A gente cresce, porque enfim é a lei natural das coisas; só que, ao contrário das frutas, que amadurecem e são colhidas ou caem, existem exemplares humanos que - vamos combinar - nem a ação do tempo, nem a gravidade, nada é capaz de promover mudanças.
Devo asseverar que não me eximo da responsabilidade por uma parcela de situações em que a minha "criança interior" fala mais alto, e governa as minhas [re]ações; porém, na maior parte do tempo, sou mais racional até do que deveria ser, daí tanto pesar, tanto penar.
Só que eu sou adulta e consciente, não saio por aí culpando um e outro por meus fracassos, ou ainda, não transfiro responsabilidades que são personalíssimas. A toda ação corresponde uma reação, é a lei; se eu comprei um carro, as parcelas. taxas e tudo o que disser respeito a ele cabe somente a mim; se comprei um cachorro, arco com as consequências e tudo o mais, relativo a ele. E por aí vai.
Engravidou? Sinto alertar, mas a partir do nono mês, a responsabilidade de absolutamente tudo o que disser respeito ao rebento é dos genitores (sim, no plural); a pessoa deixa de ser filho(a) para ser ascendente de alguém. E, ao contrário do que era praxe na infância e adolescência, que se desse alguma m*, bastava correr e mom and dad tomavam a frente e resolviam, a partir da certidão de nascimento do baby, cabe aquele ditado: quem pariu Mateus, que o balance.
Não é complicado, é lógica pura e simples. Ninguém nasce sabendo de tudo, vai aprendendo com exemplos, seguindo orientações... etc. Mas alguns subvertem a coisa, e no meio do balaio, a coitada da criança parece batata-quente, daquele joguinho infantil, sabe? Azar de quem estiver com a batata em mãos, quando a música parar.
Não, gente, está errado. Não é a escola que impõe limites, não é a igreja, não são os avós. Isso de transferir o "problema" virou uma epidemia! E não se engane, o exemplo fala muito mais que as milhares de baboseiras. Experimente avançar um sinal vermelho, e você verá o que eu digo. Fale um palavrão quando levar uma fechada, e conte até cinco... seu filho vai repetir em alto e bom som. Por que com atitudes cotidianas haveria de ser diferente?
Fica o alerta de que é preciso muito mais que um útero para ser mãe; porque parir é uma coisa, criar é outra totalmente diferente. Fica também o convite: cresça, amadureça. Não digo que seja confortável e sem dor, mas é essencial. Pelo bem das futuras gerações.
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