Qual o limite entre cordialidade franca e falsidade disfarçada?
Ao longo desses 30 anos de vida, obviamente, convivi com muita gente, sob as mais diversas condições. E hoje, ao presenciar o comportamento de uma criatura aparentemente legal e comunicativa, a pergunta supra me veio à mente.
De fato, somente o decorrer dos anos vai acrescendo experiências, promovendo o amadurecimento das nossas percepções, habilidades, enfim... Na casa dos 20, recém-saídos dos bancos da faculdade, é bem improvável que alguém seja capaz de separar joio de trigo, no ambiente corporativo. Aí, leva um "sabão" bonito, decepciona-se com um ou outro, e segue a vida, cheio de cicatrizes institucionais, rs.
Atualmente, depois de haver convivido e aprendido - a duríssimas penas - desenvolvi uma couraça, com vistas à proteção para o contato com toda sorte de animais peçonhentos, ardis, que poderiam ter servido de inspiração aos autores de novelas quando da criação de personagens como o Léo, ou a Norma (ambos de Insensato Coração).
Sim, o passado é assunto para posts e mais posts, rsrsrs. Voltemos ao ser humano que motivou este post: cheio de sorrisos, de atitude, simpático... se observado bem de perto, revela rachaduras, falhas, especialmente de caráter e moral. Resumindo: discípulo de Machiavel ("os fins justificam os meios").
E quem não conhece um membro de tal espécime? Ah, perdoem-me, mas as igrejas e os tempos deles estão cheios. Da figura propriamente dita, inclusive. "Vestem" o manto da religiosidade como instrumento de aproximação, de aceitação; quando de fato, são, como está no Evangelho Segundo Mateus (23, 27-28), túmulos caiados:
"Ai de vós, doutores da Lei e fariseus hipócritas,
porque sois semelhantes a túmulos caiados: formosos por fora,
mas por dentro, cheios de ossos de mortos
e de toda a espécie de imundície".
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