segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O estresse e a cena que virou comédia

O corpo sinalizou a exaustão, resultado de tempestades mentais que fugiram ao controle; enfim, precisei me render ao atendimento médico na tarde/noite de sábado. Por sorte, a tomografia e o exame de sangue não apresentaram alterações, de modo que o parecer do neurologista, após uma anamnese bastante peculiar, foi pelo diagnóstico de estresse.

Well done, Ms. Lambert! Tanto fez, que conseguiu... a medicação-padrão, Tramal, sequer fez cócegas; daí partimos para algo heavy metal, inclusive com nomes deveras, digamos, curiosos. Devidamente alertada sobre os efeitos sobre a pressão de um dos medicamentos, em contrapartida aos 2l de soro intravenoso e uma necessidade, digamos, inadiável. Em resumo, desmaiei e abri a testa.

[pausa dramática]

Eu sabia que ia desmaiar, eu sempre sei, de tanto que já me ocorreu nessa vida, kkkk. Não sei explicar os motivos que me levaram a crer que eu seria capaz de controlar o episódio (!), e quando dei por mim, dizia ao João que ele estava me machucando, quando o coitado tentava me levantar. 

Voltando à maca, uma saraivada de perguntas do neurologista, e uma nova requisição de tomografia, outro acesso (era a terceira vez, num intervalo de, sei lá, 5h), e uma maldita técnica/auxiliar de enfermagem que insistia em repetir "- eu avisei que 'baixava' a pressão, eu avisei!". Ok, minha querida, você avisou sim, mas eu fiz uma escolha e, infelizmente, fui vítima dela. De toda forma, com a pressão 8X5, eu cairia da cadeira-de-rodas na recepção, ou aguardando enquanto o João traria o carro.

Após mais sei-lá-quanto-ml-de-soro, uma apreensão por causa da febre súbita (eu tremia de frio, e o termômetro aferia 38º), até  normalizar o quadro e eu, finalmente, ter alta. A sensação de estar possuída pelos efeitos do remédio era algo avassalador: permanecer de olhos abertos era impossível. Eu me recordo de tudo, da hora que cheguei à hora em que o João me avisou que estava indo embora, e que havia colocado comida para o meu cachorro, água, e que deixaria a chave em certo local, após trancar o portão.

Bom, o que me levou ao hospital, aos vistos, foi-se; o corte na testa está feio, e toda a minha preocupação agora baila entre não recidivar quanto ao estresse, e proteger dos efeitos nocivos do sol esse "y" que ganhei na testa. Posso dizer, inclusive, que estou utilizando o Cicaplast Baume B-6, da La Roche, e aprendi a fazer "ponto-falso" sozinha, com Transpore. Veremos se essa combinação vai "dar samba". 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Sobre alvos e atitudes

"O sucesso nasce do querer, da determinação e persistência em se chegar a um objetivo. Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e vence obstáculos, no mínimo fará coisas admiráveis."
José de Alencar

Não é segredo que eu funciono melhor se escrever sobre o que penso, o que sinto; processo informações, emoções, e converto em textos que me ajudam a seguir em frente. Pouco importa se é sobre o relacionamento, ou dificuldades profissionais, pessoais, familiares, conflitos internos... vai tudo para o liquidificador mental, rsrsrs.

Hoje, procurando frases para as placas de homenagens para o evento da empresa (porção marketing mode on), a supra citada me chamou a atenção, porque se encaixa sem esforço na situação da minha relação com João. De fato, há muitas coisas admiráveis em nossa história juntos... o alvo [ainda] não foi atingido, é óbvio, mas o saldo é positivo.

Claro que os obstáculos são muitos, pesados, aparentemente intransponíveis; porém, a filosofia da água finda por se aplicar com maestria. O bloco do "vamos ser chatos e atrapalhar" insiste em querer passar e por vezes altera a ordem e o cronograma, mas não tem vez, nem voz, não como julga ter... quando é impossível resistir, ceder não significa desistir, mas sim reunir condições para a próxima afronta.

Nenhum de nós achou que seria fácil, porém, juntos, somos sempre mais fortes e capazes. É a crença, a certeza firme na unidade, que abranda as dificuldades da vida. Tudo, obviamente, pautado no diálogo franco, no companheirismo, na compreensão, no amor. Afinal, como diz a música: um mais um é sempre mais que dois.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Somos dois, e somos um

O Giuliano foi muito feliz ao captar esse momento... porque felicidade é feita de instantes, de oportunidades aproveitadas, chances não desperdiçadas.
Fica aqui meu agradecimento ao amigo querido!



A cada vez que olho essa foto, sou invadida pelo sentimento de plenitude, como se lá estivesse, mais uma vez, vivenciando essa experiência.

Nossa vida não é perfeita, longe disso... tem sido, inclusive, colocada à prova por pessoas e circunstâncias. Mas esse burilamento todo, muito além de desgastar, tem aperfeiçoado e estreitado nossos laços, nossa relação.

É mais do que generosas de confiança e respeito, admiração e companheirismo; é colocar-se no lugar do outro, antes de tomar decisões. É a maturidade que impede de fraquejar diante daquilo e daqueles que não suportam a alegria e o contentamento alheio.

À medida em que seguimos pela estrada da vida, lado a lado, rumo ao futuro que estamos construindo, tenho certeza de que, realmente, nada na vida acontece por acaso; e que mesmo os maiores erros que cometemos [e pelos quais pagaremos um preço alto, ad eternum], serviram de lição... 

E como a minha vida tem trilha sonora, a música pertinente ao momento é essa:

O Melhor De Mim

O meu coração está feliz por causa de você
Minha vida mudou de vez depois que você chegou
Sou outra pessoa, uma pessoa bem melhor

E se o amor tivesse uma cor, seria a sua
Se fosse branca a cor, seria a mais bela das luas
Toda a beleza que o amor pedir, eu quero pra você
O melhor de mim

Se o amor tivesse um nome, seria o seu
Se fosse flor o seu nome, seria o mais doce jasmim
Você sabe me fazer feliz e eu quero pra você
O melhor de mim

O meu corpo tá mais quente por causa de você
Minha pele mudou de cor depois que você chegou
Você entrou na minha vida como um anjo cheio de luz
Tudo ficou mais claro, tudo ficou azul

Se o amor tivesse uma cor, seria a sua
Se fosse branca a cor, seria a mais bela das luas
Toda a beleza que o amor pedir, eu quero pra você
O melhor de mim

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Enough!

Imagem daqui
Por uma vida sem despertadores, sem a loucura do trânsito, sem o medo dos assaltos e da violência desenfreada, sem convivência forçada, sem a sensação de estar sendo usada e constantemente vigiada... mais amor em tudo o que se faz, das bijus à profissão abraçada, com remuneração mais compatível com a necessidade, do que com a nova forma de escravidão.

Eu tenho inveja de quem trabalha naquilo que ama, é remunerado à altura, e vive [muito bem] disso. Devia ser assim para todos. É para isso que a gente estuda, ou não? 

(mas ainda acho que eu devia ser dondoca, rsrs)


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Recuo, nova partida, e o sonho do mesmo CEP

"Dai-me Senhor, a perseverança das ondas do mar, que fazem de cada recuo um ponto de partida para um novo avanço." 
Gabriela Mistral

É nessa vibe que pretendo enquadrar o mês de setembro: o ponto de partida, para um novo avanço. Sim, porque já se foram 8 meses de doses - nada homeopáticas - de aborrecimentos, dissabores, falta disso e daquilo, enfim. Passou da hora de começar a construir o castelo com todas as pedras que fomos reunindo pelo caminho. 

Só que sair da teoria, para a prática, exige muito mais do que [boa] vontade, e é aí que a porca torce o rabo, ou que o caldo entorna, rs. Já disse, petit comité, que a sensação é de ter sido alvo de "coisa feita", das mais pesadas possíveis. Parece que está tudo aprisionado, algemado, enterrado, sei  lá... não fui, não fomos, mas que tem coisa errada, ah, isso tem.

Quem aí lembra a história do documentário "o segredo"? Provavelmente, muitos. Curioso como parece funcionar para uma ou outra seara, mas na essencial, vital, a estagnação permanece. Não há mentalizações, verbalizações, recortes, absolutamente qualquer ato capaz de mover um único milímetro, na direção do que desejamos. O lago segue manso, pacífico...

Ok, retomando o que originou o post... tenho dito a mim mesma que tudo foi alicerce para a construção dos nossos sonhos. E é chegado o tempo de sermos dois, e sermos um; somar, subtrair, multiplicar e dividir, ter o mesmo CEP, uma mini-horta, cronogramas de atividades domésticas, escolher a cor dos utensílios da cozinha, rir de nossos traumas, planejar aquisições...

Quando vai ser? Não sei. Por mim, seria hoje, no máximo amanhã. Tomara que Deus pense da mesma forma, e tenha calculado assim também.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Do Deus surdo - Paulo Coelho

Li e a identificação foi imediata... compartilho aqui no blog:

Do Deus surdo

seg, 02/09/13
por Paulo Coelho |
categoria Todas

O guerreiro da luz vê-se, de vez em quando, andando pelas ruas sem qualquer destino. Nestes momentos, ele pensa:

"Nada do que planejei está acontecendo. Dei o melhor de mim, segui meus son­hos, fui fiel a Deus. Entretanto, as coisas parecem não caminhar para frente, os esforços não estão sendo recompensados".

"Deus parece que está surdo e não escuta minha voz", diz o guerreiro com uma certa amargura.

Neste momento, a melhor coisa que ele deve fazer é sentar-se num bar e pedir um café. Depois de alguns momentos irá entender que o tempo de Deus não é igual ao seu tempo.

Em algum lugar do Universo, milhares de anjos estão se moven­do e caminham para ajudar todos aqueles que seguem seu coração.