quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Movimento

Nunca imaginei que a minha imensa dificuldade de dar continuidade a projetos ligados à saúde e bem estar físico estivesse ligada à relação com meu pai. Para quem não sabe, convivi com o alcoolismo e suas implicações, por 23 anos.

Só o tempo e a convivência com outras pessoas foram capazes de descortinar o véu, mostrando a face dura dessa doença que fere de morte todos os que convivem com o adicto. E ontem, conversando com a terapeuta, ela lançou essa possibilidade: identificação com o lado negativo.

Vejam bem, faz sentido. E agora, mais do que nunca, estou disposta a romper com isso e seguir a vida, incorporando à rotina os (até então) abomináveis exercícios físicos. (pausa para um esclarecimento: ainda estou desintoxicando do veneno... if you know what i mean). Dessa vez, não por necessidade de agradar a outrem (captaram?), mas porque devem ser hábitos cultivados por questões de saúde, e não para ter uma bunda como a da Vivianne Araújo.

O melhor nisso tudo é o suporte emocional, a pessoa que tá aqui ao lado estendendo a mão e convidando a enfrentar esse bloqueio, juntos. Nada é imposto como condição. E pela primeira vez, sinto que mesmo que [o combo dieta + exercícios] não funcione como eu quero, não serei cobrada por isso, tampouco deixarei de ouvir o quanto sou linda. 

Água mole em pedra dura...

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