meu é meu, o que é seu é seu, o que for nosso vai depender de quanto VOCÊ contribuiu para construir. Mas enquanto estivermos juntos, se eu conseguir, ainda posso desviar um tantinho do que é seu. No final das contas, deixa que o juiz resolve quem fica com o que.

Onde perdemos o sentimento, aquela coisa de "na alegria e na tristeza, na saúde e na doença"? Ficou só o "na riqueza", porque até o "na pobreza" foi abolido. Pobre? Peraí, eu fico com a panela, você com a colher de pau.

Mercantilizamos o afeto, o impulso inicial que moveria duas pessoas a se unir e formar um novo núcleo familiar. Acho até que vão abolir do discurso a parte que menciona "até que a morte os separe". Porque o que vai separar mesmo são as discussões sobre o "seu dinheiro" e o "meu dinheiro".





Acho que sou realmente idiota... porque eu acredito no amor. De verdade, sem interesse.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Domingo nunca é um bom dia



Domingo tem poucas vantagens, e uma delas é o descompromisso.  





 Levantar quando o corpo reclama do cansaço e do calor, preparar e tomar café com meu amado, ver Esporte Espetacular de pijamas e com preguiça... Daí vem a hora de tomar banho e sair para almoçar. Começou a contagem regressiva.


Domingo é dia de almoço com a família do amado: um caos maravilhosamente ordenado. Muita gente, muita falação, muita indecisão, uma alegria só... seja nos restaurantes de sempre, ou na casa do cunhado primogênito. 

Para quem está de fora, como eu, essa desordem é bacana. Porque família é isso mesmo, "é um conjunto de pessoas que se defende em bloco e se ataca em particular." {Marie Joséphine de Suin, mais conhecida como condessa Diane de Beausacq (1829-1899), escritora francesa.}

Mas como eu ia dizendo, é uma contagem regressiva. Quando você menos espera, já é hora de ir para casa arrumar a mala de namorido, preparar alguma coisa para comer, ou sair para comer fora... e chega o fatídico momento de se dirigir à rodoviária para deixaro ser amado, que está "escalado" para trabalhar noutra cidade pelos próximos 5 meses. 

Se antes, a voz do Léo Batista no Fantástico me causava arrepios por decretar o fim do domingo, hoje a volta para casa da rodoviária é a minha sentença de morte semanal. As lágrimas me acompanham, enquanto peço que Deus e toda a equipe Dele proteja o meu amor. 

Acabou-se o domingo, e mais uma semana começa. E eu estou sozinha nesse quarto...

sábado, 15 de maio de 2010

Amizade e decepção

Hoje é o "dia mais feliz" para uma pessoa que conheci em 2009, e de quem me aproximei imediatamente e inseri no meu rol de amigos. Ok, fui alertada para não me precipitar, mas geralmente não dou ouvidos a isso e quase sempre me ferro, e acabo seguindo meu coração. Desprezei inclusive a hierarquia existente àquela época, e os comentários de que eu devia manter "distanciamento" dos meus liderados.

Falei o que pensava, o que sentia, dividi angústias pessoais e profissionais. Às vezes, emprestei meus ouvidos com todo carinho e atenção, dei conselhos, ajudei numa ou noutra coisinha. "Peguei corda", e acabei fazendo matrícula na academia por 1 ano, rsrs, e fiz hidro no horário de almoço. Posso dizer que essa "amizade" me fez bem. Por um certo tempo.

A verdade é que amizade se põe à prova nas dificuldades, e essa, infelizmente, parece ter sucumbido. Eu digo parece porque foi uma plantinha que deixou de receber cuidados. As coisas começaram a degringolar, e hoje estou aqui, triste e um pouco chateada, sem saber se devo ou não comparecer a esse momento único da vida dessa pessoa. Esse momento que eu, de uma mínima porçãozinha, participei com uma ideia, uma sugestão.

Já me disseram para colocar as coisas em pratos limpos, mas não creio que seja uma possibilidade. Afinal, amizade é bem diferente de coleguismo, justamente porque amigos não precisam de explicações ou justificativas. Apesar dos pesares, apesar de tudo, a amizade pode tremer, mas jamais sucumbirá. Qualquer outro tipo de envolvimento que sucumbe, nunca foi amizade.

Bom, se um dia ela puder ler isso, que saiba do meu imenso afeto, e que as minhas preces serão sempre pela "felicidade geral da nação". Pode ser que um dia a gente se entenda...

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Contos de fadas e realidade


"Todo dia
vivo pensando em casar
juntar as rimas como um pobre popular
subir na vida com você em meu altar"
(Bonde do Dom - Marisa Monte)



Toda menina cresce rodeada por toda sorte de estímulos de contos de fadas. Comigo, obviamente, não foi diferente. Meu sonho, portanto, era encontrar o príncipe encantado e viver feliz para sempre. Ponto. 

Daí a gente vai crescendo, e descobrindo que não existem príncipes, muito menos encantados. Tampouco somos princesas. Vamos combinar? Contos de fadas deviam ser p-r-o-i-b-i-d-o-s para menores de 18 anos. Faz tanto mal quanto novela, emocionalmente falando. Sabe por que? Porque criam a ilusão de que vai aparecer "o cara" e a partir de então a solução é Tabajara: seus problemas acabaram!

Nananinanão. A gente até encontra o cara, mas ele é imperfeito (de uma maneira adorável, é verdade. Te amo L!). No meu caso, deixa a toalha embolada, a pia absurdamente molhada, tudo espalhado, rsrsrs. Mas é a tampa da minha panela. E todo dia eu sonho com o dia em que nossas escovas de dentes estejam no mesmo lugar, um único lugar, e não mais na minha ou na casa dele. Só duas escovas, num cantinho só nosso.

Sonhar não paga imposto, e eu sonho sim, sonho sempre. Quero casar, e sei que, mais dia, menos dia, isso vai acontecer. Até lá, vou vivendo um dia de cada vez, aproveitando cada minutinho em que estamos juntos: discutindo, rindo, vendo tv, cozinhando, lavando louça, rsrs. Mas sem a ilusão de que vai ser como nos contos de fadas, porque fala sério!, a Branca de Neve e a Cinderela pagavam contas? Nããããão!


Home, sweet home

Sonhando com o tão esperado momento de abandonar o que me aflige por 40 horas semanais, pensei naquela sensação boa de saber que uma hora a gente vai conseguir, enfim, chegar em casa depois daquele dia estilo Thank You, da Dido. Dá tudo errado, mas só de saber que existe alguém ou algo que nos dê felicidade, o resto pouco importa.

Aí, acabei indo parar num blog que eu adoro, o Sacola Phyna, e li um texto que fala justamente sobre o significado de "casa". O texto, "Da arte de se estar em casa" é do André Gonçalves, que gentilmente autorizou a publicação aqui no blog. Mas quer saber? O post da Pri no Sacola tá tão inspirado, que ao invés de copiar o texto aqui, vou deixar o link do post direto no blog.





E para você, o que significa "estar em casa"?

Tempo e ação

A gente vive nessa correria da vida cotidiana. É um tal de horário pra isso, conseguir tempo pr`aquilo, não dá tempo... É "o tempo todo" assim (desculpem-me o trocadilho infame).

Com isso, os detalhes do dia vão passando despercebidos... Até que a gente se depara com uma situação que nos força a reflexão, como foi o meu caso... ontem na novela das 18h (Escrito nas Estrelas), o pai do protagonista lembrava um dos momentos em que, atribulado e bastante impaciente, não deu importância ao que dizia o filho, sobre um livro de poesias que falava justamente dessa nossa mania de viver como se fôssemos eternos. Na cena, ficava claro o arrependimento, pois o filho estava morto e aquelas culpas acompanhariam o pai para sempre.

E eu me perguntei: quantas vezes eu não prestei atenção em alguém, em algo? Quantas vezes eu perdi a paciência e gritei, saí, bati a porta do quarto, do carro, com raiva? Outras tantas vezes, não me arrependi disso, e por orgulho idiota simplesmente fingi que não havia acontecido???

Poxa vida, eu perdi inúmeras oportunidades de pedir perdão, ou melhor, de ter evitado a necessidade de me desculpar. Bastava não agir dessa ou daquela forma, calar para evitar uma discussão, uma desavença. Mas não, rs. Quem me conhece sabe, e eu até costumo dizer isso: dou um vestido para não entrar numa briga, e um closet para não sair dela. Parece engraçado, mas não é.

A gente (eu) devia evitar a ação... porque diz um ditado que "há 3 coisas na vida que não voltam", e uma delas é a palavra proferida. Seria tão mais simples não ferir, não magoar... mas esse meu gênio difícil é um dos maiores inimigos com quem convivo.

Isso sem falar nas pessoas com quem vamos perdendo o contato ao longo do tempo... é sempre aquela história: depois eu ligo, se ela quisesse falar comigo já teria ligado...





A gente vive de desculpas, e perdendo tempo... é ou não é?

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um cansaço, mais um dia...

Todo dia acordo com a sensação de que devia (e merecia!) ficar mais 5 minutos na cama... só mais 10, ou 15, 30... aff. Acabo me arrastando da cama entre 6 e meia e quaaaaaase 7h (medo!). Com tanta disposição ao acordar, o pessoal lá em casa já sabe: melhor não haver muita comunicação matinal, PRINCIPALMENTE se for para pedir alguma coisa, ou pior, COBRAR alguma coisa.

Sobre o assunto, namorido foi amplamente advertido por mamãe... acho que pela irmã também, não lembro... E já acostumado, e num dia "daqueles" de mau humor meu, perguntou se eu agiria assim com um filho pulando na nossa cama, tipo 5 ou 6 da manhã. Sem titubear, e lançando "aquele olhar", minha resposta foi: "ele" vai ser "adestrado" para evitar esse tipo de atitude... e nos dias "de cão" da pessoa aqui, ainda vai alertar o "pai" sobre os perigos de uma abordagem matinal mais diferenciada.

(Tá, deixa eu explicar: não somos casados, e nem pretendemos ter filhos. É que meu amado adora criar situações imaginárias para me fazer mudar de opinião ou de atitude diante de uma situação. Às vezes funciona, mas nesse caso específico, tá bem difícil de mudar meu pensamento, rsrs)

Voltando ao primeiro parágrafo desse post... Hoje é mais um daqueles dias em que realmente a vontade é de não levantar, de desligar todos os aparelhos de (tele)comunicação num raio de 2km, e dormir o sono dos justos até o corpo reclamar das posições ou do calor. Mas sabe como é... trabalho... 8h. E tem o trânsito (Fortaleza está quase instransitável). Prudentemente, administro uma rotina que me obriga a estar dentro do carro antes das 7 e meia, já prevendo o caos nas avenidas e ruas que me levam de casa ao escritório.






Mas há dias que isso é uma missão quase impossível... (despertador, por favor, não toque!)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Estreando (que nome esquisito!)


Na vida, a gente sofre todo tipo de influência - positiva e negativa - e muda um pouquinho a cada dia... para melhor ou para pior.

(ok, vc deve estar pensando 'que mala, outro blog filosófico!'... calma, eu explico melhor...)

Semana passada, vi o filme Julie & Julia e finalmente encontrei uma possível resposta para as minhas crises existenciais... Sem querer contar a história, mas usando o tema para explicar, a Julie é uma moça que "dorme e acorda", mas não vive, salvo quando chega em casa e vai cozinhar o jantar. (identificação total e absoluta)

Entre as ideias que ela tem, a que decidi copiar nessa fase da minha vida foi: criar um blog. Curioso, porque sempre fui fascinada pela escrita... que o digam meus diários e agendas, tão cheios de mim e de quem eu fui, em cada fase da vida. Mas nunca havia pensado nisso... criar um blog.

Não cedi aos apelos das conhecidas e amigas, que incentivavam a criação de um blog para dicas de beleza e maquiagem, achados nas lojas de departamentos, e soluções carinhosamente apelidadas por mamãe de "MacGyver".

Após o filme, decidi que era hora: a razão da existência desse blog é dar vazão ao que há em mim, e precisa me deixar seguir adiante, viver.

É isso... seja bem vindo(a).