Minha inigualável irmã proporcionou uma experiência única, na madrugada de segunda para terça. Estava eu, às 2h, removendo pelos indesejáveis na sobrancelha... (kkkkk, a falta de sono leva a fazer cada coisa... eu hein!). Daí aquela singela batidinha na porta, e uma figura semi-vestida, arfante, sem voz, murmura palavras inaudíveis... ainda bem que sei ler lábios. kkkkkkkkkkk
Tentei argumentar e evitar uma ida ao Hospital Unimed, mas o apelo materno amoleceu meu coração, já que a coitada acorda todo dia às 6h para poder ir ao trabalho, não era justo ter que sair em plena madrugada. Troquei de roupa tentando não esganar a dita-cuja, que passou o dia inteiro dormindo e resolveu que a dor estava insuportável no auge da madrugada.
No caminho, no carro, nenhuma palavra. Eu estava aborrecida demais até para ouvir música. Ainda bem que não havia pacientes na espera, logo a criatura foi atendida. Só que a medicação enlouquece qualquer acompanhante, e enriquece os donos do estacionamento.
Pode ser um pensamento diabolicamente idiota, mas o histórico dos meus atendimentos, e daqueles que acompanhei ao referido hospital, confirmam que deve haver um fundo de verdade no que vou dizer: só pode ser complô, cartel, sei lá, mas é provável que os litros de soro que são impingidos aos pacientes e que transformam um simples Buscopan uma sessão de tortura, para quem recebe e para quem só serviu de acompanhante, sejam, na verdade, estratégia para que a gente ultrapasse a franquia de 1h de estacionamento para clientes em atendimento.
Imagem daqui |
Ahhh, sem falar que a gente acaba presenciando cenas as mais variadas possíveis. A de ontem, uma digna de Nelson Rodrigues: velório de uma jovem (não sabemos qual a idade da falecida), a mãe passa mal, é socorrida e morre. A tia da primeira falecida, irmã da segunda, passa mal ao saber da notícia, e também é socorrida. Mas sobrevive.
3h da manhã e a gente volta para casa, com a história martelando na cabeça. Definitivamente, inesquecível a madrugada do dia 17/08. Dormir foi missão quase impossível, e eu posso afirmar que vi os primeiros raios solares antes de conseguir pregar o olho, rsrs.
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