segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Reabilitação alimentar

A ideia do post era a de fazer como nas reuniões de "anônimos" (aka Alcoólicos, Narcóticos, Comedores, Compradores, Neuróticos, Mulheres que amam demais...)... então, lá vai:

Oi! Meu nome é Tatiana, e eu tenho problemas com a aceitação da necessidade de uma alimentação saudável. Estou em rehab há dez dias, e já perdi 2,5kg. Minha pele dá sinais de melhora, os cabelos parecem menos arredios, o sistema como um todo está funcionando melhor.
Até o sono está regularizado, e aquele cansaço imenso aos poucos me abandona. As roupas não reclamam mais quando as visto, e ando desconfiada, porque o espelho parece estar me paquerando. Agora, não consigo sair de casa sem maquiagem, uso filtro solar regularmente, nunca durmo maquiada (mas isso eu sempre fiz).

Fiz umas incursões em academias, para tentar encontrar uma que fizesse o coração palpitar. OK, não aconteceu (ainda!). Feliz da vida, comprei lingeries novas, joguei fora um monte de outras nem tão novas assim, entrei numa loja hipnotizada por uma T-shirt a la Sex and The City, acabei comprando outra e ainda uma calça que ficou um arraso e custou só R$ 49,00.
Só que eu preciso confessar: mudar hábitos tão arraigados, como tomar café com leite e comer sanduíche no café da manhã, não é moleza. Por praticidade (leia-se preguiça), substituí o breakfast por vitamina com ração humana. Os lanchinhos deram lugar a barrinhas de cereal, iogurte, gelatina e cookies de fibras.

À noite, o meu conflito pessoal é controlar o desespero por comer pão, macarrão, esfiha, pizza... procuro me contentar com um sanduba reforçado (pão integral, queijo light, presunto ou ovo, muita salada e temperos) por volta de 19h, e corro pro quarto com um copo d'agua. rsrsrsrs Se a fome apertar lá pelas 23h, convenço a mim mesma que um copinho de iogurte vai resolver o problema.

Tá, tá bom, eu reconheço que essas mudanças são positivas e devem ser mantidas a qualquer custo. Mas acho que tenho um cérebro de gente gorda mesmo! Não posso ver os apelos da indústria alimentícia, que o meu estômago faz voltas e voltas. Nada de chocolate, sorvete, bobagens comestíveis. Fiz isso porque começo a acreditar que realmente sou viciada em carboidratos, gorduras saturadas e açúcar.

Daí a razão do post: admitir minha impotência diante do "vício", e lutar com todas as forças contra esse mal da vida moderna... Preciso também agradecer minha amiga Lara, por haver emprestado o livro "A dieta sem dieta", que prega a mudança de hábitos em detrimento do sofrimento provocado pelas dietas convencionais. Empolgada, até comprei outro livro nessa linha: Mulheres, Comida e Deus. 

O esforço está valendo a pena, e tem me mostrado que eu posso, sim, ser mais forte que os meus impulsos por comida. E isso acaba influenciando todos os aspectos da vida, parece que inflam a coragem e a determinação inside. Tente! Eu sou o exemplo vivo de que vale a pena se dar essa chance de mudar ;)

Um comentário:

  1. Quando me perguntam como médico, ainda que não especialista na área, se isso ou aquilo engorda, digo: depende; o que você faz durante o dia - ou, como se vive a vida - é o que engorda ou não engorda. É bem verdade que há cérebro de magro e cérebro de gordo, e há distintas características entre eles. Uma das características do cérebro de gordo é a ansiedade e o ciclo vicioso a que essa ansiedade leva nesse "cérebro". Por outro lado a ansiedade pode ser "essencial" ou "secundária". A essencial é a que não tem nenhum lastro real, ao passo que a secundária é conseqüente a algum stress. Como você falou e fala demasiado sobre o trabalho, presumo que dá extraordinária importância a ele e a tudo que lhe diga respeito. É bom ficar atento pois as mais comuns fontes de stress são o trabalho e os relacionamentos, incluídos aí os do trabalho. Muitas frustrações e conflitos são gerados por esses dois elementos, e isso gera tensão, ansiedade, medo, insegurança, infelicidade. Mahatma Gandhi disse: não há caminho para a paz; a paz é o caminho. Da mesma forma podemos dizer: não há caminho para a felicidade; a felicidade é o caminho. A ansiedade é uma espera interminável por algo de bom ou de ruim. Como não chega nunca, ficamos eternamente apreensivos. Se a ansiedade é essencial, indicam-se medicamentos para controlá-la. Se é secundária ao stress, há que se ELIMINAR a sua fonte. Se você adoece ou morre, permanecem as pessoas com quem se relaciona(ou), permanece o trabalho, permanece o mundo e cessa a fonte do stress: você. Conclui-se que você é, de tudo, o mais importante e que é preciso muito mais coragem para dizer não do que se pensa. Beijo grande!

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