Foram incontáveis horas, dias, semanas... anos. Passei boa parte da vida tentando caber em conceitos, em espaços, em locais mínimos na vida dos outros. À época, estava convicta de que o problema era comigo, que eu precisava ser menor e me adequar.
A terapia tem mostrado que o meu "tamanho" não vai mudar; o que altera é o olhar sobre onde consigo entrar e permanecer confortável. Por consequência óbvia, enxergar - antes de tentar entrar - que não há possibilidade alguma, em relação a espaços pequeninos ou muito escondidos.
Há dias, percebo com mais nitidez, livre de emoções, o quanto deformei a mim mesma nesse processo de "aqui vai dar certo". Desempenar, preencher, realinhar, para deixar minha alma o mais próximo da forma "real" tem sido um esforço ativo, cotidiano... haverá um dia em que pequenas doses de "martelinho de ouro" bastarão. Assim espero.
Por enquanto, sigo "rodando" com avarias... mas pelo menos, não houve perda total.
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