As memórias da infância registram, entre bonecas, panelinhas, jogos e brincadeiras em grupo, o sonho-desejo de contrair matrimônio.
A despeito de haver crescido em lar desarmônico, do exemplo masculino nocivo, alimentou anos a fio a ideia de ter uma casa para chamar de sua. As peças publicitárias de casa-própria, as lojas de móveis e de decoração, os filmes românticos, as revistas... o mundo conspirava em favor do "felizes para sempre" imaginário.
Revistas especializadas faziam parte de suas compras esporádicas, ou melhor, sempre que as chamadas das matérias mencionassem os termos “na praia”, ou ainda, “no campo”. O detalhe de, muitas vezes, estar sem namorado, era irrelevante.
A cada cena de filme, de novela, até mesmo em experiências cotidianas, se acaso o nível de romantismo atingisse um certo patamar, lágrimas e suspiros tomavam conta daquele ser. Por óbvio, alimentavam seu objetivo de contrair núpcias. Príncipe encantado? Não! Ilusão também deve ser limitada.
A cada “sapo” que atravessava seu caminho, um ensaio para enquadramento no perfil. A experiência podia ser comparada à frustração infantil de tentar encaixar uma esfera num espaço destinado a um cubo: simplesmente não funcionava. Constatada a incompatibilidade, a despeito do sofrimento, rompia. Chorava,
sofria, questionava-se. E seguia em frente.
Houve um tempo em que desistiu de sair de casa: recusava convites dos amigos, desconversava quando o assunto era um novo barzinho, ou uma festa em tal local. Ficou assim por meses a fio.
A estória aqui poderia ser a de um sem-número de mulheres, entre advogadas, médicas, estudantes, faxineiras, ou atrizes. Poderia estampar capas de revistas, posts em blogs, conversas em rodas de bar ou na pracinha. Entretanto, predomina na sociedade, atualmente, uma ameaçadora e crescente desvalorização
da “instituição” casamento. Parte dessa “culpa” é do próprio gênero. Vejamos.
Desde os primórdios, as mulheres foram criadas para serem esposas compreensivas, mães amorosas e donas de casa prendadas. Com o passar dos anos, as gerações abandonaram a ideia de ter um lar, para buscar realização profissional; a liberdade sexual, oriunda da invenção da pílula anticoncepcional, revolucionou as relações homem-mulher. O que no passado era julgado absurdo, tornou-se lugar-comum na sociedade atual. Exemplo: mulheres, reunidas em mesas de bares, ou bêbadas nos banheiros, protagonizando cenas vexatórias. Cenas que nossas avós jamais imaginariam vivenciar!
Aos que ainda não estão convencidos da desordem atual, convido a ligar suas televisões aos domingos. Hão de constatar a exposição pornográfica do corpo feminino, em detrimento das faculdades intelectuais, das habilidades manuais, ou mesmo da capacidade de reunir à mesa uma família, para se deleitar com uma refeição calorosamente preparada.
Os valores pregados atualmente em nada condizem com os das gerações passadas. Casamento? O que parece importar é que a cerimônia seja em local badalado, com o DJ do momento, vestido assinado, bolo cujo preço ultrapassa os três dígitos, chinelinhos de brinde para os convidados, fotógrafo badalado e transmissão ao vivo pela rede mundial.
A despeito de haver crescido em lar desarmônico, do exemplo masculino nocivo, alimentou anos a fio a ideia de ter uma casa para chamar de sua. As peças publicitárias de casa-própria, as lojas de móveis e de decoração, os filmes românticos, as revistas... o mundo conspirava em favor do "felizes para sempre" imaginário.
Revistas especializadas faziam parte de suas compras esporádicas, ou melhor, sempre que as chamadas das matérias mencionassem os termos “na praia”, ou ainda, “no campo”. O detalhe de, muitas vezes, estar sem namorado, era irrelevante.
A cada cena de filme, de novela, até mesmo em experiências cotidianas, se acaso o nível de romantismo atingisse um certo patamar, lágrimas e suspiros tomavam conta daquele ser. Por óbvio, alimentavam seu objetivo de contrair núpcias. Príncipe encantado? Não! Ilusão também deve ser limitada.
A cada “sapo” que atravessava seu caminho, um ensaio para enquadramento no perfil. A experiência podia ser comparada à frustração infantil de tentar encaixar uma esfera num espaço destinado a um cubo: simplesmente não funcionava. Constatada a incompatibilidade, a despeito do sofrimento, rompia. Chorava,
sofria, questionava-se. E seguia em frente.
Houve um tempo em que desistiu de sair de casa: recusava convites dos amigos, desconversava quando o assunto era um novo barzinho, ou uma festa em tal local. Ficou assim por meses a fio.
A estória aqui poderia ser a de um sem-número de mulheres, entre advogadas, médicas, estudantes, faxineiras, ou atrizes. Poderia estampar capas de revistas, posts em blogs, conversas em rodas de bar ou na pracinha. Entretanto, predomina na sociedade, atualmente, uma ameaçadora e crescente desvalorização
da “instituição” casamento. Parte dessa “culpa” é do próprio gênero. Vejamos.
Desde os primórdios, as mulheres foram criadas para serem esposas compreensivas, mães amorosas e donas de casa prendadas. Com o passar dos anos, as gerações abandonaram a ideia de ter um lar, para buscar realização profissional; a liberdade sexual, oriunda da invenção da pílula anticoncepcional, revolucionou as relações homem-mulher. O que no passado era julgado absurdo, tornou-se lugar-comum na sociedade atual. Exemplo: mulheres, reunidas em mesas de bares, ou bêbadas nos banheiros, protagonizando cenas vexatórias. Cenas que nossas avós jamais imaginariam vivenciar!
Aos que ainda não estão convencidos da desordem atual, convido a ligar suas televisões aos domingos. Hão de constatar a exposição pornográfica do corpo feminino, em detrimento das faculdades intelectuais, das habilidades manuais, ou mesmo da capacidade de reunir à mesa uma família, para se deleitar com uma refeição calorosamente preparada.
Os valores pregados atualmente em nada condizem com os das gerações passadas. Casamento? O que parece importar é que a cerimônia seja em local badalado, com o DJ do momento, vestido assinado, bolo cujo preço ultrapassa os três dígitos, chinelinhos de brinde para os convidados, fotógrafo badalado e transmissão ao vivo pela rede mundial.
O romantismo que permeou por décadas os relacionamentos, povoou os sonhos das meninas e mocinhas, parece fadado à morte muito em breve. Dará lugar às relações sem vínculo afetivo, o que por sua vez tende a encher os consultórios psicológicos, de indivíduos – em sua maioria, mulheres – saudosos do tempo em que
se namorava ao portão, trocava bilhetes manuscritos, e havia pedidos de casamento em jantares em família.
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