quarta-feira, 21 de março de 2012

Criar ou não, eis a questão

Tenho cogitado criar um blog paralelo, estritamente secreto, tal qual fez meu nobre amigo descarrado. Não é por nada... mas há coisas, desabafos, um sem-número de pensamentos que precisam deixar a mente, o coração, transcritos n'algum lugar... aliviar o peso das situações.

Ok, administrar um único já não é tarefa simples. Ademais, ganhei uma agenda, que faz as vezes de diário. Ops, falando nisso, atualizar é preciso. Guardar a sete chaves também. Enfim.

Que eu me recorde, sempre fui adepta de palavras, tradução de sentimentos. Escrever é, na minha humilde opinião, um bálsamo, muito mais que conversar com alguém. Até com a terapeuta. Creio que o maleiro do meu guarda-roupas ainda esteja repleto de agendas adolescentes, daquelas cheias de papéis de bala, fitas, ingressos de cinemas e de shows. 

Claaaaaaaaro que a mamãe sonha com tudo isso no lixo. Óbvio. Se reclama dos livros e materiais da faculdade, o resto, para ela, é só berçário e playground para ácaros. (sinto muito, mãe, não estou preparada para me desfazer de nada, por enquanto)

Voltando ao tema do post... um blog-diário. Há momentos em que os sentimentos ignoram a própria composição química - tipo água e óleo - e vão se misturando, criando uma confusão que eu só consigo compreender quando escrevo. O "Muitas palavras" não seria adequado para dar vazão a esse tipo de exposição. Se já sou classificada como visceral, ponderando mil vezes o que escrevo por aqui, imaginem só se eu abstraísse, simplesmente postando o que vem à cabeça, o que palpita no coração?

Não, não. Mamãe teria uma síncope, já que vivo recebendo puxões de orelha porque, na opinião dela, eu me exponho demasiado aqui. 

Sei não... vou perguntar a opinião da terapeuta, rs. 
Quem sabe isso ajude no tratamento...

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