sexta-feira, 14 de maio de 2010

Contos de fadas e realidade


"Todo dia
vivo pensando em casar
juntar as rimas como um pobre popular
subir na vida com você em meu altar"
(Bonde do Dom - Marisa Monte)



Toda menina cresce rodeada por toda sorte de estímulos de contos de fadas. Comigo, obviamente, não foi diferente. Meu sonho, portanto, era encontrar o príncipe encantado e viver feliz para sempre. Ponto. 

Daí a gente vai crescendo, e descobrindo que não existem príncipes, muito menos encantados. Tampouco somos princesas. Vamos combinar? Contos de fadas deviam ser p-r-o-i-b-i-d-o-s para menores de 18 anos. Faz tanto mal quanto novela, emocionalmente falando. Sabe por que? Porque criam a ilusão de que vai aparecer "o cara" e a partir de então a solução é Tabajara: seus problemas acabaram!

Nananinanão. A gente até encontra o cara, mas ele é imperfeito (de uma maneira adorável, é verdade. Te amo L!). No meu caso, deixa a toalha embolada, a pia absurdamente molhada, tudo espalhado, rsrsrs. Mas é a tampa da minha panela. E todo dia eu sonho com o dia em que nossas escovas de dentes estejam no mesmo lugar, um único lugar, e não mais na minha ou na casa dele. Só duas escovas, num cantinho só nosso.

Sonhar não paga imposto, e eu sonho sim, sonho sempre. Quero casar, e sei que, mais dia, menos dia, isso vai acontecer. Até lá, vou vivendo um dia de cada vez, aproveitando cada minutinho em que estamos juntos: discutindo, rindo, vendo tv, cozinhando, lavando louça, rsrs. Mas sem a ilusão de que vai ser como nos contos de fadas, porque fala sério!, a Branca de Neve e a Cinderela pagavam contas? Nããããão!


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