Uma tênue linha separa a ansiedade e a depressão em mim. Diuturnamente, observo qual dos dois monstrinhos tenho alimentado com mais frequência, quando na verdade tenho consciência de que deveria deixar ambos à míngua.
Imagem daqui |
Como não consigo, procuro manter minimamente nutridos, a fim de que sequer tenham forças para me impedir de viver o presente. Por sinal, já vi uma figurinha bonitinha da Lilo (de Lilo e Stitch, Disney), na qual alguém colocou que "depressão é excesso de passado, e ansiedade é excesso de futuro". Fato. Viver com um pé em cada um é tão ruim, tão cinza...
Por vezes, flagro-me pensando em como seria fazer da vida algo fantástico, com retorno financeiro digno, sem o caráter pesado, obrigatório, coercitivo e tolhedor... há inúmeros exemplos de pessoas bem sucedidas e que fazem aquilo que de fato as torna felizes e realizadas.
Não creio que eu tenha sido criada para isso, para buscar o estado de graça no campo profissional. Via de regra, crescemos à sombra de pais que trabalham muito n'algo que só lhes dá retorno financeiro. Prazer e contentamento? Não, reserve isso para os finais de semana e feriados. Como ser diferente do meio?
Culpo a mim mesma, e não meus genitores, por essa apatia que me assola; e talvez a vontade de comprar, de ter, enfim, todo esse consumismo seja uma fuga que alimenta o ciclo vicioso. Se não fosse o carro, os canais por assinatura, as roupas/sapatos/bolsas/acessórios, o salão, as saídas... eu precisaria realmente trabalhar tanto e viver precisando de mais e mais dinheiro, e sempre com dívidas nos cartões de crédito?
Espero que a terapia ajude a encontrar o fio da meada, para desenrolar esse novelo e começar a fazer dele algo com utilidade... tricotar não deve ser assim tão difícil...
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