Não me recordo de haver dito expressamente aqui, mas o fato é que desde 19/07/2012, eu me tornei "a namorada do papai". Sim, ao contrário do que a ignorância coletiva julga, só assumirei a designação "madrasta" quando João e eu estivermos coabitando. Duvidou? Então aqui e aqui temos o esclarecimento.
Claro que, no imaginário coletivo [thanks Disney], o termo é vinculado a histórias macabras, e não importa o esforço que se faça em contrário, a nomenclatura sempre remeterá à negatividade.
Bom, mas o intuito do post é publicizar um posicionamento próprio, diante da realidade dos fatos. Não é preciso muita inteligência para compreender que todos os papéis nessas relações estão bem delineados, ao menos nas definições de termos como "pai", "mãe","namorada", dentre outros. Não é meu propósito sobrepujar a função que me compete, que é a de dar suporte para que o João seja apenas pai, e nessa função, seja o melhor e mais presente possível.
Por sinal, seria estúpido da minha parte intentar qualquer movimento de "golpe", posto que sequer nutro a ideia de procriar; qualquer conjectura nesse sentido é infame e imatura. Por que eu haveria de querer algo, se eu poderia [se assim quisesse], gerar uma criança minha e dele??? Ponto para a imaturidade, novamente.
Em verdade, sigo fiel ao meu pensamento, como adulta responsável, de que essa criança merece tratamento carinhoso, afetuoso, para se desenvolver da forma mais digna e adequada possível. O que queriam as pessoas, que eu beliscasse, gritasse, maltratasse? Sinto muito, mas devo frustrar quem achou que seria dessa forma. Quando ela está sob nossos cuidados, a coisa vai além do básico "alimentação, higiene e segurança"... há horários, limites, permissões e proibições, tudo o que traz sensação de ser amada e se sentir segura.
Há também uma clara distinção entre "autonomia" e abandono; supervisionar ações não significa substituir a criança nas funções, subestimar sua capacidade, mas sim ensinar, mostrar a forma mais adequada de execução.
Óbvio que tenho posicionamentos que são bem mais rígidos, e que justamente pelo fato de estar consciente do meu papel, condeno, porém não afronto; não é segredo que acho absurdo o uso indiscriminado de mamadeiras e chupetas a partir de certa idade. Já me posicionei, noutro post, e o prejuízo estético fala por si só... o que dizer do funcional, então...?
Em suma, se cada um dos personagens fizer a parte que lhe cabe, a tendência é que a engrenagem funcione adequadamente. Na medida em que uma peça para de realizar aquilo que lhe é próprio, aí sim, os problemas aparecem, via de regra na forma de sobrecarga de outras peças. Não é impossível, basta uma dose generosa de amadurecimento, e outra de compromisso com a criança.
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