Não sou contra as greves, mas contra a falta de respeito. Compreendo perfeitamente que é necessário gerar um certo caos, para que uma negociação se dê mais rapidamente.
Só que os grevistas não têm a dimensão do estrago que provocam. Hoje, tive de ir a uma agência, e na porta havia uma banda de música. O que raios os direitos trabalhistas têm a ver com música? Não sei, e se você souber, leitor, por favor me diga.
A área de caixas eletrônicos estava lotada, e a maior parte das pessoas da fila eram idosos. Se já são desrespeitados costumeiramente, quiçá em tempos de greve. Muitos, acostumados a efetuar saques somente com a identidade, voltaram frustrados porque não havia exceção: os serviços disponíveis eram somente mediante cartão magnético.
Uma tristeza; uma revolta. E quem tem seu cartão, aguarda na fila por horas a fio. Um único funcionário - e imbuído de boa vontade - tentava auxiliar quem não é familiarizado com as tecnologias... avisando os que não tiveram sucesso que a paralisação será total a partir de amanhã.
Como advogada, e como cidadã, eu pergunto: e os direitos fundamentais, básicos, dos contribuintes? Quem fiscaliza? Quem soluciona?
Enquanto isso, o Jornal Nacional exibe reportagem instruindo (?) o cidadão a ficar atento aos vencimentos, porque, como se sabe, os Correios estão igualmente paralisados. Como sempre, somos penalizados. E ninguém faz nada.
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