...a gente reza pedindo serenidade para não fraquejar.
Se eu pudesse perguntar à menina que fui, aos 10, 15 e 18 anos, certamente a resposta para a pergunta "como você se vê, profissionalmente falando, aos trinta?" seria algo diametralmente distinto da realidade.
Houve uma época em que eu quis ser odontóloga, mas desisti em seguida, quando descobri que desmaio quando vejo sangue. Prestei vestibular para jornalismo - e quase mato minha mãe de desgosto - mas não fui aprovada. Cursei o primeiro semestre de Serviço Social, juntamente com o Direito, e em meados de junho daquele ano, percebi que não era a minha praia... concluí Direito.
Hoje, aos 32 anos, nem de perto me aproximo daquilo que imaginei para mim, quando deixei os bancos da faculdade. Vou privar o leitor da descrição aqui de um sem-número de frustrações ligadas à profissão, pois creio que isso não acresça, somente subtraia.
Mas há uma coisa demasiado curiosa acerca do que imagino que deva acontecer, num futuro próximo... eu acredito na possibilidade de ver meu trabalho reconhecido e devidamente remunerado à altura. Não me pergunte como, nem porquê, pois não sei explicar de onde vem essa certeza. Talvez seja só a fé num amanhã melhor, quem sabe...
Enquanto esse amanhã não chega, enfrento tormentas que parecem não ter fim. Será um teste de resistência, de sobrevivência? Como não obtenho as respostas, mesmo perguntando diuturnamente, sigo rezando e pedindo forças para não desistir.
E você, que me lê, já parou para pensar nisso tudo?
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