segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Dobrando 2012 para colocar numa caixa

Ano passado, não me recordo exatamente do que estava fazendo a essa altura do dia, mas por infortúnio, das horas que antecederam a virada, e as posteriores, eu me recordo com maestria. Aquilo tudo foi o prenúncio de um ano difícil em quase todos os aspectos da vida.

Eu pedi - e muito - para que o que me martirizava fosse embora, saísse da minha vida e levasse consigo o fel, o dissabor, e o conjunto da obra. Aconteceu, e foi o start de um longo aprendizado. Mais prudente, porém não menos afoita, acabei de jogando de cabeça noutra história, mas os alarmes permaneceram todos ligados, e o resultado não poderia ter sido outro.

Vieram as dores em março, em abril, mas foi em maio que a laceração se abriu verdadeiramente... o alívio mínimo em junho - talvez só para que eu tivesse um pouco de paz durante o período do aniversário - para o buraco sem fim, escuro, profundo, e de onde eu provavelmente jamais teria conseguido sair, se não fossem pessoas amadas (aqui cito as que se fizeram presentes aos velórios: Milena, Lara, Socorro, Thaty, Flávia, João, e as que gentilmente se dignaram a ligar e me confortar), e claro, se não fosse a terapia.

Cega, segui me arrastando pelos dias, até que "no meio de tanta gente eu encontrei você, entre tanta gente chata e sem nenhuma graça, você veio... e eu que pensava que não ia me apaixonar nunca mais na vida". O resto é história do livro, é um sem-número de declarações de amor que já fiz aqui no blog, ou no Facebook... e as que estão registradas somente no silêncio dos nossos olhares.

Os últimos dias de 2012 têm sido difíceis, e a balança vem pendendo ora para o lado do medo, ora da coragem. O fiel da balança é a esperança... 

Em suma, fica aqui o meu desejo a todos de que 2013 seja um ano livre, leve e solto, sem tanta amargura nem dor. Rogo a Deus que nos abençoe, e nos proteja da inveja alheia, principalmente. Mas que, se sobrar um tempinho, que Ele possa tornar reais desejos práticos, simples, mas que terão efeitos positivos sobre a minha vida, a vida do João...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Cinco meses de uma vida inteira

Depois da linda homenagem que recebi do meu [extraordinariamente romântico] namorado, honestamente fiquei desarmada. Geralmente sou eu quem dá o start de coisas do gênero... mas ele se antecipou e me deixou sem ar, sem palavras...

Eu não poderia, jamais, deixar que esse dia 19/12 - data em que completamos 5 meses juntos - passar em brancas nuvens. Porém, como retribuir à altura?

Bem, deixemos que Michael Bublé se encarregue da missão, com sua voz doce, quente e macia... quase um abraço:



With each word your tenderness grows
A cada palavra, sua ternura cresce
Tearing my fears apart
 Levando meus medos embora
And that laugh that wrinkles your nose
 E aquela risada que enruga seu nariz
Touches my fletch heart
Toca meu coração bobo
Yes you're lovely, never ever change
Sim, você é adorável, nunca, jamais mude
Keep that breathless charm
Mantenha esse charme que me tira fôlego
Won't you please arrange it?
Você não irá, por favor, arranjar isso?
'Cause I love you
Pois eu te amo
  Just the way you look tonight
Exatamente como você está essa noite

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Em paz com a balança, e de short tam.40!

Imagem daqui
Fazendo um breve retrospecto, creio haver desperdiçado pelo menos 15 anos numa batalha com a balança repleta de perdas e ganhos, literalmente.

Quando me livrei da pressão - externa e interna - para emagrecer, disparei um gatilho que me conduziu ao ponto em que me encontro: em paz. Sabe aquela sensação de vestir determinadas roupas e ora servirem perfeitamente, ora simplesmente cair pelo corpo, mesmo abotoadas?

Pois bem, hoje no horário de almoço, corri com a Layle na C&A do centro, descrente, pois já havia rodado a loja do Iguatemi e não encontrei nada. 

Para noooooossa alegria, rs, não só encontramos (sim, a Layle se esmerou em descolar modelitos l-i-n-d-o-s! *valeu nega!*), como os de tamanho 40 fecharam lindamente. Resultado? Viajo amanhã feliz com o peso que a balança me mostrou essa manhã, e com shorts fofos na mala!!!

E não foi milagre, tampouco um trabalho hercúleo, mandar pro espaço 6kg... só lembrando que eu não fiz e não faço exercícios com regularidade... então o mérito é da perseverança na dieta mesmo. Ah! também não vivi todo esse tempo de água e alface... rolaram uns casamentos no interregno, umas comidinhas preparadas pelo amado, um vinho, um espumante... e tranqueiras comestíveis, claro.

Aquela história de comer para viver é verdade... mas a gente passa muito tempo vivendo para comer! Hoje, consigo perceber quando estou satisfeita, e deixar - sem remorso - a comida no prato; ou dividir com o João, sem gulodice.

Ainda pretendo eliminar mais 3kg... não acho exagero, é um peso adequado para minha altura, e respeita minha compleição física. Bom, mas estarei de férias, então uma caminhadinha na praia não parece má ideia! 

Rumo ao reveillon mais magro dos últimos tempos! \o/

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

A fragilidade escondida sob a couraça

Despir-se da couraça que carregamos é, sem sombra de dúvidas, um ato de coragem. Especialmente quando revelamos a fragilidade do que há por detrás das máscaras e dos personagens.

Pensei ontem em mim, quando daquele fatídico dia 29 de junho... o quão exposta eu me fiz, e o quanto isso me permitiu receber afeto num nível que não pode ser mensurado. Até o meu orgulho, a mais afiada das espadas que carrego, deixei de lado e pedi ajuda, socorro mesmo.

Pessoas muito queridas, que estiveram fisicamente, em pensamentos e até mesmo somente por telefone, mas que à maneira de cada uma, uniram-se num braço forte que me foi estendido para levantar daquele chão onde jamais imaginei que estaria deitada, absolutamente entregue à exaustão do sofrimento.

Nesse momento, uma estimadíssima figura pela qual nutro um imenso carinho, atravessa - sem o "exoesqueleto" - provavelmente o momento mais difícil da própria vida. Rogo a Deus misericórdia pelas faltas, e que esse caminho a trilhar seja tanto ameno quanto possa ser, dentro da situação que se apresenta. 

Agradeço, por me confiar um segredo tão íntimo nesse momento delicado; e peço a Deus em oração para que essas sombras possam ir embora logo, e que se revele um lindo e brilhante dia de sol, em forma de sorriso.

Força, fé, e conte comigo sempre!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Escritos transcritos I

"Prisão, por que razão?
Não é crime desejar, e amar!
Emoção e liberdade
Pensamento, planos, desejo
Algemas? Só se feitas de saudade!
Punição? Apenas um beijo."

"Acordara de um sonho quase pesadelo, um misto de sensações e emoções; estivera presa - sem recordar motivo ou local - e fora libertada à beira do altar. Sim, o preço da liberdade era uma aliança, um vestido de um branco puríssimo, quase celestial.

A confusão de se ver naquela situação: não fora era a planejar, tampouco executar e saborear cada decisão; estava tudo pronto e ela não tinha escolha a não ser entrar naquela roupa e ingressar numa nova vida.

O deleite do noivo à espera, o burburinho dos convidados, tudo era novo e havia sido tão sonhado e aguardado... por que daquele jeito? 

A nítida visão do par de alianças e do sorriso dos recém-casados. Ao alívio do pós-sim, seguiu-se o desespero do despertar e perceber: fora um sonho."

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

O instante, a estrada e o João

Imagem daqui

Houve um instante
Não sei precisar ao certo
Em que o caminho se mostrou à frente
E você se prontificou a estar ao lado.

Ontem
Hoje
e sempre.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um post para o Papai Noel - versão 2012

Bom, Papai Noel, no ano passado eu escrevi uma cartinha um post: esse aqui ó. Nem me venha com sorrisinho, porque as duas coisas materiais que obtive vieram em 2012, e não foi obra sua! E sim, o carro também não veio desse saco no trenó.

Meu bom velhinho, esse ano não quero nada material. Nem o que remanece da lista do ano passado. 2012 foi tão atípico que até os desejos de posses perderam a importância, sabe? Por isso, não estranhe, mas sequer vou pendurar a meia na lareira (a louca, nem lareira tem!)

Na verdade, o aniversário de Jesus vai ser meio apagadinho lá em casa, e nem preciso declinar os motivos... pessoalmente, vou celebrar comedidamente conquistas as quais agradeço diariamente. Se me fosse concedido desejar algo, nem seria para mim, mas sim um presente para o meu presente

Não sei se meu presente vai escrever uma cartinha ao senhor, mas creio que se o fizer, é bem possível que peça o mesmo. 

No mais, seu trenó entrega abraços e beijos no céu?

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Canteiros de obras, ruas e nariz de palhaço

Fico pasma com o descaso do Poder Público com questões como a do trânsito, por exemplo. A capital virou um canteiro de obras e ninguém se preocupou em minimizar os danos à população; e quando digo "população", não me refiro exclusivamente aos proprietários de veículos particulares, mas também aos usuários de transportes públicos. Somos todos vítimas da falta de planejamento e gestão.

Alguns dirão que o excesso da frota particular contribui para o caos, e eu concordo: somos muitos, motoristas solitários. Porém, o transporte de massa, além de limitado e insuficiente, é inseguro e tem inúmeros outros fatores nada atrativos. Isso, aliado às políticas de incentivo para aquisição de veículos (motos, inclusive), contribui sim para o problema, mas não deve ser usado como desculpa para a inércia.

Quem transita por vias como a Engenheiro Santana Júnior, Antônio Sales, a Washington Soares (CE040) e outras tantas que passam por obras municipais e estaduais, sabe exatamente do que estou falando. Quem, em sã consciência, não sabe que interromper um determinado fluxo vai desembocar n'algum lugar, e prejudicar o sistema como um todo? Por que não planejar alternativas que minimizem os danos?

Não. Basta ir à tv e informar que a partir do dia tal, a via tal vai ser parcialmente interditada, e pedir desculpas pelo transtorno, além de rogar compreensão. Sim, obras são necessárias, mas que tal se dedicar a estudar outros meios?

Parece que bom senso devia ser remédio diluído na água potável. Como não o é, fica a critério de quem resolve, estando à frente das decisões, adotá-lo em prol do coletivo. E aos vistos, poucos gestores estão realmente preocupado com o tempo que a gente gasta para ir de casa ao trabalho, cumprindo horário... que se dane, né? O que importa é a Copa das Confederações.

Pão e circo.

O desapego revitalizante

Várias contagens regressivas começaram no último sábado... 

...30 dias para o novo ano;
...12 dias para as merecidas férias;
...um dia a menos, rumo ao happy beginning.

Ciente de que cada amanhecer traz consigo uma caixinha de boas surpresas, e nos aproxima mais e mais dos nossos sonhos e objetivos - pessoais e em comum - sigo batalhando com a ansiedade e suas consequências ruins. Esperança parece uma palavra bem adequada para combater tal cenário.

E recapitulando a minha vida, tenho enfrentado a inércia em vários segmentos. O peso extra, o guarda-roupas entulhado, a bagunça que acumulava aqui e acolá, papéis que precisavam de arquivo. Devagarinho, a coisa vai fluindo naturalmente, e o meu universo particular vai revitalizando.

O processo de desapego genérico continua... como diria Caio Fernando Abreu: "Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar  o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça."
 
Agradeço a Deus todos os dias por ter deixado o Joao entrar... e transformar tudo ao redor.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Sentimento sem designação

Procurei as definições de termos como "saudade", "nostalgia", "banzo"... nada se encaixou com o que sinto. Como é possível sentir falta de algo que nunca foi experimentado, nunca foi vivido, nunca existiu? Não encontrei um sinônimo para esse sentimento.

A bem da verdade, o ser humano vive, na maior parte do tempo, perdido entre o passado e a esperança do que vai ser o futuro; frequentemente, esquece a dádiva denominada presente. Totalmente me reconheço nesse grupo, porém há algum tempo venho empreendendo esforços para modificar tal realidade.

Aqui e agora, hoje, esse momento. O calor do abraço, a sensação da lágrima que escorre, o sorriso dos pequenos, o som do "tia Tati" pronunciado com alegria no olhar... os milagres que tento desfrutar ao máximo, para que fiquem registrados.

Porém, via de regra quando estou sozinha com meus pensamentos, sou arrebatada por desejos que me transportam a realidades que sabe-Deus-se-vão-se-materializar. Em todos os aspectos, que fique claro. Não só com relação ao lado sentimental, mas ao conjunto da obra.

Entre o que vivi e o que não sei se vai acontecer, vou tocando o barco, cantando aquela velha canção, rsrsrs. Rezando e pedindo proteção contra a inveja, principalmente. 

PS: Achei aqui essa definição de saudade...

"Saudade é não saber. 
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, 
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, 
não saber como frear as lágrimas diante de uma música, 
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche." 
(Martha Medeiros)

Diário da dieta: escapando e retomando a jornada

Balança estagnada, hora de adotar medidas extremas. Não, não, nada de me afogar em comidas e lamentar depois. Esse ciclo vicioso foi rompido: parei de descontar a frustração [de qualquer natureza] na comida.

Pois bem, quinta dia 29/11 retomei a fase 1 da dieta: só proteínas de alto valor biológico, saladas e outros alimentos permitidos. Resumo da ópera: não só retomei o peso da semana anterior (-500gr), quanto vi a balança sorrir com menos 600gr, totalizando 1,1kg.

No sábado, fomos a um casamento e eu não me privei: tomei energético, espumante, comi todas as guloseimas (deliciosas, por sinal), incluindo doces. Não jantei porque realmente não senti vontade. A vida é feita de escolhas conscientes, e o bom é justamente me permitir escapadas, ciente da necessidade de retomar o rumo nos dias subsequentes.

Ontem, domingo, fui me programando para uma pizza à noite. Farinha de trigo integral, recheios como atum, e a moderação. Comi com a cabeça, e não com os olhos. Ah, sem falar na sobremesa divina-especial-maravilhosa-e-cheia-de-atrativos, feita pelo meu amado: cheesecake. Para não deixar de prestigiar - e poder elogiar, claro - provei uma garfadinha, do pedaço que ele estava comendo.

A balança respondeu hoje melhor do que eu imaginava... claro que houve consequências, mas todas contornáveis. Dieta nos eixos outra vez, vamos rumo ao Natal mais fit de todos os tempos. 

(comprei 2 vestidinhos lindos, um deles tamanho P... viram como vale a pena?)