segunda-feira, 10 de junho de 2013

Vidas roubadas, medo que impera

Sim, eu tenho medo. Medo por mim, pelos meus, pelos que sequer conheço. Quem mora em Fortaleza já não se pode dar ao desfrute de baixar os vidros do carro em trânsito pela orla, não pode colocar as cadeiras "ao pé do portão" para conversas em fim de tarde, muito menos permitir às crianças o deleite de andar de bicicleta, skate ou patins, ou simplesmente pular amarelinha, nos passeios da cidade.

A violência nos faz reféns de locais fechados, e se não priva, ao menos cerceia gritantemente a possibilidade de utilizar praças para a convivência. Ok, e não me digam que a Prefeitura determinou que a Guarda Municipal permaneça nas praças, porque basta sair do campo de visão dos guardinhas para se tornar a nova vítima: celular, carteira, carro...

E como toda dificuldade gera oportunidade, não é difícil encontrar restaurantes e demais locais que disponham de área de lazer e entretenimento para as nossas crianças; mediante o "módico" desembolso de R$ 6,00 a R$ 17,00, dependendo do local e da idade, sem contar aqueles que cobram "por hora". Aliás, pela primeira meia hora, que fique claro.

A verdade é que estamos caminhando para o abismo, e essa geração vai crescer sem saber das delícias de subir em árvores, em muros, tocar campainhas alheias, ao passo que cresce cada vez mais e mais consumista, exigente e carente. 

É inegável que a violência nos rouba vidas, em todos os sentidos, seja através dos homicídios ou sequestros, ou ainda, do esvaziamento da infância, da convivência entre as pessoas. A pergunta que fica é: o que faremos para mudar isso?

#FortalezaApavorada
#EuApoio


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