segunda-feira, 12 de março de 2012

Os paradigmas

O "caminho do meio" é o que ando buscando, nos últimos tempos. Sim, sim, já fui xiíta com relação a um montão de coisas, e extremamente condescendente com outras. Exemplo: odeio verde (a cor), mas não tenho uma explicação lógica para isso. E passei grande parte da vida rechaçando a ideia de um dia ser loira. Nunca, jamais e em tempo algum eu faria isso. Mas fiz, e foram anos de felicidade blond. rsrsrs

O amadurecimento, pelo menos no meu caso, flexibilizou alguns pontos de vista. A influência - positiva - das pessoas de convívio mais próximo modificou alguns dos meus gostos. Compreendi que, para refutar conscientemente algo, eu precisava conhecer, experimentar. Foi assim com tanta coisa, inclusive com crenças. Há uma década, certamente eu jamais teria laços de amizade com pessoas, por exemplo, de crenças "estigmatizadas", como umbandistas, espíritas, evangélicos.

Só que a inteligência está aí justamente para isso: quebrar paradigmas. A mãe da minha primeira afilhada é ligada às religiões africanas. Conheci na vida poucas pessoas como ela, em todos os sentidos. Por que me privar de um ser humano tão especial, simplesmente porque crê n'algo diferente do que eu? E a Nat, que mais me ensinou sobre fé e perseverança? É evangélica, e nem por isso nossos laços afetivos são menores. 

A explicação para tudo isso é tolerância, respeito. 

Eu passei uma vida inteira sem compreender as razões para o que se apresenta no mundo. Passei a enxergar com olhos questionadores, a partir do contato com o espiritismo. Aliás, desenvolvi essa tolerância justamente por causa da doutrina... e hoje tenho uma relação com o Poder Superior de uma forma muito própria, alheia, inclusive, aos "templos". 

A bem da verdade, não ando por aí falando sobre isso... nem acho necessário, já que creio e isso me basta. Se cada um fizesse a sua parte, em termos de respeito às diferenças e, principalmente, com tolerância, certamente teríamos um mundo muito diferente desse que se apresenta hoje.

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