De todas as rasteiras que levei nessa vida, a pior, mais longa e mais cruel de todas foi amplamente divulgada aqui nesse blog. Das fagulhas de esperança ao desespero diante das certezas de que jamais se concretizariam. Vomitei cada decepção, cada dor, cada fúria indomável. Talvez também por isso eu esteja aqui, hoje, inteira.
Claro, o bom observador perceberá facilmente as inúmeras cicatrizes... mas só quem de fato sabe o que significam, vai respeitar e calar sobre tais deformidades.
Bom, finalmente, eu descobri que não preciso vestir 38, nem ser rata de academia, tampouco sair por aí de cabelo molhado, espremida numa calça jeans, para ser amada, desejada, idolatrada. Fui surda por vários anos, em vários relacionamentos, mas hoje é diferente.
Quando me diziam que um homem de verdade faria tudo diferente, eu ria por dentro, incrédula. Mas é pura realidade. Quem eu sou, como sou, seja gorda, chata, mau humorada, preguiçosa... tem imenso valor, como eu sempre achei que deveria ser, e nunca foi. Porque para além dos defeitos, há quem enxergue a doçura, a beleza, os detalhes, e valorize exatamente o fato de não ser mais uma.
Ahhhhhhh, e como é bom ser mimada. Ontem ganhei um perfume em comemoração ao nosso primeiro mês juntos. Ele se deu ao trabalho de escolher um presente, uma fragrância que se parecesse comigo. Isso é carinho, cuidado, zelo.
Não tem preço!
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