quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Advogados

Eu tenho sorte com colegas de trabalho; enquanto eu falo pelos cotovelos, joelhos e calcanhares, eles costumam ser reservados. Foi assim com o Alessandro.

Começamos a trabalhar juntos, eu como estagiária dele, lá pelos idos de 2003, sei lá, nem lembro. Logo no segundo dia do estágio, ele "desacatou" o figurão e foi suspenso. Abalado? kkkkkkkkk, ele catou as malas e se mandou para Brasília, fazer turismo, rs. Fiquei no fogo, sozinha. Ele lembra disso, rindo.

Quando me formei, em dez/2004, o drama de ter de me submeter ao exame da Ordem foi compartilhado com ele. Era a minha primeira prova do gênero, a quinta dele. Passamos no mesmo exame, e mais ainda, o mundo é tão pequeno, mas tão pequeno, que fizemos provas da segunda fase lado a lado, rsrs.

Foram 7 anos, ele manso e pacífico; eu, bom, quem me conhece sabe como eu fui. O que passamos juntos no último ano foi sensacional, do ponto de vista de transformação por contato. Sabem quando duas substâncias diferentes conseguem se fundir, cada uma aproveitando os méritos da outra, e ainda sim mantendo a individualidade? Aconteceu. E foi ele também que me ensinou a filosofia de vida da Dory, da animação Procurando Nemo.

O cara que trabalha comigo atualmente é uma figura. Diferente do Alê, mas com coisas parecidas. Ele não é de falar, mas quando abre a boca, oh my God: rápido, certeiro, venenoso. Difícil de ser decifrado, como a Bella, da saga Crepúsculo.

Hoje, dia do advogado, eu já ri horrores com os comentários ácidos da figura. E cada dia aprendo um bocadinho a ser como cobra: armar um bote sem alarme.

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