quinta-feira, 6 de junho de 2013

Último dia 3.1

Pois é... eis que hoje, quinta-feira, é o meu último dia com 31 anos.

Não sei quanto a quem lê meus posts, mas posso falar por mim: o período pré-natalício é tempo de reflexão. Como não recordar meus escritos desesperados acerca do ingresso na casa do trinta? #balzaquiana

Pois é. Cá estou, às vésperas dos 32 anos, fazendo um retrospecto sobre quem sou, o que fiz da vida, os planos para o futuro, o que vi e vivi de bom e de ruim. Em poucas palavras, posso dizer que "passei na casca do alho" um punhado de vezes, uma coisa meio "fera-ferida" (por sinal, logo adiante está a transcrição da letra, como parte da reflexão musicada que se aplica a mim).

Quem convive comigo bem de perto sabe que estou longe de me sentir satisfeita; há tanto a ser feito, a ser experimentado! Mas posso afirmar que sou grata por tudo, porque mesmo não havendo esquecido as brigas que perdi nessa vida, delas tirei lições que me moldaram. Já disse em inúmeras oportunidades, inclusive, que credito o [re]encontro com João justamente às experiências [mal sucedidas], posto que me capacitaram para valorizar e cuidar adequadamente de mim, de nós dois, da nossa relação.

Aliás, falando nessa relação, dentre as valorosas lições que recebi está a confirmação do meu não-desejo pela maternidade, mas que me permite ser/fazer parte (de alguma forma) da criação de um ser humano cuja luz poucos estão capacitados para enxergar. De fato, como diria Olavo Bilac: só quem ama pode ter ouvido capaz de ouvir e entender estrelas

Que venha a nova fase da(s) minha(nossas) vida(s), e que Deus nos conceda serenidade, coragem e, acima de tudo, amor para recomeçar.

Fera Ferida (Maria Bethania)
Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos rasgados na minha saída
Mas saí ferido
Sufocando o meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes no peito atingido

Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar e até me levar por você
Eu sei quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor

Eu sei
O coração perdoa
Mas não esquece à toa
O que eu não me esqueci

Eu andei demais
Não olhei pra trás
Era solta em meus passos
Bicho livre sem rumo sem laços

Me senti sozinha
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda um lugar um amigo

Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus passos desfiz
Tentativa infeliz de esquecer.

Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram à vendavais constantes
Eu sei
As cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci

Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou fera ferida
No corpo na alma e no coração

Eu sei que flores existiram
Mas que não resistiram à vendavais constantes
Eu sei
As cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci

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