quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ofensa, pedra e água



Não seria necessário me estender em comentários sobre o quanto a tirinha mexeu comigo. Só que eu tenho um defeito: processo melhor as coisas quando escrevo sobre elas.

De fato, sinto como se estivesse vivendo num campo de paintball; vez em quando, um tiro me acerta... no mais, a missão é bolar estratégias para derrubar os oponentes, e não ser atingida. Uma coisa é certa: vivo tensa, estressada, e com a "guarda levantada" para não receber um golpe e "desmontar".

Acho fantástico quem se deixa levar pela vida, e não revida, sabe? É lindo, mas nunca funcionou comigo. Até quando parece natural, há por trás uma engenharia complexa, muitas sinapses e afins. Sou uma maquininha de conjecturas e cenários.

Pois bem, já passa da hora de começar a decidir o que aceito ou não como ofensa. Vai ser fácil? Jamais! Provavelmente, muitas e muitas sessões de terapia, tempestades mentais, uma dose de confusão interna, até reorganizar o processo como um todo. 

Lógico que se alguém me desse a opção de agir assim, ou quebrar meio-mundo [sem consequências penais, obviamente], está bem claro que a segunda opção seria escolhida sem pestanejar??? Como o Código Penal prevê sanções para 90% das minhas intenções, rsrsrs, tive que recorrer a outro método. Ser como a água, como disse o Bruce Lee, em entrevista reproduzida na abertura do filme do Anderson Silva:

"Não se coloque dentro de uma forma, se adapte e construa sua própria, e deixa-a expandir, como a água [...] 


Se colocarmos a água num copo, ela se torna o copo; se você colocar água numa garrafa ela se torna a garrafa [..]. Água pode fluir ou pode colidir.

Seja água, meu amigo"


E lá vou eu, desaprender a ser pedra, para aprender a ser água... 

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