Do momento do diagnóstico, em diante, nada mais será (ou tem sido) como antes. O "eu" cedeu lugar ao "nós", com uma rapidez e um desprendimento que parecia impossível, noutras circunstâncias.
As vidas de todos os familiares, pessoas próximas, passou a seguir paralela aos passos do cronograma do tratamento. Só se fala em resultados de hemogramas, protocolos da quimio, acessos e catéteres, enfim. E, claro, o esquema de acompanhantes, em função da gravidez de 6 meses da mãe... e o fato de que a menina só quer o colo dela e da babá.
Alie-se ao fato de que, em razão da imunidade suprimida, a criança está em isolamento. Para permanecer como acompanhante, é necessário tomar banho e seguir direto, sem escalas, para o hospital. Lá, a higiene é redobrada... o quarto é um mundo paralelo e asséptico (ou quase).
Até agora, os brinquedos, o dvd portátil e alguma trilha sonora mais relaxante estão dando conta do recado, em termos de entretenimento. No mais, os adultos que aguentem a tal Galinha Pintadinha... quem não tem filhos ou sobrinhos, não sabe a tortura que é ser submetido a hora e horas a essa tal Galinha. Eu ontem escapei, rsrs.
No mais, a rotina segue... trabalho, casa, demais afazeres... mas sempre à espreita do celular, com informações da rede de relacionamento, e do Facebook. Mas a cabeça - ao menos a minha - parece pesada e estranhamente vazia...
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