sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Clarice Lispector e eu...

... Duas mulheres envoltas em mistérios sobre si mesmas, especialmente
em relação aos sentimentos.

" Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de
sentir, de entrar em contato. Ou toca, ou não toca."

"E se me achar esquisita, respeite também. Até eu fui obrigada a me respeitar."

"Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que,
somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as
incompreensões é que se ama verdadeiramente."

That's it.

--
Tatiana Lambert.

"*A perseverança é o grande agente do êxito*". (G. Dargan)

***Por favor pense na sua responsabilidade ambiental antes de imprimir este
e-mail.
Há cada vez menos árvores no nosso Planeta!***

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Observando

Eventos são oportunidades incríveis. No meu caso específico, para
avaliar moda. E vejam bem, em se tratando de profissão tão
tradicionalista, inventar não é costume, tampouco bem visto.
Mas é engraçado identificar mulheres seguindo as tendências. Hoje,
aqui, há uma que agregou várias, provocando um desastre visual.
Agrupe: renda+transparência+flores em saia evasê. Adicione: scapin
listrado e bolsa amarela. Pronto. Precisa comentar?

--
Tatiana Lambert.

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Off por 2 dias

Hoje não teremos posts, visto que estou participando de um seminário na área de Direito em que atuo. Por sinal, será realizado hoje (quinta) e amanhã (sexta).

#conhecimento
#ocupar.a.mente

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Greve dos bancos

Não sou contra as greves, mas contra a falta de respeito. Compreendo perfeitamente que é necessário gerar um certo caos, para que uma negociação se dê mais rapidamente.

Só que os grevistas não têm a dimensão do estrago que provocam. Hoje, tive de ir a uma agência, e na porta havia uma banda de música. O que raios os direitos trabalhistas têm a ver com música? Não sei, e se você souber, leitor, por favor me diga. 

A área de caixas eletrônicos estava lotada, e a maior parte das pessoas da fila eram idosos. Se já são desrespeitados costumeiramente, quiçá em tempos de greve. Muitos, acostumados a efetuar saques somente com a identidade, voltaram frustrados porque não havia exceção: os serviços disponíveis eram somente mediante cartão magnético.

Uma tristeza; uma revolta. E quem tem seu cartão, aguarda na fila por horas a fio. Um único funcionário - e imbuído de boa vontade - tentava auxiliar quem não é familiarizado com as tecnologias... avisando os que não tiveram sucesso que a paralisação será total a partir de amanhã.

Como advogada, e como cidadã, eu pergunto: e os direitos fundamentais, básicos, dos contribuintes? Quem fiscaliza? Quem soluciona? 

Enquanto isso, o Jornal Nacional exibe reportagem instruindo (?) o cidadão a ficar atento aos vencimentos, porque, como se sabe, os Correios estão igualmente paralisados. Como sempre, somos penalizados. E ninguém faz nada.

Dando notícias

Bom dia, senhoras e senhores leitores deste blog. 

Eis-me aqui, de volta à Fortaleza, após meia segunda e uma terça inteira em Juazeiro do Norte/CE. As audiências - 10 ao todo - foram adiadas (!), então tentei - sem sucesso - remarcar a passagem para a tarde de terça... enfim, visitei lojas de sapatos lá em Araripina, e descobri que os preços são exorbitantes!

Almoçamos - o motorista, o preposto e eu - num restaurante maravilhoso, e devo confessar que não me lembro bem onde ficou a dieta, kkkkkkkkkkk. Comi horrores nessa viagem, especificamente. Bom, nada que o pilates+muay thai não sejam capazes de dar jeito.

Aos vistos, Alguém lá em cima se compadeceu da minha dor, e mandou alívio. Espero que seja duradouro; melhor, espero que seja eterno!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Surrender

Eu desisto de tentar esquecer. Passei a última semana - uma das piores
nessa vida - lutando desesperadamente para seguir adiante. Tentando
convencer a mim mesma de que fiz a coisa certa.
Não adianta. Cada célula em mim tem o nome, o cheiro, a impressão
digital... Por maior que seja o esforço, as lágrimas da "re-bordosa"
(sei lá se escrevi direito) são mais volumosas e impregnadas de dor e
sofrimento.
Simplesmente, vou permitir que a vida siga seu curso. Não vou mais
lutar, não tenho mais forças.
Sigo, pedindo que Deus me dê serenidade para aceitar o que não posso
modificar; e coragem, para mudar o for possível.
E muita, mas muita sabedoria para distinguir uma coisa da outra.
Torçam por mim! E que seja feita a vontade de Deus...

--
Tatiana Lambert.

"*A perseverança é o grande agente do êxito*". (G. Dargan)

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Dias difíceis

Os dias cismam em ser difíceis; a dor insiste em permanecer instalada. A sexta foi de cuidados pessoais - cabelo e unhas - e deveria ter sido de uma farra que amo: Zug. Ao contrário, foi de angústia e muita, muita tristeza. Dormi maquiada, vestida e chorando. Acordei 23h, tomei banho e dormi novamente. Sequer acendi as luzes do quarto.

Acordei sábado 8h30. Justo no dia em que deveria dormir até não poder mais, a cama - e a campainha - expulsaram essa pobre criatura bem cedo. Assisti tv sem muito entusiasmo. Fui às 14h para a massagem, comprei um vestido novo e saí mais tarde com uma amiga, que está grávida. Quando chegávamos ao shopping, ele passou na calçada. 

Não, ele não me viu. Estávamos no carro da amiga.

Permanecemos 3h por lá, e ao chegar em casa, resolvi sair. Rodei por locais badalados, cheguei a ficar num deles, mas acabei indo parar na Zug. Ao chegar, o telefone toca: Fernando, nosso amigo e leitor fiel. Fui apresentada a amigos de infância, um deles por sinal é o corretor do seguro do meu carro (rsrsrs, mundo pequeno). Uma mesa bem movimentada... saímos de lá mediante intimação dos últimos atendentes, às 3h.

Consegui dormir até 11h30, levantei e vi que a mesma amiga havia me convidado para ir ao cinema, assistir "Smurfs". Aceitei, e às 13h ela passou com o marido para me buscar. Rodamos pelo shopping até a hora da sessão. Já sentada na cadeira, entre dois casais e falando sobre bebês e preparativos para o nascimento, uma angústia se apoderou de mim.

Retornei às 17h, e lágrimas e lágrimas... dormi soluçando, novamente vestida e maquiada. Acordei 22h, tomei banho, outra vez sem acender as luzes. Acordei hoje, 6h20.

Estou no escritório, e acabo de saber que preciso viajar novamente para Juazeiro/CE. Hoje, 14h. Espero deixar tudo de ruim pelo meio do caminho, e ficar desacompanhada, dessa vez, de toda a angústia e tristeza.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Nem tudo é fácil

Nem tudo é fácil

"É difícil fazer alguém feliz, assim como é fácil fazer triste.
É difícil dizer eu te amo, assim como é fácil não dizer nada
É difícil valorizar um amor, assim como é fácil perdê-lo para sempre.
É difícil agradecer pelo dia de hoje, assim como é fácil viver mais um dia.
É difícil enxergar o que a vida traz de bom, assim como é fácil fechar os olhos e atravessar a rua.
É difícil se convencer de que se é feliz, assim como é fácil achar que sempre falta algo.
É difícil fazer alguém sorrir, assim como é fácil fazer chorar.
É difícil colocar-se no lugar de alguém, assim como é fácil olhar para o próprio umbigo.
Se você errou, peça desculpas...
É difícil pedir perdão? Mas quem disse que é fácil ser perdoado?
Se alguém errou com você, perdoa-o...
É difícil perdoar? Mas quem disse que é fácil se arrepender?
Se você sente algo, diga...
É difícil se abrir? Mas quem disse que é fácil encontrar alguém que queira escutar?
Se alguém reclama de você, ouça...
É difícil ouvir certas coisas? Mas quem disse que é fácil ouvir você?
Se alguém te ama, ame-o...
É difícil entregar-se? Mas quem disse que é fácil ser feliz?
Nem tudo é fácil na vida...Mas, com certeza, nada é impossível
Precisamos acreditar, ter fé e lutar para que não apenas sonhemos, 
Mas também tornemos todos esses desejos, realidade!!!"
 
Cecília Meireles

Cecília Meireles e eu, compartilhando dores em palavras

"Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira."

Cecília Meireles
 
"...De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o próprio coração?
..."
 
Cecília Meireles
"...Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida
."
 
Cecília Meireles

"Não: já não falo de ti, já não sei de saudades.
Feche-se o coração como um livro, cheio de imagens,
de palavras adormecidas, em altas prateleiras,
até que o pó desfaça o pobre desespero sem força,
que um dia, pode ser, parece tão terrível.
"
 
Cecília Meireles

Um fato em parábola

Tento encarar a situação da seguinte forma: uma cirurgia emergencial. Sim, você ignorou os sintomas da doença... não deu importância àquela dorzinha, "cuidou" dela com analgésicos, aprendeu a conviver.

Um belo dia, a dor é lascinante, impossível ignorá-la. Solução? Hospital, é preciso extirpar o tecido afetado. 

Às pressas, dá-se o procedimento. Quando você se dá conta, está convalescendo, medicado, mas sente dores absurdas. Os que o cercam, tentam, em vão, consolar. Ninguém sabe, de fato, a dor que o acomete.

O passar dos dias vai amainando as coisas; os cuidados, antes intensivos, ficam espaçados. Aí vem o remorso: por que eu não cuidei disso antes??? Por que ignorei os sinais??? 

Meu caro... de nada adianta remoer o passado. O que realmente importa é o futuro. E aí, diga-me, quais são seus planos???

Todos deveríamos agir assim

Esse vídeo não é novo, mas é muito significativo... o medo é inevitável, mas a paralisia é opcional!

Recado anotado ;)

Por sorte eu tenho um batalhão de seres (humanos, caninos, de outras dimensões, rsrs), ali, ao alcance do abraço, de um telefonema, enfim... compartilho com vocês um sms que acabo de receber de alguém que me quer bem:

"Tá melhor hoje? Se anime, vc não está só nessa luta, logo tua maré enche e vc passa de siri p/ lagosta. Tenha força, vc ainda vai ser muito feliz. EU SEI. Mandaram lhe dizer. Bjs."

É ou não um incentivo a sair da toca e "tocar" a vida??? E vamos que vamos, o show não pode parar.

Paralisada, jamais!

Enquanto eu sigo a vida, trabalhando e tentando não deixar à mostra a minha imensa ferida no peito e na alma, ele se apega a detalhes, como o fato de haver sido removido das redes sociais. I'm sorry, but life is like this.

O que eu jamais vou compreender, nem em mil sessões de psicoterapia, psiquiatria, terapia holística, macumba, e mais o raio que o parta, é o medo. Dizem que é esse sentimento que mantém o ser humano vivo. Sim, mas nem todo mundo parece usar a ferramenta como se deve.

Estou convicta de que o medo é fruto da criação que tivemos, um reflexo do medo que acomete aqueles que nos educaram. Pode, igualmente, ser fruto de uma má experiência, claro. Mas há de ser enfrentado, cedo ou tarde.

Alguns eu comecei a encarar de frente... não sou hipócrita: há muita, muita dor em fazer isso. Porém, é extremamente necessário.

Agora, vou em busca de reparação: aparar arestas, minhas. Enquanto ainda estou em carne-viva, talvez consiga me despir do orgulho e solucionar as coisas. Não prometo conseguir, mas o compromisso é tentar.

Prefiro a dor lancinante ao medo que paralisa. Lutei quando havia forças, recuei, aceitando que não posso resolver tudo. E a vida segue seu curso, como havia de ser.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dissolvendo esperanças

Hoje aconteceu tanta coisa... por sorte, cumpri a missão que me foi confiada. Enquanto estou ocupada, a dor fica quietinha, mas quando estou sozinha com meus pensamentos, aí a coisa fica feia.

Retornei ao hotel às 16h, cansada, o clima aqui está quente e bem abafado.

O quarto é um convite às lembranças, e isso é terrível. Procuro não me ater a nenhuma delas, pois estaria alimentando uma ilusão; entretanto, são 3 anos e quatro meses, um casamento não formalizado. Há uma casa, móveis, utensílios, e muita, muita esperança. 

Corrigindo: havia. Ao menos para mim, não há mais.

Recorro aos amigos, numa tentativa de aceitar esse processo de "desintoxicação"; por Deus que as pessoas são gentis, e não falam mal dele. Por sinal, é péssimo consolar quem sofre, atacando o outro. Não resolve, só piora tudo. 

Por que eu não enxergo esse horizonte do qual as pessoas tanto falam? Será mesmo que eu vou viver histórias como a da Lara, ou a da Fernanda? Que todo esse sofrimento é uma lição, já que eu me recusei, por duas vezes, a aceitar a verdade dos fatos???

Em meio a todas as minhas incertezas, restam as lágrimas e algum consolo. Espero que no retorno ao escritório amanhã, haja bastante coisa por fazer. Quanto mais me mantiver ocupada, menos serei vítima do que sinto.

Agora eu realmente vivo um dia de cada vez...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Congele tudo

Eu queria hibernar, feito o computador, até que o mundo girasse e reorganizasse as coisas. Sabe, manter somente funções básicas na memória, à espera do momento de religar.

Escrevo, mas os dedos não conseguem acompanhar a velocidade dos pensamentos e sentimentos. Ao passo em que tudo é veloz, a dor se mantém ali, intocada, sorrindo seus dentes de chumbo. 

Pena que a minha vida não seja novela, ou filme, em que bastaria a vontade do autor, e tudo teria solução, o casal de protagonistas teriam seu happy end, e não haveria mágoa, rancor, nada. Só perdão e harmonia, jantares, festas de casamento, bebês nascendo, e cachorros.

A minha vida, bem real, está a anos-luz de um final feliz. Momentaneamente, assim espero.

Felicidade alheia

Acaba de passar por mim um pai, e uma garotinha... 4 anos, talvez. Mãos dadas. Enquanto ele cantarola a música da chapeuzinho vermelho, ela se esforça para cantar quando ele interrompe certos trechos.

Até isso está me fazendo mal. A felicidade alheia maltrata quem está sofrendo.

A dura realidade

Ai que raiva de mim mesma!

Acabei de remover o cidadão das redes sociais. É quase como arrumar as coisas da pessoa, para mandar devolver: o sofrimento é um horror.

Pior é que nem posso chorar, pois estou no lobby do hotel, usando a internet no único ponto em que é livre... 

Alterno momentos de raiva, de mágoa, de vontade de chorar até dormir, de passar a mão no telefone e ligar esculhambando [não, eu tenho classe, nunca fiz isso e não pretendo começar agora]... e devo confessar que lá no fundo, bem fundo, há uma centelha de esperança de que tudo isso não passe de um pesadelo.

Aí a realidade, com sua fúria arrasadora, esmaga o lugar onde a centelha está... e tudo volta a ser dor e escuridão. Tomara Deus que a realidade se modifique, e deixe de ser opressora, para ser benevolente.

(as manchas roxas no braço esquerdo são a outra dura face dessa realidade. Inexorável).

A indesejável bagagem de mão


A maior verdade que devo considerar nesse momento obscuro é que, não importa aonde você vá, os problemas o acompanharão. No meu caso, acabaram de fazer check-in no hotel em Juazeiro do Norte/CE.
Ontem eu estava em franco desespero, isso até por volta de meio-dia. Na parte da tarde, as nuvens negras se dispersaram um pouco, ficando cinza. À noite, enquanto jogava [boa] conversa fora com o distinto amigo Fernando, lá no Montecarlo, o que era cinza ficou off-white.

Como cheguei por volta de 22h em casa, só me reservei o direito de tomar um banho bem quentinho e relaxante, e dormi.  Não deu tempo de sentir angústia, aflição, nada. Só um cansaço que me nocauteou. Dormi com os travesseiros. Nada de anjos, obrigada, pois tenho preferido ficar sozinha mesmo.

Hoje, fui pega de surpresa com essa viagem-relâmpago. Claro, tudo em cima da hora fica meio atribulado, mas a oportunidade de respirar outros ares não deve ser desperdiçada. Vim sentada ao lado de um simpático passageiro, que por sinal conhece a juíza com quem terei audiências amanhã. Mundo pequeno. Falamos sobre a precariedade dos aviões da Avianca, e do medo dele de voar.

Ao chegar ao quarto do hotel, eu me peguei com a mesma angústia que me persegue em Fortaleza desde o domingo. A decoração é outra, o DDD é outro, mas eu, a personagem principal, sou a mesma. Aqui, aproveitei para dar vazão ao que meu cérebro mais gosta de fazer, ainda que em momentos de crise aguda: escrever.

Fernando ontem, por sinal, sugeriu que eu transcrevesse os sentimentos. Ele estava certo: ajuda a compreender as coisas, a aceitar o que não se pode [ou não se quer] modificar. Mas, ainda que eu escreva um livro, ou centenas de posts [que serão terminantemente condenados pela senhora minha mãe], a dor não alivia. Dizem os sábios que só o tempo pode amainar tudo.

A mim, resta somente o computador, as idéias em muitas palavras, e essa dor como companhia constante e indesejada. Ah! E a constatação de que o tempo é, de fato, muito relativo.

Segunda frase do dia!

"É necessário ter o caos cá dentro para gerar uma estrela".
Friedrich Nietzsche

Frase do dia!


"Purifica o teu coração antes de permitires que o amor entre nele, pois até o mel mais doce azeda num recipiente sujo". 
(Pitágoras)

Com licença

Fernando, meu amigo querido, escreveu e disse que estamos criando uma sociedade de psicólogos. É verdade. Cada um de nós tem sempre uma opinião sobre a vida dos outros, o que é melhor ou pior, o que se deve fazer.

Só que quem costuma saber de si, das próprias necessidades, é a criatura. 

Todo esse inferno que estou vivendo é fruto das minhas escolhas, eu sou a culpada, então nada mais justo do que eu descobrir o caminho de volta. Quem sabe, o desvio no meio da trilha.

Quero ter a minha liberdade de volta, sem ser julgada pelos olhares. Quero poder chorar até cansar e dormir, exausta. Quero compreender essa dor, essa decepção, e não quero ouvir uma só palavra de desagravo ao que fiz; tampouco me fará mais ou menos feliz ficar culpando o de cujus

Somos ambos culpados, e cada um há de cumprir sua pena, da forma que entender conveniente. 

Eu preciso e quero meus amigos e amigas, minha família. Mas não quero a imposição de nada, nem de ninguém. Basta estar por perto quando eu precisar. Será suficiente. 

Não peço piedade, não preciso de julgamento, e já chega de insinuações e afirmações sobre se devo ou não ir ao psicólogo, psiquiatra, terapeuta holístico, borracheiro da esquina... não estou a fim de viver robotizada, dependente de medicamentos. Só me reservo o direito de poder chorar, de sofrer, para então aceitar tudo o que passou. Ah! e de escrever nesse espaço.

É pedir muito???

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Frase do dia

"Desculpa, mas não entendo. Eu quero tudo e mais ainda. Amor tem que encher o coração, a casa, a alma. Pouco ou metades nunca me completaram."

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Não mesmo!

Simplesmente não compreendo as razões de certos traumas, medos, o raio que o parta. 

Hoje eu acabei me deparando com uma situação inimaginável. Não vou descer aos detalhes, já que minha santa mãe já disse e repetiu trezentos e oitenta vezes que eu me exponho muito escrevendo aqui no blog. Pois bem, o fato é que tem gente que acha que resolve uma situação simplesmente ignorando a essência.

Comparativamente, é como se a criatura quisesse curar um câncer no nariz, colocando um nariz de palhaço no lugar. Resumindo: um mero disfarce, pois a essência vai continuar lá, corroendo tudo.

Não obstante a minha perplexidade ao telefone, ainda tive de lidar com os "sentimentos" da outra pessoa, que tinha uma expectativa de que eu fosse achar lindo de viver o fato de [a pessoa] crer, piamente, que é possível fazer omeletes com ovos inteiros.

Um misto de sentimentos tomou conta de mim desde então... afora a perplexidade, vieram raiva e mágoa. Começo a acreditar que é preciso encarar a verdade dos fatos, e adotar um posicionamento radical, muito consciente das consequências. 

Ah! malditas consequências viu? Semelhantes aos pôneis coloridinhos da propaganda. 

#inferno

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Devia ter feito isso antes

Há situações com as quais nos deparamos e que trazem aquela maldita pergunta: por que raios não pensei nisso antes? Pois é, aplica-se ao muay-thai.

Ontem tive a segunda aula, e juro que cheguei a pensar que não seria capaz de concluir o treino. No pilates eu já estava dando sinais de cansaço, mas creditei a culpa aos excessos decorrentes do aniversário da mamãe... na terça eu caí de boca nuns salgadinhos, num crepe de peito de frango com catupiry (no Coco Bambu Sul, adoooooooooro), e na quarta o café da manhã teve bolo de chocolate...

Ah, sim, o lanche da manhã de ontem foi salgadinho, o almoço foi exemplar, mas o lanche da tarde foi bolo de chocolate again e torta de limão. Jaca mode on.

Aquela máxima de "você é o que você come" foi comprovada na prática durante o pilates... eu estava exausta, sem fôlego, precisei de concentração em dobro para compensar o cansaço. Mesmo assim saí de lá, passei na farmácia para comprar ataduras (para proteger os punhos e dedos das mãos) e esparadrapo.

Além dos tradicionais polichinelos, ontem o treino foi meio Tropa de Elite feelings: o circuito era de pedir para sair mesmo. Há tempos não suava tanto, nem saía esbaforida de uma aula. Suada, um tanto quanto sem glamour, exausta, porém feliz da vida.

Se eu tivesse me permitido conhecer a arte antes, certamente hoje estaria morando numa casinha [de peso] diferente. Enfim, ao menos eu consegui gostar de outra atividade física, além de levantamento de garfo, kkkk.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Consertando

Bom, parece-me que o efeito desejado não foi alcançado, quando do post anterior. 

Só para esclarecer, já que a minha mãe disse que eu a retratei como uma carrasca nazista, rsrsrs: ela fez o que pode, o que não pode, abdicou da carreira, de si mesma, tudo em prol nos 3 filhos. 

Eu sou egoísta demais para alcançar esse nível de altruísmo, usualmente característico das mães... eu não me vejo escolhendo entre comprar um sapato para um filho, em detrimento de um batom novo para mim. Ou deixando de fazer tratamentos estéticos para pagar curso de inglês.

A minha mãe foi pai e mãe, enquanto a figura masculina ficou assistindo e criticando, por 23 anos. E continua tentando consertar as besteiras, resultado das escolhas dos três cabeças-duras que ela deu à luz. 

Só para que conste, eu tenho orgulho de quem ela é, e respeito os defeitos, porque afinal ela é humana.

Retrospecto

Eu não sou a melhor filha do mundo, e nunca fui. Também não sou a pior, nem fui. O fato é que eu meio que estraguei a vida da minha mãe, quando dei o ar da graça na história, tornando-me uma boa desculpa para justificar um casamento. Tosco, rs, mas tem um fundo de verdade.

Não sei se fui enjoada para comidas, se passava noites em claro, mas me recordo bem de otites e tímpanos rompidos, garganta inflamada, e por consequência, consultas e mais consultas médicas. Ah, claro, a adolescência foi permeada de talas gessadas e gessos propriamente ditos. Quem não se recorda do antebraço direito fraturado, e aquela cara de raiva contida? Até banho ela queria que eu tomasse, fez a nossa secretária me dar o jantar na boca, tomou banho e foi com toda a raiva do mundo ao traumatologista comigo.

Óbvio que foram inúmeras entorses, posteriores ao episódio do braço. rsrsrsrs

Creio que, por causa da cara que ela fazia quando eu anunciava qualquer enfermidade, eu desenvolvi mecanismos de autosuficiência: para otites e noites em claro, ferro de passar e fronhas; para cálculos renais, lágrimas e travesseiro; para entorses, idas sozinha às emergências. E por aí vai. Cortava bifes com tesoura de frango, fazia tudo sozinha com o braço engessado. 

Mais uma vez, devo ressaltar que não se trata de uma cobrança, tampouco de uma pintura feia das atitudes da minha genitora. Tudo isso é só para dizer que ela fez uma escolha quando me deu a vida, e continuou escolhendo, durante o processo de criação e educação. Bem ou mal, eis-me aqui, formada, trabalhando, escolhendo.

E nesse dia tão especial, três palavras definem tudo: i love you

Feliz aniversário mãe!

Day after

Ando feito panela de pressão... a ponto de explodir, e cozinhando por dentro.

Semana passada, decidi que ao invés de preparar o "terreno" para um infarto, ou um AVC, eu necessitava extravazar toda essa energia. Em meio a tudo que me veio à mente, decidi visitar uma academia onde há aulas de muay-thai.

Para quem não conhece, vamos à definição da Tia Wiki:
Muay thai é uma luta originária da Tailândia, país do qual é o esporte nacional. É conhecida como a arte das oito armas, pois se caracteriza pelo uso combinado de punhos, cotovelos, joelhos, canelas e pés, e associada a uma boa preparação física que a torna uma luta de contato total muito eficiente.[3]

Bom, agora que vocês já sabem do que se trata, rsrsrs, devo informar que minha primeira aula foi ontem. O instrutor é conhecido como "Paulista"; o ambiente é predominantemente masculino, apesar de, para minha surpresa, 1/3 dos alunos são mulheres. 

A primeira pergunta do cidadão foi: você já treinou alguma arte?, respondi que não. Ele perguntou: mas já bateu em alguém? Vejam bem, respondi que não por falta de vontade. Quem me conhece, sabe, rs.

Esquisito ou não, rsrsrs, a aula começou com alongamentos e com - pasmem - 200 polichinelos. Sim, meus caros, vocês podem imaginar a pessoa aqui pulando feito uma ginasial possuída, rsrsrsrs? Pois bem, com as panturrilhas fervilhando, os golpes tiveram início. Minha parceira era uma garota - provavelmente, 17 ou 18 anos - irrequieta, quase que passível de diagnóstico de DDA, rs.
E lá fui eu, guiada ora pelo instrutor, ora pela parceira. E foi um tal de jab - direto - jab - cotovelada - upper - direto - cruzado - joelho. Ufa! Cansou? Eu também, saí de lá suada como nunca, inacreditavelmente mais leve, feliz da vida.

Quando cheguei em casa, um incômodo nas mãos e voilà, os "nozinhos" (juntas) dos dedos inchados, com calos de sangue. Eu ri, e ri de novo, e postei foto no Facebook. Tomei um relaxante muscular e dormi... mas as 6h de sono foram pouco, rs.

É, meus queridos, agora tenho "autorização" para bater nas pessoas, ainda que seja às segundas, quartas e sextas, por 1h.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Passarinhos apagando incêndios

Creio que a maioria conhece a fábula do pequeno bem-te-vi, que transportava água com vistas a apagar o incêndio da floresta. Questionado sobre a impossibilidade de, em sendo tão pequeno, apagar o fogo, retrucou: eu tenho consciência, porém estou fazendo a minha parte.

Pois bem, hoje, vi um bem-te-vi: um vendedor de lanches, numa bicicleta. Ao avistar um idoso, sentado à calçada, escoradinho no muro do pátio da rodoviária e aparentemente faminto e com frio, parou, estendeu a mão e simplesmente entregou um pacotinho ao homem, que olhou, incrédulo, estendendo a mão para apanhar a comida.

Uma cena tocante, inesquecível.

Dilemas

Estou vivendo o dilema de não saber até que ponto é uma vontade minha, ou uma "imposição" de terceiros.

Pontos a favor de que a vontade seja pessoal:
a) roupas no armário, em numerações as mais variadas possíveis;
b) a frustração de não conseguir vesti-las;
c) o desgosto em adquirir novas peças;
d) vergonha.

Pontos a favor de que seja um desejo de satisfazer outrem:
a) as cobranças: malhe, fique musculosa, fique gostosa;
b) "condição" para passos maiores e substanciais.

A frustração reside em não conseguir modificar a realidade, nem por questões pessoais, tampouco pensando nos outros. 

Eu estou perdida, e não faço ideia de que caminho seguir para me reencontrar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Frustração

Na minha infância/adolescência, não havia Supernanny. Ah! eu também não vim acompanhada de manual de instruções. Isso significa que nem eu, nem qualquer dos que tiveram participação na minha criação, sabia exatamente o caminho das pedras.

Lembro perfeitamente de episódios como as férias da secretária; por sinal, sempre em dezembro, período em que eu deveria ter férias. Mas, com pais trabalhando sem férias, isso significava meramente ficar em casa com tv full time. Bom, no que tange aos dois outros filhos; porque no meu caso, significava ser a responsável pela ordem em meio ao caos.

Nos momentos em que não estava apartando vias de fato entre dois seres humanos, nascidos no mesmo dia, num intervalo de 6 anos, eu estava ou cuidando do almoço, ou dando um jeito na casa. Bom, creio que ficamos assim dos meus 12 anos até por volta dos 17. 

Se você, nobre leitor, não sabe o que é frustração, vamos a um exemplo prático: 12 anos, uma lista [simbólica] de coisas a fazer até o meio-dia, e o sucesso da missão "almoço para os pais às 12h30 em ponto". Chega alguém e, ao invés de parabenizar o seu feito, reclama que há pó na estante, ou que a caçula estava com banho por tomar. 

O que eu quero dizer com isso? Bom, certamente não é fazer com que a senhora minha genitora fique chateada, ou se sinta culpada. Mas sim, contextualizar como eu aprendi a lidar com as minhas expectativas, e as dos outros. Óbvio, nem sempre é possível, como exatamente agora. 

Uma imensa, incomensurável frustração se apodera de mim, como um polvo envolve a presa com seus tentáculos repletos de ventosas. Vagarosamente, vai faltando o ar, e os sentidos começam a esmaecer; sei que lutar não é uma alternativa viável, pois se eu me debater, serei esmagada com cada vez mais força. 

Estratégia... é o q preciso definir nesse momento de crise. Não, eu não vou matar ninguém, apesar de ser um pensamento que me ocorreu n'algum instante dos acontecimentos. A vida segue seu curso, e eu sigo tentando compreender os fatos e solucionar os conflitos. A frustração? Faz parte.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Contendo Becky Bloom

Não, a Becky Bloom que há em mim precisa se manter adormecida, rs, pelo bem da poupança para trocar o carro.

Problema sério acompanhar blogs de beleza... toda novidade postada causa em mim um desejo profundo de experimentação. Poxa, bem que os sites de beauté podiam me mandar aí uns produtchenhos para testar, né? Logo eu que não gosto nadinha de ser cobaia adoro novidades. 

Por exemplo, essa semana o esmalte (postei foto lá no FB, clica aqui) é o Relax da Penélope, um azul turqueza lindo de viver, da coleção Penélope, Risqué. Desde que a informação correu no mundo bloguístico, fiquei alucinada para comprar e usar. Ah, sim, eu sou a louca dos esmaltes... compro, uso uma única vez, e o pobre coitado vai para o limbo esmaltístico. Quem gosta dessa minha compulsão é a mulherada lá de casa, rs.

Pois é... esse post foi motivado pelas fotinhos da nova coleção da Colorama: Respeitável Público. A Vivi, a fofa do PopTopic, publicou hoje no blog. Ô minha Nossa Senhora das Poupadoras Ex-endividadas, ajude por favor, preciso manter incólume o montante lá no banco.

Não foi dessa vez

A pizza no sábado foi um sucesso gastronômico. Pena que o propósito específico tenha resultado em tiro n'agua.

O intuito do encontro, para além de reunir o povo - coisa que mamãe adora - ao redor da mesa de jantar, era de provocar uma reação do distinto.

Nem com a colaboração especial da genitora, e do padrinho, nem com reza forte, nada. Esse casamento tá mais difícil que o metrô de Fortaleza.

Para fechar com chave-de-ouro, uma mãozinha do sogro ontem. E nada! O Fantástico falando do 1º casamento dentro do Rock'nRio e... nada!

Não foi dessa vez que eu entrei pro high society. kkkkkkkkkkkkkkk

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Ouviu, amou, grudou

Eu sou do time das pessoas que, quando se encantam com uma música, ouvem ininterruptamente, colocam como toque do celular, enfim. Por precaução, evito utilizar como despertador, afinal, diz a lenda que, se você quiser passar a odiar uma canção, coloque-a como despetador.

No meu caso, o celular desperta e, em razão do meu profundo amor pelo aparelho, algo no stand by existente no meu cérebro consegue funcionar, e preservar a integridade do equipamento. Por sinal, o cérebro é uma máquina fantástica mesmo: meu celular-despertador é touch screen, e há duas opções - soneca e desligar - ambas ativadas com um deslizar de dedos, para esquerda ou para a direita. O alarme toca, o bracinho se estende automaticamente e desbloqueia o aparelho, escolhendo a opção "soneca". Isso tudo sem prejuízo do soninho entre os intervalos de 7 min. #alouca

Pois bem, retornando ao assunto originário... quem lê o blog deve se recordar da propaganda, cujo vídeo postei há 2 dias, com a trilha sonora da Ellie Goulding, a belíssima canção de Elton John: Your Song. A interpretação da Ellie é fora de série, e a música ecoa em minha mente desde então. O que fazer? Download, baby. Agora já posso tê-la comigo, enquanto houver bateria no celular, kkkkkkkkkk.

Agora, só me resta requerer à irmã que providencie o download do álbum da cantora, pois aquele timbre de voz - forte e ao mesmo tempo sutil, doce - é para nos converter em seguidores da moça, rsrs. Ah! e tem ainda a Adele, que segundo a irmã - que já tem o álbum no computador [vou copiar djá!] - é a sucessora de Amy: mesmo timbre de voz, estilo parecido. 

Vamos renovar os playlists dos celulares, e do MP4, rs.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Hummm, ganhei sorteio!

Ai, ai. Quanta felicidade ganhar sorteios, rs.

Hoje recebi um e-mail da Vivi Alberto, do mega-power PopTopic, informando que fui sorteada e ganhei o perfume Aurien, da Eudora (marca do grupo O Boticário). Clica aqui que você vai saber qual é. O êxtase não se resume ao prêmio em si, mas ganhar de um blog que amo de verdade, sigo e leio diariamente!

Curioso é que o último sorteio que ganhei foi da época em que a Vivi era do Trendy Twins, rs: necessarie Dermage e batom idem (por sinal, que maravilha os batons da Dermage).

Agora é só esperar, com ansiedade, para sentir o cheiro desse perfume... olha a descrição: "Poderosamente feminina. Sofisticadamente sensual. Aurien é uma fragrância para uma mulher exuberante que sabe viver os prazeres da vida com muita classe. Com notas de mandarina, morango silvestre, lima e um buquê floral exuberante, ele representa elegância e sofisticação. O patchouli proporciona uma assinatura fascinante e sensual. Para uma mulher tão preciosa, intensa e fascinante quanto o ouro".

Oi? Eu! kkkkk (humildade mode off)

Ululando

Eis-me aqui, ululando* acerca da vontade imensa de estar "na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê", rsrsrs, em qualquer lugar que não fosse aqui, fazendo sei-lá-o-que que não fosse trabalhar, fingindo simpatia com alguns os quais eu preferia esganar!

Hoje eu não quero ser profissional: quero esquecer os diplomas e certificados, a CTPS anotada, as contas em aberto; quero fugir de compromissos, calendários, prazos, solicitações e requerimentos...

Agora, nesse exato momento, consigo visualizar a cena: desligar o netbook, pegar a bolsa, chutar uma ou outra cadeira pelo meio do caminho, abrir uma certa porta e dizer meia dúzia de verdades, sair no braço se preciso for; gritar bem alto "que se dane!" e sair, linda, leve e solta, atravessar a porta de vidro (quebrá-la, se preciso), descer e caminhar tranquilamente até o estacionamento onde está o carro.

Ai, ai, que falta faz um(a) provedor(a)/mantenedor(a), rsrsrsrs.

*ulular: soltar voz triste e lamentosa.

Ecologicamente correto, mas aplicável?

Essa onda de "ecologicamente correto" tem coisas esquisitas, e outras, bem pouco práticas. Por esses dias, li duas matérias que me fizeram repensar até que ponto as tais "novas/antigas" práticas são, de fato, aplicáveis.

A primeira foi a "liquefação de cadáveres". Abstraindo-se de questões religiosas, os criadores defendem que o procedimento produz menos gases tóxicos que a cremação (cerca de 1/3), e evitaria a contaminação dos solos com o fluido cadavérico. Funciona assim: o corpo é colocado numa câmara (quase um aquário, fechado), e o interior do recipiente é preenchido com uma substância que dissolve tecidos. Após 3h, resta somente o esqueleto. Drena-se o líquido, e os ossos podem ser reduzidos a pó, e entregues à família.

A segunda, recebi via e-mail, e trata dos bioabsorventes. O produto é confeccionado em algodão anti-alérgico, e livre de substâncias tidas por nocivas, utilizadas nos tradicionais absorventes disponíveis no mercado. Não vou adentrar o mérito sobre os componentes químicos, tóxicos, e suas consequências para o organismo. Falam em variações, que vão "da TPM a alergias de contato, assaduras, fissuras e vários tipos de câncer".

A visão do artigo trata da questão energética dos fluidos femininos, em especial o sangue. Segundo o autor, o sangue é fonte de vida, e que as índias sangram sobre a terra. Continuando: o plástico dos absorventes industrializados bloquearia o curso natural do fluxo, que seria seguir direto ao centro da terra. 

O autor conclui: "Desarmonias como ovários policísticos, endometriose, vaginite, entre outras, são causadas pelo uso dessas barreiras plásticas que restringem o livre fluxo do prana. As células não eliminadas migram e se alojam em lugares indevidos propiciando as mais diversas patologias."

Bom, quanto à liquefação, honestamente não sei o que pensar. Do ponto de vista ecológico, a prática é positiva; quanto aos laços afetivos que nos unem aos nossos mortos, é horrível imaginar a degradação cadavérica, qualquer que seja o método escolhido: enterro, cremação ou liquefação. Pode ser que possamos nos acostumar com o novo método, mas a morte vai continuar envolta por mistérios e sentimentos.

Já os bioabsorventes, com sinceridade, pouco ou nada práticos para uma realidade social como a nossa, na qual a mulher trabalha fora. Se a "segurança" dos tradicionais gera, com frequência, "acidentes de percurso", tais como vazamentos, manchas indiscretas, imagine adotar as "toalhinhas". Ah não! Certamente, a prática funcionava para as mulheres que trabalhavam em casa, e podiam "acondicionar" as tais até poder lavá-las e reutilizar. 

Pessoalmente, nunca vi os bioabsorventes; vou, inclusive, procurar, para poder atestar a utilidade pragmática. Agora, uma reflexão: se as colas são abominadas na produção do eco-friendly, como vamos afixá-lo às vestes? Com alfinetes???