Eu preciso de férias dessa vida. Sim, estou exausta, pois esse (que eu me lembre) foi o semestre mais cheio de atribulações ever. Não que o trabalho esteja exaustivo ou coisa parecida; tudo caminha dentro da normalidade, e na medida do possível.
Porém, desde a noite do dia 31 de dezembro para 1º de janeiro, tive um dejà vu, e dali em diante a coisa toda parece estar alternando em programas de máquina de lavar: enche, fica de molho, bate, fica de molho, drena, enxágua... misericórdia. Parece que agora, pulou a etapa do molho do amaciante, e passou direto para a fase de secagem.
Esse turbilhão, creio eu, serviu para algumas coisas, mas desandou outras. O desarranjo está na minha cabeça, no meu coração. O que antes era sólido, está liquefeito; inclusive as minhas certezas.
Outra coisa que sinto falta - das muitas - é de alguém na retaguarda; que segure a onda. A minha onda. Sim, porque vi o Walcyr Carrasco dizer uma coisa que tem tudo a ver comigo: sou uma ótima pessoa para resolver problemas, pode contar comigo. Mas depois que o sangue esfria, eu é quem desabo.
Nessa hora, faz falta aquele pulso firme que apara o tombo, não deixa que eu me esborrache no chão. Mas, ao que tudo indica, não alcancei essa graça. Temo em dizer que jamais alcançarei, e vou precisar aprender a me bastar. Inclusive, vou discutir isso com a terapeuta.
Por outro lado, penso que a gente pode até se bastar, mas como é maravilhoso poder dividir questões, compartilhar alegrias e sonhos, esperança. Amigos, óbvio, auxiliam (e muito!); entretanto, nada se compara ao calor de um abraço com amor e desejo, afeto e compromisso.
Mas
vamos em frente
o show não pode parar.
Com apoio tudo parece ficar mais fácil de entfrentar, não é?
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