segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Provação é...

... ter que encarar a realidade: a balança diz que você está GORDA, o espelho repete a afirmativa e suas roupas fazem coro. Mas justo no dia em que a reeducação alimentar inicia, você recebe um e-mail informando sobre a festa em comemoração aos aniversariantes dos meses de janeiro e fevereiro.

Repitam comigo o mantra: "academia 19h R$ 109,00; academia 19h R$ 109,00; academia 19h R$ 109,00..."

Amigas colegiais, casadas e mães

Já falei, noutro post, sobre as fases que a gente vai atravessando vida a fora. Pois bem, estamos atualmente entre os "casamentos" e os "nascimentos". 

Tenho pouquíssimas amigas remanescentes do colegial, nenhuma da faculdade (somente colegas). Entre aquelas, pode-se dizer que o número é 4: Fernanda, Flávia, Jennifer e Patrícia. Destas, 3 já estão casadas. Solteiras, somente Patrícia e eu. Creio que, muito em breve, serei a única a permanecer ostentando o status de solteira.

Well, vamos aos fatos. Estive nos 3 casamentos, fui madrinha de 2 deles. Chorei em todos. É absolutamente indescritível a sensação de presenciar momentos marcantes daquelas pessoas com quem você conviveu anos e anos, estudando juntas para as provas, tudo isso vestindo uniforme. (pula essa parte, porque uma das escolas tinha um uniforme de educação física a-m-a-r-e-l-o)

Uma das casadas está tentando engravidar, e por infortúnio da natureza, até o momento não conseguiu. Outra, que sequer cogitava filhos, aproveitou uma ligação que fiz, informando que havia postado a tão sonhada bolsa (que ela encomendou na Baggage em outubro, e que levou 3 meses para ficar pronta), e me disse, na lata, que estava grávida. 

***para tudo e chama a NASA***

Como eu estava esperando para atravessar uma rua movimentada, não ouvi quando ela disse "grávida". Então respondi: - Como é? 
Ela riu, e disse: - É isso mesmo, eu tô "com um 'minino' no bucho!" (imitando cearense falando - ela é carioca)

Da segunda vez, não só ouvi como gritei, aquele gritinho de felicidade. Caramba! A primeira das minhas amigas de colégio, grávida! Fiquei tão consumida com os detalhes que nem o barulho do trânsito tirou minha concentração da conversa. Claro, como sou supersticiosa, achei prudente não comentar, nem postar sobre isso. Sabe aquela coisa de "olho gordo", pois é, fiquei receosa de que algo acontecesse.

Não me perguntem como, nem por que, mas o fato é que eu tinha uma certeza inabalável de que se tratava de um menino. Noutras conversas, até dei sugestões de nomes, tipo Théo. Aliás, se um dia eu tiver um filho, esse seria o provável nome. 

Hoje, quando ela me ligou confirmando o sexo do bebê, fiquei radiante. Afinal, já chega de mulher nesse mundo, rsrsrs. O que será das minhas sobrinhas se só nascerem meninas??? Não, a elas pelo menos o direito de escolha.

Agora, estamos em busca de nomes para o meu "sobrinho". Sim, porque os filhos das amigas são sempre como da família. No meu caso, especificamente, será o primeiro "sobrinho". A Andréa tem a Júlia, a Lara é dinda do Luisinho (quase um filho, lindo por sinal!), e eu ainda tenho duas afilhadas que amo de paixão. 

[A(s) minha(s) sobrinha(s) de sangue não conta(m), pouco convivo com ela (e a que vem por aí - que será geminiana como eu, rsrsrs)].

Enfim, serei tia de verdade. Porque as amigas são como irmãs. Aliás, há uma frase que adoro desde que me entendo por gente, e desconheço a autoria: Amigos são irmãos que a gente escolhe.

Curtas, para curtir

Fico alguns dias sem escrever e logo já tenho inúmeras novidades, só que tão num nível "pop-up" (rsrsrs) ... fica até difícil de começar um post.

Bom, na quinta mamãe e eu "aprontamos" uma, rsrs. Coisa boa, positiva, naquela linha "não dê o peixe, ensine a pescar". Que felicidade saber, hoje, segunda-feira, que tudo saiu melhor que a encomenda. Colocar um sorriso no rosto de alguém não tem preço.

Minha amiga Lara conseguiu, de forma simples, o que se apresentava quase como batalha épica: consentimento dos pais para uma viagem a Macapá, ficar durante o carnaval com o amado. Acho simplesmente o máximo esse friozinho na barriga, essa ansiedade de contar os dias, de fazer planos, de arrumar a mala, marcar manicure, depilação, comprar roupa nova... ai ai! O amor é realmente contagiante!

Fui ao otorrino, e o diagnóstico sobre a minha condição não foi lá muito preciso... na prática, tenho problemas de ouvido, nariz e garganta. A investigação vai começar: exames, exames e mais exames.

Enquanto aguardava ser atendida, recebi uma ligação que me deixou em êxtase: vou ser "titia" de um menino!!! Bom, antes que alguém aí se assuste, não houve erro no ultra-som da minha cunhada (ela espera uma menina), tampouco minha irmã está grávida (bate na madeira 3x!). É a primeira das minhas amigas (dos tempos colegiais) que descobriu o sexo do bebê que espera. Sobre isso, prometo novo post, explicativo.

Ontem levei outro pito do digníssimo!!! Enquanto futricava o anel de formatura que orna o meu dedo [onde outrora havia uma aliança de compromisso], comentei que sentia falta da aliança. Ele prontamente respondeu: - Você se apega às coisas materiais. É só um anel. A gente não já está morando junto?

***pausa para um gritinho contido***

Ok, essa afirmativa tem um fundo de verdade. Bem fundo, registre-se. Mas ainda falta a cerimônia, o ritual. Sou romântica sim, e daí???

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

O caos do trânsito

Diariamente, cresce em mim uma revolta sem precedentes, diante do descaso do poder público em relação ao caos do trânsito. 

Inicialmente, eu cheguei a acreditar que devia ser culpa do meu horário pré-determinado para sair de casa: 7h20. Antecipei a saída em 10 minutos, e a coisa só piorou. Hoje, cheguei à conclusão de que será necessário sair às 7h. 

Como sou curiosa, extremamente impaciente e tenho quase obsessão por horários a cumprir, tenho dedicado essas horas intermináveis entre primeira/segunda/terceira marcha na BR-116 a observar. Há situações clássicas de impedimentos do fluxo normal de veículos... tipo acidentes, carros enguiçados, ruas e avenidas bloqueadas, entre outros. 

Para meu espanto, não visualizo qualquer dos motivos mencionados. Simplesmente não saímos do lugar. 

Claro, há trechos SIM absurdamente danificados, em especial as alças laterais da rodovia. Mas não justifica o fluxo interrompido nas pistas principais.

Bom, minha indignação reside no fato de que a imprensa noticia, e noticia, e cansa nossos olhos e ouvidos de tanto apontar os problemas. Aos vistos, nenhum representante do Executivo vê tv ou lê jornal. Questiono-me também se algum trafegaria por tais locais, ou somente viraria o rosto para o outro lado, dentro de helicópteros que ignoram trânsito, atrasos, etc.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Às favas com as certezas

O post de ontem era uma espécie de auto-reflexão... quem já viu aquela propaganda das Havaianas, com o Henri Castelli recebendo e guardando as sandálias, enquanto dois caras conversam, sendo um deles o mentor de ideias nas quais nem ele mesmo acredita, ou se convence da veracidade.

Pois bem, estou na mesma situação. Bastou uma ligação do amado hoje, dizendo da falta que eu faço por aqueles lados, e perguntando assim, como quem quer tudo, rsrsrs, se eu tinha condições físicas de ir... sem mencionar a questão dos móveis a escolher...

Quando sair do trabalho hoje, vou v-o-a-n-d-o ao salão, para manicure e pedicure. Depois,  ao Via Sul trocar as passagens do carnaval, para amanhã. 

Destino: Sobral :)

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Das coisas que sei, das certezas que tenho

Sim, eu sei...


que estou entre a saúde e a recaída [com acessos de tosse],
que o custo das viagens é alto,
que o desgaste [físico, principalmente] é imenso,
que tenho uma vida para cuidar na capital,
que só consigo ir à manicure às sextas ou sábados,
que precarizei avós, mãe, amigas...

Mas o que eu posso fazer se eu o amo?
[e ainda tenho móveis a comprar, uma casa para montar]

Nessas horas, Marisa Monte traduz em palavras cantadas todo o sentimento que carrego no peito:

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Quando eu crescer...

... quero ter esse corpinho, e me vestir assim:

Prazer, Chris Francini. Quero ser elegante assim quando crescer.

Imagem do blog dela e da Paula Martins, o Look do Dia. Ah! e elas repetem roupa, sem dó nem piedade, e com um glamour próprio. Apaixonada pelo cinto-faixa de couro, um cardigã de oncinha, entre outras pecinhas recorrentes.

Um vídeo para pensar


Fui presenteada por meu amigo Fernando Cavalcanti com um vídeo que me fez corar... de vergonha de assumir essa postura tipicamente passiva do brasileiro. Até quando?

Back to work

Sabe quando o repouso noturno é mais do que necessário? Pois bem, geralmente em situações nas quais preciso descansar, meu corpo trabalha contra e permanece em estado de alerta. Foi o caso desta madrugada... não houve consenso entre os comandos cerebrais e o restante do corpo.

Alternando tremor e sudorese, o período compreendido entre 00h e 6h15 de hoje, o caos instalou-se e provocou uma relativa piora no quadro clínico da blogueira aqui. Se não bastasse estar medicada, haver ficado em casa ontem o dia inteiro (ainda que em frente ao notebook, tentando dar conta das pendências... e de forçar imensamente as cordas vocais, para me fazer ouvir pelo celular, que também achou de não me deixar em paz), uma noite mal dormida traz a sensação de que foi tudo em vão.

Entretanto, trabalhar é preciso. Cá estou, em pequenos cacos que consegui reunir e agrupar, mal e porcamente. Veremos se chego ao final do dia, ainda que nas mesmas condições físicas em que me encontro agora. Há de ser uma vitória, rsrs.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Odeio: doença e falta de educação!

Ai, ai. Viajei na sexta passada com o "bichinho do ham-ham" na garganta. Aquele incômodo, meio ressecamento, meio vontade-de-tossir. Enfim. Chegando a Sobral, mais um episódio da série "falta de educação" dos funcionários da rodoviária.

***senta que lá vem a história***

Toda semana, viajo quase como uma retirante. Sacolas, bolsas, pacotes, embrulhos, etc. Estamos montando a casa praticamente levando tudo de Fortaleza para Tianguá. E como subir a serra de ônibus é nauseante e demorado, optamos por Sobral como destino final do trecho rodoviário, rs. Pois bem. Noutras oportunidades, eu desci do ônibus e lá estavam aqueles muitos volumes, a serem transportados da plataforma de desembarque até a saída. O digníssimo, como bom cavalheiro, solicitou ao porteiro permissão para ir ao meu encontro. Com uma simpatia peculiar, o funcionário negou. Enquanto eles dialogavam, eu ia e vinha com pacotes, subia e descia as escadinhas, até completar a missão. O que me deixou perplexa foi o fato de que, mesmo quando eu colocava os embrulhos em frente ao portão que separa a plataforma da rodoviária, o porteiro era incapaz de simplesmente passar as coisas de um lado para o outro, tampouco permitia que o namorado o fizesse. Euzinha tive que empurrar as coisas, diante da imprestabilidade do cidadão. Claro, foi uma situação desagradável, constrangedora, e que tirou meu amado do sério. No melhor espírito deixa-para-lá, pedi a ele que esquecesse o episódio e que fôssemos embora logo.

Só que sexta, aconteceu de novo. Não havia um ser humano com um mínimo de bom senso naquele local. Os funcionários da Guanabara se limitaram a retirar a caixa da tv do compartimento de cargas, e colocá-la NO CHÃO. Isso mesmo, nenhum foi capaz de, numa atitude minimamente sensata, conduzir a caixa até a entrada. O digníssimo pediu para entrar, e dessa vez recebeu ironia, grosseria e chacota como resposta. Resultado? Ele invadiu a plataforma, pegou a caixa e voltou pronto para jogar nossa amada tv sobre o mal educado em questão. Fomos até o carro, ele deixou as coisas e voltou. Guardamos (eu e um colega de trabalho dele) as malas, a caixa e voltamos para ver o que ele havia ido fazer. 

Para resumir: os funcionários da Guanabara (mais especificamente o supervisor) colocaram panos-quentes na situação, e numa atitude minimamente anti-profissional, não informaram os nomes do gerente da rodoviária, do porteiro, de ninguém. Corporativismo puro. 

Ontem, no meu retorno, o dito porteiro estava lá. Dessa vez, sem crachá. A todos os funcionários da Guanabara a quem perguntávamos o nome dele, a resposta era sempre "não sei". 

É... meu amigo Desocupado (Fernando Cavalcante), talvez a cordialidade que você mencionou em seu post acerca do sobralense, limite-se a uma restrita parte da população. Ou pelo menos, alguns com um grau de instrução mais elevado. A média dos que conheci atende ao público como se estivesse fazendo favor. Uma pena!

(Ah! acabei ficando, de fato, doente. Desde sábado tenho febre, garganta inflamada, tosse, dor no corpo... viajei essa semana para dar trabalho ao namorado, rsrs. Ganhei uma segunda-feira de molho em casa, sem os mimos do amado e com a sensação de haver sido atropelada por um caminhão, rs. )

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Questionamento intrigante

É certo que existem termos próprios de cada profissão. Entretanto, quem advoga acaba tendo que se inteirar de coisas e situações que não foram ensinadas nos bancos acadêmicos (nem poderiam ter sido).

Pois bem, trabalho quase que exclusivamente para trabalhadores rurais em busca de aposentadoria por idade, na qualidade de "segurado especial", de acordo com a legislação que rege a previdência. E nunca, nunca mesmo passou pela minha cabeça entender sobre "agricultura familiar", "perímetros irrigados", cultura de milho, feijão, mandioca, abóbora... rsrsrsrs

Hoje, ouvindo os áudios das audiências havidas recentemente em Petrolina-PE, deparei-me com termos como "chibanca", arado,
"coivara". Mas o que me intrigou, e tive que recorrer ao Google (sem sucesso absoluto, apenas de passagem), foi a pergunta do Procurador do INSS:

- QUANTAS VEZES DÁ CABELO NO MILHO?

Em duas audiências distintas, ele indagou essa pergunta aos autores. Claro, curiosa como sou, busquei, mas continuo insatisfeita com os retornos fornecidos pelo Google sobre o assunto. Entendi perfeitamente a utilidade do cabelo do milho, descobri suas propriedades medicinais, seus vários usos (chá, principalmente)... mas ainda busco a informação que pondero "essencial": quantas vezes dá cabelo no milho???

Update:  segundo Samuel (o Diretor Adm do escritório), o milho só dá cabelo 1 vez, porque colhida a espiga, o cabelo morre. Aliás, a espiga em formação é conhecida como "boneca". Vivendo e aprendendo!

Coisas do rol de "mais do que deveria"

Essa manhã, verifiquei o saldo da conta bancária. Faz-se desnecessário qualquer comentário adicional sobre o que consta no extrato.

Em momentos assim, sinto o choque da realidade. Como costumo (e às vezes até prefiro) viver no "país das maravilhas", acontecimentos dessa natureza impulsionam análises mais profundas das consequências dos meus atos. Adiante, elenco algumas situações constantes do rol das coisas classificadas como "mais do que deveria", na esperança de traduzir os fatos e promover mudanças:

  1. Estou numa fase em que ando comendo "mais do que deveria". Consequência? Roupas apertadas;
  2. Faz 3 semanas que não piso na academia, (uma preguiça além do comum) que me custa mensalmente R$ 109,00. Consequência? Somando o item 1 ao 2, o prognóstico é de completo desastre muito em breve;
  3. Tenho dormido "menos do que deveria". Consequência? Um cansaço que se arrasta há semanas;
  4. Venho gastando "mais do que deveria". Bem mais. Consequência? Vai demorar um bocado para, enfim, trocar de carro.
Realmente, passou da hora de promover alterações nesse ritmo de vida. Mudar é preciso, senão, vou quebrar a balança* (e o bolso, rsrsrs). 

*piadinha infame, um trocadilho com o trecho da música do Rappa: "navegar é preciso, senão, a rotina te cansa".

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Encontrinho com amigas

Café da tarde (na verdade, noite) no Piaf, com Milena e Lara. Simplesmente fantástico!!!



Verdade, verdadeira!

(Clique sobre a imagem, ela aparecerá em tamanho "legível")

Caos e tédio - dois extremos

Estou me dando conta de que sou viciada em caos. Calma! Eu explico...

Os dias tranquilos, sem prazos a cumprir, sem "babado, confusão e gritaria", como diria Hugo Gloss, são simplesmente monótonos e perco a proatividade.

Ontem ao final do dia, um ofício recebido me obrigou a ficar até 19h15 no escritório, em frente ao netbook, digitando freneticamente uma resposta que fosse, ao mesmo tempo, dura e imparcial. O celular tocava, uma nova alteração, e-mails enviados, aguardando aprovação do texto... incompreensivelmente, saí com a sensação de que o dia foi produtivo.

Não que manhã e tarde tenham sido em vão, mas aquele intervalo entre 17h30 e 19h15 cobriram de glamour e eficiência o meu dia de trabalho. Ainda que, ao chegar ao carro, o celular tenha tocado novamente, e alguém do outro lado da linha tenha dito que guardasse a resposta para outra oportunidade.

Hoje, por exemplo, não tenho "jacarés" presos aos tornozelos. E esse clima de chuva, o ar condicionado temperando o ambiente, ai ai... que sono! Um tédio ameaça instalar-se por aqui. Ok, não precisa ser nada muito urgente, mas pelo menos uma emoçãozinha não cairia mal.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A frase para essa fase da vida

"A perseverança é o grande agente do êxito". (G. Dargan)

[Eu hei de conseguir o tão sonhado pedido de casamento ainda esse ano!!! Sou brasileira e não desisto nunca!]

A importância de ser útil

Antes de conhecer a doutrina espírita, nunca havia pensado mais aprofundadamente na questão da caridade. Não que exemplos não fizessem parte da minha criação, pelo contrário, a família Brasil é recheada de casos simpaticamente bacanas.

Pois bem, minha adorável genitora é um ser humano diferenciado. Sim, porque mesmo quando recebeu um tapa, teve a capacidade de oferecer a outra face. Foi duramente criticada por isso, inclusive por nós, os 3 filhos. Hoje percebo o tamanho da nossa ignorância...

 Após seu engajamento na doutrina, o que era nato tornou-se cotidiano. Muita gente recorre a ela em busca de um conselho, de auxílio material e afins. Mas o que chama a atenção é que ela não se furta de ser proativa. Ainda que o próximo não solicite, ou mesmo se recuse, ela procura ajudar de alguma forma.

Claro, depois de adulta é que compreendi a grandeza do ser humano que me deu à vida. Obviamente, tem inúmeros defeitos e quase sempre me deixa louca, rsrsrs. Mas afora os percalços da rotina, ela me ensina através de exemplos. Hoje, se consigo ser sensível e auxiliar de alguma forma, foi com ela que aprendi. Estou há anos-luz de ser como ela, mas faço o possível.

É muito gratificante receber a oportunidade divina de ser útil, de compartilhar qualquer coisa... na manhã desta segunda-feira, pude ser útil, ainda que de forma muito restrita. A satisfação pessoal de poder ser um mecanismo de transformação de vida não tem preço. Espero ter ajudado de alguma forma, e que a criatura divina possa achar o caminho com as próprias pernas. 

Afinal, deve-se sempre ter em mente que é melhor ensinar a pescar. Eu faço a minha parte...

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A manicure, de carrão!

A pedidos, o post sobre a Fernanda Uchôa... Mamãe a conheceu por intermédio da esposa de um amigo do meu pai. 

[Creio nunca haver comentado no blog, mas o fato é que o meu pai tinha idolatria por reuniões de bêbados inconvenientes, e nesses encontros as esposas acabaram por se aproximar. Os casamentos se dissolveram, a amizade entre os bêbados, não. Tampouco entre as mulheres: são todas amigas, ainda hoje.]

Pois bem, mamãe e eu passamos a frequentar a casa dela, que era próxima à nossa. Naquela época, ela ainda era casada com um zero-à-esquerda. Dizia que não o deixava porque se assim procedesse, ele iria ter direito à metade de tudo que ELA havia construído com suor e labuta diária, de segunda a sábado. Sustentava a casa e o filho, enquanto ele bebia cachaça e perambulava por aí, com um emprego que mal sustentava a bebida... 

Ela podia ter-se entregue ao vício da lamentação, mas se recusou a assumir o papel de vítima. Fez inúmeros cursos de estética, e passou não só a ser manicure, mas esteticista, depiladora, e tudo o mais. Desde que a conheço, sempre teve carro próprio, boas roupas, vaidade invejável. Malha todo santo dia, 5h30. 

Colocou silicone nos seios, trocou de carro diversas vezes... cada gota de suor super bem investida. 

O casamento, como era de se esperar, terminou. Ele, claro, com chantagens e manipulações, conseguiu fazer com que ela vendesse a casa (sem nunca ter contribuído com 1 real para adquirir) e dividisse o dinheiro. Não se abateu, continuou trabalhando. Hoje, como mencionei no outro post, tem um C4 lindo de viver! Conheceu um italiano, e vive com ele. Bem amada, batalhadora, consegue manter o filho estudando Direito na UNIFOR. 

Taí um exemplo de mulher. Fez limonada e torta com os limões que a vida lhe deu.

A fase dos esmaltes

Sim, meu caro amigo Desocupado... o presente post, além de resposta ao seu comentário, servirá de retrospectiva das fases "esmaltísticas" das quase duas décadas de utilização do produto.

Quando criança, recordo-me da felicidade suprema quando avistava a manicure à porta de casa. Àquela época, mamãe não frequentava salões, e os procedimentos de beleza se davam na casa da cliente. Pois bem, a moça trazia sempre um balaio com os apetrechos, e se não me falha a memória, havia uma quantidade bem limitada de esmaltes, dos tons de rosa a alguns vermelhos. Nada empolgante.

Na época "adolescente", na casa dos 14 anos (acaso não me traia a memória mais uma vez), passamos (mamãe e eu) a frequentar semanalmente a casa de uma manicure, que por sinal tem hoje um baita carrão (um C4) e mora muuuuuuuito bem, sustentando um filho que estuda na UNIFOR. Aliás, a obstinação dela é assunto para outro post.

Nessa fase da vida, eu usava esmalte claro nas mãos, e escuro nos pés. Até lembro as cores: Angélica (Risqué) e Café (Colorama). Com uns 16 anos, tive uma fase de esmaltes pretos e afins (sim, Descocupado, meu amigo, eu precedi os emos nesse sentido, hahahaha). A partir dos 17, nada de pedicure com esmaltes escuros. E uma sistemática também se instalou: escuro numa semana, claro na outra.

Ao adentrar a casa dos 20, um esmalte marcou e é lembrado até hoje pela minha fiel escudeira (e manicure, a Katy... tem a Jó também, que foi minha manicure antes de conhecer a Katy): Glamour (Impala). Creio quer era uma linha da Angélica. Ou seria da Xuxa? Ah, não lembro.

Depois de conhecer o fantástico mundo bloguístico, abandonei certos preconceitos: passei a esmaltar as unhas dos pés de cores as mais variadas possíveis, incluindo vermelhos sanguinários (coisa impensada aos 20). Quando imobilizei o tornozelo, desfilei com unhas dos pés azuis em diversos tons. Aliás, meus engessamentos e imobilizações eram um capítulo à parte: nunca impediram minha pedicure quinzenal. O trabalho que dava para cutelar era a-b-s-u-r-d-o, mas eu fazia questão de unhas impecáveis.

Ano passado, o boom: passei a adquirir as tendências, antes mesmo que chegassem aos balcões dos salões. Por sinal, passei a informar minha manicure sobre as novas cores, e rio horrores quando ela torce o nariz a cada esmalte que levo. Ora reclama da cor (berrante demais, segundo ela), ora do acabamento (fosco?! o maior trabalho pra deixar brilhante, e vc vem com essa tinta de parede?!). Como mencionei noutro post, ela se recusou a usar minha primeira inovação. 

Outra coisa que aprendi no ano passado, aliás me obriguei a fazer: cutelar e esmaltar minhas próprias unhas. Assim, eu poderia usar e abusar das aquisições, sem custos adicionais. Requer prática e paciência, é bem verdade. Mas o resultado final compensa.

Antes que a Lara se manifeste, lembrando certas fases nail polish free, ressalto que os excessos cobraram suas faturas... de tempos em tempos, as unhas ficam absurdamente frágeis e quebradiças. Óbvio, não poderia ser diferente. Tudo em excesso é prejudicial, esmaltes inclusive. 

Hoje é dia... e estou na dúvida entre um azul bebê, e outro, cor de rosa com efeito 3D.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vícios adquiridos recentemente

Juro por Deus que sonho com o dia em que o primeiro vício da lista será "academia". Confesso, infelizmente sem vergonha alguma, porém com uma dose tripla de culpa.

Vamos aos fatos: adquiri vícios, uns bons, outros nem tanto. O primeiro deles? Cores de esmaltes inusitadas.

Podem pensar e torcer os narizes, especialmente aqueles que convivem comigo. Afinal, sempre fui vaidosa, incluindo o quesito unhas. Entretanto, após a descoberta dos mundos mágicos contidos nos blogs, rsrsrsrsrs, resolvi sair da zona de conforto dos "clarinhos" e "vermelhos fechados". Apesar da profissão tradicionalista, vezenquando apareço por aí com esmalte azul, com glitter, etc. etc. etc. Até a manicure estranha, e uma vez quando cheguei com um esmalte fosco, ela simplesmente se recusou a pintar. hahahahahahaha

Outro vício, esse prejudicial: Top Sundae com calda de amoras. Simplesmente amo frutas vermelhas, e ao me deparar com essa calda na linha verão do Mc Donalds, passei a não resistir. Até resisto, não tomo todo dia, hahahahaha.

Mais um vicio: o blog. Ok, nem todo dia há posts novos, mas estou sempre visualizando, em busca de comentários. Sim, sou viciada em comentários.

Ai, ai, agora que faz um tempinho que não há comments nos posts... estou em fase de abstinência. Nada bom...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Das coisas que não compreendo

Se tem uma coisa que anda me causando intriga nos últimos tempos, é essa "nova mania" de se vestir feito o povo da Restart e/ou Maria Gadu... Em que pese que a voz desta seja bem interessante.
Ah, creio que por não ter mais 15 anos, não veja graça nisso, tampouco no tal Fiuk, o filho do Fábio Jr (outro que, por sinal, é meio sem noção...).

Update: escrevi o post enquanto comia sushi no São Luiz, tendo como "vizinhos" de mesa dois exemplares de "seguidores" do Restart - calças coloridas, tênis All Star, óculos estilo Ray-Ban (na verdade era armação Chilli Beans), cabelos esquisitos, e coisas do gênero. Nada contra, mas me reservo ao direito de tecer comentários... rs

Os flagrantes do "desespero"

Já mencionei aqui no blog que 3 das minhas amigas queridas que casaram nos últimos 2 anos, fizeram a gentileza de incluir meu nome na barra do vestido. A tradição é antiga, e no caso da Fernanda, o nome dela estava na barra do vestido da Flávia, em 2009. (ok, o meu também estava, mas vamos pular essa parte).

Já que virou piada mesmo, resolvi colocar no blog esse "mico": a comprovação de que o nome estava lá, escrito num papelzinho e grampeado na saia de tule do vestido.

Fazendo as contas... a Nanda casou cerca de 15 meses após o casamento da Flávia... preciso saber quanto tempo depois da mesma "mandinga" a Flavinha casou, hahahahaha!

#aloucasupersticiosaparte32

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Divagando... (creio que pela segunda vez)

Well, creio que haja no blog um post com o mesmo título, rsrs. Como o presente post se dá via email, não foi possível esclarecer a dúvida.

Pois bem, ontem mamãe sentiu-se mal e foi peregrinar pelos hospitais da cidade... No HR da Unimed, a emergência cardiológica castigava pela espera cerca de 80 pacientes. Entre clínicas e outros hospitais, descredenciados pelo plano de saúde justamente em razão da existência do "atendimento" no HR, ela aportou na Clínica São Raimundo. Bem na hora da troca de plantão.

Ok, o objetivo do post não é falar especificamente da saúde da mamãe, que por sinal, após uma criteriosíssima e surpreendente anamnese e uma dezena de exames, descobriu estar com uma bactéria "de nome extenso e curioso", segundo ela própria. Devidamente medicada, em casa, hoje pela manhã ela me informa que precisa de carona ao trabalho, visto que diante do ocorrido, o filho a acudiu e o carro ficou estacionado nas adjacências do local de trabalho. No Eusébio!

Não se pode deixar de atender um pedido de mãe, ainda que isso resulte em meia hora de atraso para chegar ao próprio local de trabalho. No caminho de volta, enquanto desviava das crateras abissais que pululam na BR-116, especificamente no trecho compreendido entre Messejana e Aerolândia, um pensamento/ideia passou pela minha mente:

E se colocássemos dentro de um veículo motor 1000, os ilustríssimos senhores comandantes dos Poderes Executivo Municipal, Estadual e Federal, a fim de percorrer o trajeto Messejana-Centro, em horário de pico? E se um dos trechos fosse aquele no qual o carro é obrigado a parar e escolher, dentre as crateras, a de menor profundidade, e que ainda sim quase promove o desafio às leis da física, na medida em que o carro quase anda com somente duas rodas (as da direita)???

Pois é... cada ideia que povoa a minha mente... eu hein!

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A saga da tv - parte 2

Nunca pensei que comprar um tv fosse tão desgastante. Desde a frustração da compra cancelada pelo Compra Fácil, tenho peregrinado em sites e lojas físicas à procura da bendita Samsung led 32" Full HD série C5000. Ok, eu até achei hoje no site da EletroShopping. 

Telefone na mão, combino tudo com o vendedor da loja do Via Sul. Chegando lá, a decepção: o preço amigo fica só na compra à vista. Se parcelado, os juros são extorsivos. Retruquei, fiz confusão, briguei... saí de lá sem a maldita tv porque o gerente foi inflexível.

Na Rabelo, a informação: nenhuma - eu disse nenhuma! - loja no país tem esse modelo. O estoque está zerado. Raiva, raiva, raiva. Concluída a busca em lojas físicas, corri para casa a fim de tentar comprar via internet. Sem sucesso. Quando não é um prazo de 22 dias úteis para entrega, é um frete que dá para ir buscar de carro no depósito seja-lá-onde-for, e ainda sobra um troco pro sorvete.

Agora é esperar, ansiosa, pelo retorno do Extra e do Magazine Luiza, cujos estoques estão zerados, mas que aquele "avise-me quando estiver disponível" é praticamente a materialização do sonho. Enquanto isso, em Tianguá, há um rapaz sedendo, vendo o jogo do amado Flamengo na tv da padaria, rsrsrsrs.

DESAGRAVO PROFESSORES

Recebi o e-mail abaixo de um amigo, leitor e comentarista deste humilde blog. Resolvi publicar porque não posso ser conivente com os absurdos perpetrados por estudantes e pais imbecis, que estão transferindo para as escolas o dever de educar, quando na verdade é do núcleo familiar tal responsabilidade. Às escolas cabe tão somente o dever de ensinar, mas valores devem vir de casa, do berço.

Que diabos de sociedade é essa??

---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Fernando Cavalcanti <>
Data: 2 de fevereiro de 2011 12:34
Assunto: DESAGRAVO PROFESSORES
Para:



DESAGRAVO DO PROFº IGOR P. WILDMANN
Amigos,

Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.

Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.

Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.

Abraços
Igor

J'ACUSE !!!
(Eu acuso !)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)
Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.  
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
(Émile Zola)


Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado "dano moral" do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que "era proibido proibir". Depois, a geração do "não bate, que traumatiza". A coisa continuou: "Não reprove, que atrapalha". Não dê provas difíceis, pois "temos que respeitar o perfil dos nossos alunos".

Aliás, "prova não prova nada". Deixe o aluno "construir seu conhecimento." Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, "é o aluno que vai avaliar o professor". Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de "novo paradigma" (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: "o bandido é vítima da sociedade", "temos que mudar 'tudo isso que está aí'; "mais importante que ter conhecimento é ser 'crítico'."

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que "o mundo lhes deve algo".

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca, com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a "revolta dos oprimidos" e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia-a-dia, serão pressionados a dar provas bem tranquilas, provas de mentirinha, para "adequar a avaliação ao perfil dos alunos";

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que, em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, frequentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu "tantos por cento";

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno "terá direito" de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um "novo paradigma", uma " nova cultura de paz", pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da "vergonha na cara", do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os "cabeça-boa" que acham e ensinam que disciplina é "careta", que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam "promoters" de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia-a-dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de "o outro".

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: "Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria.

Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas, agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo."

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor "nova cultura de paz" que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann
Advogado - Doutor em DireitoProfessor universitário



terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Encontrando a amiga

Eu deveria ter ido à academia, eu sei. Mas a Lara falou comigo pelo msn e perguntou se essa semana haveria possibilidade de nos encontrarmos. Sacrifiquei a ginástica sem dor na consciência. Fomos ao Pátio Dom Luis, que por sinal é lindo de viver e está quase todo em liquidação. Já sabem, mulheres e faixas com os dizeres "liquidação" são magneticamente atrativos.

Perdemos a noção do tempo experimentando sapatos, e por milagre saí da loja sem qualquer exemplar. (quase posso ouvir sinos e um coral cantando "Aleluia"). Fomos até a Rabelo ver as tvs, e o atendimento de lá não se presta a comentários neste blog. Subimos e demos de cara com uma loja de utilidades. Claro, aproveitei e adquiri umas coisinhas para a casa de Tianguá (repitam comigo "a nossa casa", hahahahaha).

Enfim, fomos fazer o que inicialmente nos conduziu até lá: padaria. As guloseimas são de encher os olhos e as células adiposas, antes mesmo de levar qualquer coisa à balança, rs.

Conversamos tanto que quando percebemos, os garçons estavam a ponto de nos pedir gentilmente que saíssemos. Vergonha mode on.

Para terminar bem a noite, fotinho. Não reparem a ausência de maquiagem, e por favor vejam como o meu cabelo está brilhoso, obra do novo creminho da L' Oreal e da megapower mini-Taiff. Amo muito tudo isso, rsrsrs.

A presença

Sempre que as coisas parecem fadadas ao fracasso, uma inspiração me conduz por caminhos que levam ao sucesso da empreitada. Estou certa e agradecida, porque sei que, de uma forma ou de outra, Anny está me guiando.

Obrigada chefa pelo auxílio nas horas difíceis. Os anteriormente seus, e agora "nossos" clientes agradecem.