"Impossível ignorar como as coisas se modificam quando existe aceitação, e se permite que o tempo aja sem interferências.
Naquela tarde cinza, em meio ao caos da rotina, um torpedo e uma ligação. Era 'o ex', com perguntas desconsertadas e pontuais sobre o presente. Sim, o presente sem ele. Ela riu disfarçadamente, respondendo 'sim' e 'não' a perguntas do tipo 'você está com alguém?', ou 'você conseguiu mesmo me esquecer?', e ainda 'tá resolvido de verdade para você?'. Diante da naturalidade com que ela respondia a tudo, ele justificou sua atitude como 'uma crise de posse'.
E haveria de se manter perpetuamente a lamentar que ambos tenham seguido caminhos separados? 'Jamais', pensou ela. Por sinal, ela compreendeu que somente quando aceitou o fato de que não haveria um 'felizes para sempre' naquela relação, é que as chaves destrancaram as portas.
Riu outra vez, ao se dar conta de que as chaves estiveram sempre ali; ela é que não utilizara as corretas. "
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