A cada novo dia, percebo que nascer mulher é uma missão mais que especial, de fato. Antes que você, leitor, emita pensamentos contrários à afirmativa, eu explico que não há, em meu discurso, qualquer sombra de feminismo. É mera constatação.
Deus, quando criou gêneros distintos, foi de uma inteligência impressionante. No caso da mulher, ele criou um ser de aparência frágil, porém dotada de uma capacidade extraordinária de suportar adversidades, as mais variadas possíveis. Somos capazes de aguentar noites em claro - por maridos ou filhos doentes - e trabalhar o dia seguinte inteiro; damos conta de jornadas triplas, sem perder o rebolado.
Se adentrarmos o campo emocional, aí então é covardia. Podemos suportar problemas no trabalho, em casa, e ainda sim não perdemos a capacidade de sorrir, de acreditar que dias melhores virão. Buscamos soluções para problemas próprios, e de terceiros, sejam eles amigos, parentes, filhos, colegas de trabalho e até chefes; mas em relação ao consorte, esteja certo(a) de que fica tudo ainda mais evidente.
Quando tem um problema profissional, o cidadão trava; dorme, acorda, toma banho, alimenta-se, exercita-se, diuturnamente, mencionando o dilema. E nós ali, sempre prontas para ouvir, pessoalmente ou via telefone. Curioso como quando a situação é inversa, o cara procura minimizar, e quase sempre nos sugere que "esqueçamos isso". A gente não: ouve, aconselha, compreende, procura mostrar um outro aspecto da situação; porém jamais, em tempo algum, minimizamos ou dizemos para esquecer.
Nessas horas, percebo que se o mundo fosse feito unicamente de homens, tudo se resolveria na bala ou no braço. Provavelmente, a humanidade teria sido extinta há algum tempo, rsrsrs.
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