E lá se foram as minhas férias... a minha paciência, o meu equilíbrio...
Não subestimei a doença, mas também não imaginei que alguém pudesse lutar tanto, mas de forma equivocada; ao invés de buscar a saída do buraco, enterra-se cada vez mais. É como um bicho, um escorpião: quer lugares escuros, verdadeiras tocas. A menor ameaça a isso gera ataques, e no caso dela, alternados entre choros e "mimimi", e uma autopiedade que tira qualquer um do sério.
Se isso não é esquizofrenia, honestamente, acho que a louca sou eu. Sim, porque depressão é uma coisa, e comportamentos autodestrutivos, repetitivos, confusão, paranóia, e tudo o mais, só pode ser esquizofrenia. Mas, digo isso como leiga, que vivenciou por 12 dias uma experiência digna de rotina em hospitais psiquiátricos.
Outra coisa que não consigo compreender: como assim não oferece riscos a si mesma, ou aos outros? E a saúde mental de quem convive com um som no "repeat" diuturnamente? Não muda o texto, não muda a forma de dizê-lo... Enche o saco.
Meus sinceros cumprimentos às famílias de pacientes psiquiátricos, porque haja amor, paciência, fé e perseverança. Se bem que há diferenças nítidas entre quem se enquadra no art. 3º do Código Civil, e pessoas como a minha tia. Cheguei à conclusão de que quem quer, de fato, sai; quem não quer, arruma desculpas. Porque mesmo quando a gente está perdido, sem saber o que fazer, Deus nos envia anjos e somos salvos. Entretanto, não querer ser salvo inviabiliza toda e qualquer ajuda.
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