quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Hole in my soul

Poucas vezes nessa vida, abriu-se um buraco tão grande dentro de mim. O que hoje, com o parco conhecimento espiritual adquirido, consigo ver como certo na vida é o fato de que passa. Tudo nessa vida passa. 

Essa noite, no caminho Sobral/Itapipoca, ouvi do cara que eu tanto amo que ele não tem certeza sobre um futuro. Em resumo: não se vê casado. Quem me conhece sabe, quem lê o blog sabe, acho que o mundo inteiro sabe do meu sonho, do meu projeto de vida. 

A sensação que eu tive, na hora, foi de estar correndo uma prova de 200m rasos, e no meio do caminho não enxergar um fio com cerol. Estou cortada ao meio, nesse exato momento em que escrevo. A sensação é essa: estar partida em dois pedaços.

Honestidade assim, tão nua e crua, tem um toque de crueldade. Mas tudo bem, isso vai passar. Não sei o que fazer agora, daqui para frente. Se fosse antes, tipo 5 anos atrás, eu sabia exatamente: era melhor o fim da vida. Morrer parecia uma ideia bem menos dolorosa.

Só que hoje, enquanto o buraco estava sendo "cavado" em mim, eu rezei. Nunca, nunca pensei que num momento como esse, a atitude seria rezar. Mas eu fiz: rezei, rezei, pedi orientação e discernimento, para não ter revolta nem me deixar consumir pela dor.

Agora, passando de meia-noite, não tenho lágrimas. Só uma dor que consome, consome. Uma vontade de gritar, de pegar as coisas e sair correndo, sem destino. Tem um lado positivo: dessa vez, pelo menos, não tenho vontade de jogar o carro no poste, ou de me jogar pela janela. A única coisa que eu queria era que essa dor passasse. 

Caramba, eu sei que vai passar. Se a gente tiver de ficar junto, vai ficar. Caso contrário, não posso fazer nada. Não tenho culpa!!! (fico repetindo esse mantra: "não tenho culpa, não fiz nada de errado, não sou eu"). As dúvidas são dele, nada do que eu fizer ou disser vai fazê-lo mudar de ideia. 

Por enquanto, fica tudo como está. Amanhã, só Deus sabe...

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