Já disse aqui que estamos hospedando e tentando auxiliar minha madrinha. Na última sexta, viajei com João e só retornei segunda à noite. As notícias davam conta de surtos, e de uma necessária dose de Rivotril, em prol da sanidade das pessoas ao redor.
Pois bem, houve mudanças no cronograma. Os dias mostraram que há uma consciência plena e manipuladora, que a pecha da depressão mascara. Mas "a casa caiu", e o tratamento mudou. Por aqui, agora, a abordagem é tão sutil quanto a do BOPE.
Mamãe foi a primeira a resistir, e tem sido vencida pelos progressos notórios. Claro que não tem sido fácil, e não nos causa satisfação. A bem da verdade, aquela história de que dói mais na gente é verdade.
Precisei por a porta do quarto abaixo hoje. O estrago foi enorme, e deve me custar caro. Mas ela finalmente compreendeu que eu cumpro o que digo, e não vivo de ameaças. Tanto que quando se trancou no banheiro, bastou que eu avisasse para abrir, e ela imediatamente atendeu.
A cada instante, um passo à frente, rumo ao progresso. Para quem passou os últimos 8 meses prostrada numa cama, sequer sentar nela o dia todo é quase um milagre. Lavou louça, preparou carne moída para o molho bolonhesa, ferveu a água do macarrão... tomou banho, todos esses dias.
Quando digo que tomou banho todos os dias, quero dizer que soubemos de relatos de dias a fio sem cuidado algum com a própria higiene pessoal. Isso é progresso a olhos vistos!
Sem falar que se alimenta sem grandes pressões, salvo uma ou outra ocasião. Mas hoje, até ao shopping foi, e almoçou um prato de causar inveja à construção civil.
Como eu disse noutro post, não é fácil. Mas desistir não é opção. E retroceder, jamais.
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