terça-feira, 18 de maio de 2010

Família, um negócio complicado


Família é um negócio deveras complicado. A gente cresce num lar com regras e valores que só vai descobrir ser quase totalmente insano quando já for tarde demais. Cresce vendo uma figura masculina ausente, agressiva e desencorajadora. Uma figura feminina submissa, amargurada e malabarista. Quando há irmãos, a desarmonia é certa, resultante dessa somatória de descontrole emocional e falta de afeto e incentivo.
Tem fases na vida em que a gente acha normal certas coisas, como apanhar, por exemplo. E pensa: isso acontece com todo mundo. Só que se descobre a fatídica realidade: não acontece, esse não é o padrão. Aí, o que era verdade absoluta, dogma, na realidade é o início da desconstrução do castelinho encantado.
 
Creio que parte dos traumas que carregamos presos a nós, como bolas de ferro, tenha tido origem nessa comparação à realidade vivenciada pelos amigos, coleguinhas de classe. A violência é tamanha, que dá um nó na cabeça. Se essa descoberta for feita na adolescência então, é o caos.

Nem sei por que escrevi tudo isso. Deve ter um propósito... só que eu reli o post, mas não consegui visualizar.



Acho que vou encarar como um exorcismo. Fim.

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