Essas viagens profissionais me proporcionam bons momentos de introspecção,
de reflexão sobre a vida, sobre mim mesma, enfim. É, literalmente, uma "viagem".
Pois bem, esse quadro se "agrava", digamos assim, devido ao caos aéreo. Sabem como é... horas a fio, sozinha num aeroporto... três opções usuais: comer, comprar ou navegar na internet. Comer, por questões de estética, nutricionais e afins, não é lá uma boa escolha. Comprar, tendo em vista o "casamento" pelos próximos 36 meses com o Banco Renault, igualmente não é prudente. Navegar pela internet, salvo se você estiver disposto a ser extorquido pela fúria gananciosa das operadoras, também é inviável.
Bom, diante da absoluta falta do que fazer enquanto se espera um vôo, e na ocorrência de ataques de preguiça de leitura, só resta pensar na vida.
Quem leu Comer, Rezar e Amar, da Liz Gilbert, deve recordar o trecho em que ela luta contra a própria mente, enquanto tenta meditar. Super me identifico, pois a minha mente é quase um ser à parte. Quantas e quantas batalhas são travadas dentro da minha cabeça. Nem queiram saber... aí ontem me ocorreu o seguinte: pauto a minha vida à espera de milagres. Sim, você não leu errado: milagres. Desde o mais singelo, ao mais complexo e [quase que] inatingível.
A despeito da descrença de alguns, especialmente a pontos cruciais da minha vida, minha esperança não morre. Pode, sim, esfriar um pouco, mas jamais perde o calor que a mantém minimamente "viva". Basta um gesto, ainda que ínfimo, para que o coração pulse novamente com vigor, a cor seja restabelecida, e todo o movimento seja retomado, enfim.
Curioso porque, enquanto eu ponderava mentalmente cada liame dos milagres - cujos acontecimentos aguardo com ânsia e fervor - , uma sensação de plenitude tomou conta de mim. Não consigo explicar em palavras. É como se os milagres - dos que passam despercebidos aos que saltam aos olhos - fossem justamente a razão da minha existência.
É bem verdade, e faz todo sentido do mundo, a frase que ouvi no Glee, dia desses: Deus não comete erros.
Então, eis-me aqui, à espera do próximo milagre...
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