Eu jurei que não trataria de assuntos relativos a dieta ou exercícios aqui no blog. Mas eu preciso compartilhar... quando decidimos pelo muay thai, levamos em consideração o fato de que é uma atividade física intensa, potencialmente emagrecedora e desestressante, principalmente.
Via de regra, a gente que mora em capitais é meio vítima do caos urbano: trânsito, poluição, cronogramas e afins. Nem mantras ajudam quando o assunto é estresse, pelo menos para mim.
Daí que ontem, após uma sessão de terapia que revolveu uma porção de coisas aqui dentro, acabei me aborrecendo com outros fatores, e o resultado foi péssimo. Cheguei ao treino em vias de quebrar os punhos de tanta raiva para descarregar.
Sabem o que é mais curioso? Houve um momento em que meu corpo ultrapassou o limite da exaustão, mas eu não desisti. Mesmo temporariamente privada [ainda que de maneira discreta] da plenitude das faculdades mentais, o corpo somente obedecia aos comandos baseados no instinto primitivíssimo de externar a raiva, a possessão.
O gatilho para um quase irrompimento em lágrimas foi um comentário do mestre, que findou por servir de combustível para a continuidade do treino. Aquelas lágrimas contidas foram a forma encontrada pelo corpo de extravasar a profusão de sentimentos: dor, raiva, mágoa, impotência.
Creio que o sono de ontem tenha sido consequência do exaurimento das forças, tanto que tive um pesadelo esquisitíssimo, que me fez despertar e ter dificuldades para voltar a dormir, antes que o despertador anunciasse a hora de levantar.
Pois é... tem gente que bebe, tem gente que toma remédios, eu ontem escolhi o treino para provocar esse "apagão", tão necessário e providencial, posto que tenho uma mente absurdamente elaboradora de teses e antíteses, o que invariavelmente provoca insônia.
Hoje, a cabeça não dói, mas cada músculo do corpo encontrou uma forma eficiente de provar sua existência... então, para quem ainda não se convenceu de que exercitar o corpo auxilia diretamente na manutenção da sanidade mental, eis-me aqui para provar que, sim, a exaustão entorpece a mente inquieta.
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