Mais um post que começa por causa de uma música... melhor dizendo, de versos de uma. No caso, "Garganta"*, da Ana Carolina.
Não é novidade que a minha vida parece papel em beco: a cada revoada, o que estava quietinho de repente entra no redemoinho, indo parar lá-não-sei-onde, até repousar novamente. Será que isso acontece com a média das pessoas? Bom, não sei.
Os fortes ventos pré e pós-carnaval, do tipo que arrancam árvores e destelham galpões, fizeram grandes estragos. Só recentemente o quadro foi-se acalmando, possibilitando a avaliação dos prejuízos para que as coisas pudessem ser reconstruídas.
Nesse intervalo, redescobri quem sou de verdade; e melhor, ouvi das pessoas que me conhecem há tempos, que agora eu-sou-eu-mesma, rs. Do tipo que sorri, que faz piada de si mesma, encara a vida sem [grandes] lamentos.
Justamente quando recobrei os sentidos, parei de ignorar os sinais. Mal comparando, é como se, quando algo dá defeito, ao invés de levar para consertar, simplesmente substituo por outro. Passei tempo demais desperdiçando energia, por exemplo, com uma tv antiga: agora tenho uma top de linha. Relativamente às pessoas, chega de ficar tentando me encaixar em espaços onde sei que não caibo. Hei de construir o meu próprio cantinho na vida de outrem, assim como permitirei que se construa em mim. E chega de empreender esforços hercúleos para agradar.
*Sei que não sou santa, às vezes vou na cara-dura
Às vezes ajo com candura (...)
Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar.
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