Não é à toa que "Sessão de Terapia", transmitida pelo canal GNT, é um sucesso absoluto. A segunda temporada, ao contrário do que é costume, em se tratando de "continuações", é tão ou mais instigante e comovente quanto a primeira, quando fomos apresentados à dramatização do que se passa no consultório do terapeuta, entre paciente e psicólogo, e como isso afeta a vida de cada um, em especial a do próprio Théo.
Bom, não é minha intenção fornecer sinopse da série, rsrs, mas eu precisava delinear por alto, caso alguém que me lê não tenha visto, ou não seja adepto [viciado, como eu].
O fato é que, tanto na primeira, quanto na segunda [e atual] temporada, cada um dos personagens parece trazer características e comportamentos com os quais eu me identifico, e a abordagem do roteirista finda por servir de "nova visão" para aquilo que eu, muitas vezes, tenho dificuldades para visualizar. É quase como um complemento da minha terapia, na vida real.
No episódio de ontem, Carol - a estudante de arquitetura que chega ao consultório após ser diagnosticada com um linfoma no pulmão - reportou não estar preparada para se deixar ver sem a touca, que escondia um cabelo [mal] raspado em razão da quimioterapia. Com muita sutileza, o terapeuta conduziu a situação de modo que, em seguida, a personagem "libertou-se" e revelou a cabeça cheia de falhas, em contrapartida ao sorriso sincero e aliviado de, enfim, ter-se permitido, simplesmente, ser.
Como adiantei no Facebook, ato contínuo à cena na tv, não tenho palavras para descrever o que senti, ao assistir a cena. De fato, somente aplausos à sintonia de atuação entre Zécarlos Machado (o Théo) e Bianca Comparato (a Carol), e a equipe técnica. Onde não havia diálogo, os olhares, os sorrisos e a cumplicidade entre terapeuta e paciente, tocaram o coração de uma forma ímpar!
Nesse ponto, créditos à atriz que, ao contrário da Marina Ruy Barbosa, deu a cara à tapa - ou melhor, o cabelo à máquina - em nome da personagem, do propósito, da realidade enfrentada pelos pacientes submetidos ao tratamento contra o câncer.
Enfim, confesso ter sentido uma pontada, ao final do episódio, por sentir que, de alguma forma, a Carol iria morrer. Eu sei, eu sei, é uma hipótese com a qual todos os acometidos por essa doença infame, precisam lidar diariamente. É que "perder" alguém para o câncer é uma derrota sem nome, amarga por demais; só quem viu e viveu, sabe.
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