quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

I can see clearly now

http://youtu.be/gIqLsGT2wbQ




Não sei, mas essa música me veio à cabeça hoje, e jamais fez tanto sentido quanto nesse exato instante da minha vida. Senão vejamos a tradução:

Eu posso ver claramente agora que a chuva se foi
Eu posso ver todos os obstáculos no meu caminho
As nuvens pretas que me deixavam cego já foram

Será um brilhante,
Um brilhante dia de sol
Será um brilhante,
Um brilhante dia de sol
Sim, eu posso ver agora que a dor se foi
Todos os sentimentos ruins desapareceram
Aqui está o arco-íris pelo qual eu tanto rezei
Será um brilhante,
Um brilhante dia de sol

Olhe ao redor e não há nada além céu azul
Olhe bem à frente, não há nada além do céu azul

Eu posso ver claramente agora que a chuva se foi
Posso ver todos os obstáculos no meu caminho
Aqui está o arco-íris pelo qual eu tanto rezei

Vai ser um brilhante,
Um brilhante dia de sol
Vai ser um brilhante,
Um brilhante dia de sol

Hugo Cabret, adorável!

Ontem, ouvi de uma pessoa no trabalho que assistir filmes era uma excelente forma de expandir a mente. Concordo, e acrescento: filmes com conteúdo lúdico, surreal. 

Ok, você vai dizer que acha absurdo ver Harry Potter e afins; mas vou retrucar, dizendo que você deve dar uma segunda chance, inclusive às animações. Sabe por que? Criatividade, imaginação, uma outra percepção da vida. Realidade é boa, sim, mas tem limites também. Nem só de filmes de ação se vive!

O fato é que ontem fui com mamãe ver, em 3D, o filme A Invenção de Hugo Cabret. Por sinal, ainda estou me perguntando (WTF) que nome é esse??? Rsrsrs. O nome original é simplesmente "Hugo", e não identifiquei uma "invenção" sequer. Se a linha do filme tivesse sido seguida, o nome deveria ser "Os 'consertos' de Hugo Cabret", rsrsrsrs.

Pois bem, sou ligada à "moral da história"... curioso é que os gêneros que mencionei sempre têm uma mensagem positiva, alguma coisa que a gente devia levar para a vida. Em suma: deveríamos nos modificar a cada contato com um filme.

Para quem se interessar, aqui vai o trecho do filme em que o Hugo faz uma comparação entre o mundo e os relógios, enfatizando sua opinião de que as pessoas seriam peças dessa engrenagem, cada uma com um papel bem definido. E se questiona, numa linda cena, repleta de filosofia: http://youtu.be/DTo6qwUgHEk


Ficou curioso? Veja esta resenha sobre o filme, aqui.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Liberdade de escolha


Decidi que era hora de remontar tudo. Óbvio, tive alguma dificuldade inicial, mas consegui concluir. 

Troquei o sistema operacional: funciona perfeitamente com as peças existentes, não dá conflito nem mensagem de erro, não faz exigências toscas. Não trava! 

Viva à liberdade de escolha!

Desinstalando "arquivos", liberando espaço

Hoje, enviei e-mail à terapeuta que me faz uma falta imensa! Poxa, antes de escrever, fiquei pensando em como teria sido mais simples atravessar a tempestade ouvindo os conselhos dela. Só que o bacana nisso tudo é que eu não me acovardei diante da impossibilidade de tê-la por perto. Fui lá e fiz. Simples assim.

Ela respondeu, reiterando que não está mais atendendo, e indicou outra profissional. 

Bom, a intenção de escrever sobre isso é perceber a importância do trabalho que ela desenvolveu comigo. Provavelmente, sem aquele suporte e sem as "ferramentas" que ela me mostrou, eu ainda estaria desperdiçando os anos mais preciosos da minha vida. Já chega, bastam os quase quatro que estão na lixeira emocional.

A busca agora é por uma forma de executar um "programa" do tipo CCleaner, para remoção de todo e qualquer "arquivo" indesejado remanescente. Preciso desse espaço livre. Nada mais justo, afinal, já há outro sistema operacional instalado, rsrsrs.

Incorrigivelmente romântica

Ontem estava eu dirigindo, com o rádio ligado, quando de repente uma música ecoou pelo carro, e me invadiu. Enquanto eu tentava "fisgar" algum detalhe que me remetesse ao título da canção, deixei-me levar pelos acordes, pela voz... até que o sinal fechou. 

Ainda bem que existe BlackBerry... rsrs. Descobri que a letra escondia uma declaração de amor escancarada, beeeeeeeeeeeeeem do tipo que faz meu tipo. Sou uma romântica incorrigível, daquelas que amam gérberas e lírios, especialmente em surpresas, rs.

Para amenizar os efeitos desse dia cinza como o meu suéter, rsrsrs, a letra (traduzida) da qual falei, e o vídeo da canção: http://youtu.be/WWj5GMn2ens


Alguém Para Amar

Finalmente
Ela chegou
Quebrou o feitiço
E me libertou
Colocou de lado
O que costumava ser
O homem de coração partido que eu fui uma vez
Eu nunca desisti
Eu sempre acreditei
Quando ela está em meus braços eu sei o que posso conseguir

Então me escute, solidão
Eu abro mão de você
Não preciso mais de você
Eu encontrei o que estive procurando
Então me escute, vazio
Não há mais lugar para você
Eu finalmente encontrei o que estive sonhando
Alguém para amar

Pois eu estava perdido
Estava destruído
Até aquele dia
Eu sabia sobre o que se tratava minha vida
Ainda me pergunto como
Ela chegou em meu caminho
Ela é o motivo do meu sorriso hoje

Então me escute, solidão
Eu abro mão de você
Não preciso mais de você
Eu encontrei o que estive procurando
Então me escute, vazio
Não há mais lugar para você
Eu finalmente encontrei o que estive sonhando
Alguém para amar

Alguém para amar
Para abraçar
Para ser minha inspiração
Alguém para tocar, para valorizar a vida

Então me escute, solidão
Eu abro mão de você
Não preciso mais de você
Eu encontrei o que estive procurando
Então me escute, vazio
Não há mais lugar para você
Eu finalmente encontrei o que estive sonhando
Alguém para amar

Alguém para amar

Oh, baby

Então me escute, vazio
Não há mais lugar para você
Eu finalmente encontrei o que estive sonhando
Agora eu finalmente encontrei o que estive sonhando
Alguém para amar
Alguém para amar

sábado, 25 de fevereiro de 2012

"Tão curta a vida... Curta a vida!"

Conforme previsto, o aniversário... bem... sem comentários. O que houve de diferente foi o fato de a situação constrangedora não ter se limitado a minha pessoa: foi estendida a uma série de outras, da minha família Brasil. Fica aqui a lição: não aceite convites, quando o seu sexto-sentido sinalizar que o ideal é não ir. Tenho dito!

A segunda parte da noite foi infinitamente mais interessante. Consegui, inclusive, tirar a Milena de casa depois das 22h. o que é i-n-é-d-i-t-o! 

O divino nisso tudo é que a gente escolhe viver, e a vida corresponde. Nesse sentido, cabe aqui um trechinho da música da musa Marisa Monte, "Seja Feliz": 

(...)
Seja feliz
Sem razão
Tão longa a estrada
Tão longa a sina
Tão curta a vida
Tão largo o céu
Tão largo o mar
Tão curta a vida
Curta a vida

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O dilema da sexta

Há dias, enfrento um dilema. Grande parte das pessoas, ao lerem sobre o meu, provavelmente vai julgar absurdo; porém, é preciso avaliar o contexto antes de crucificar a blogueira. Vamos aos fatos:

É cediço que não tenho relação alguma com meu irmão; consequentemente, não acompanho a vida das filhas dele... o pouco que chega a mim, comumente advém da mamãe. Honestamente, apesar de gostar de crianças, não vejo laços afetivos entre nós. Confesso, ainda, que sou mais "tia" da Júlia, por exemplo, do que propriamente das sobrinhas de sangue. Ah, sem falar nas afilhadas... amor quase que maternal desde o princípio.

Por sinal, falando nas afilhadas, creio ter sido escolhida justamente pela dedicação... quanto à Vitória, fui babá com muito gosto e afinco... treinando para os primeiros dias da Giovanna, cuja mãe saiu da maternidade diretamente para a minha casa. Foram algumas noites sem dormir, preparando mamadeira, trocando fraldas e tudo o mais.

Ok, devo informar aos leitores que jamais peguei nenhuma sobrinha no colo, por livre e expontânea vontade. Creio eu que a primeira vez que a mais velha veio a mim, tenha sido no aniversário de um ano, quando outra tia chegou e colocou-a no meu colo. Não foi confortável, eu me senti despreparada, diferentemente da Tatiana que cuidou das afilhadas recém-nascidas, dando banho, inclusive.

O que eu quero dizer com tudo isso é que não sei como agir diante do convite para ir à comemoração do aniversário de 4 anos da primogênita, hoje à noite. Em duas oportunidades, eu fui, mas incentivada e meio que "protegida"; este ano, não há mais aquele "escudo". Digo "escudo" porque, é fato, jamais fui agredida justamente pelo fato de estar acompanhada. Quer queira, quer não, a "barreira" é eficaz, porém não persiste aos tempos atuais.

Alguém me disse que eu deveria ir, construir "pontes" para estabelecer uma relação, ainda que meramente cordial, diante do fato inescusável de que temos laços de sangue. Não sei... eu me conheço, eu o conheço, e nós somos combustível e pólvora: ambos potencialmente destruidores, se colocados juntos. Nenhum é fácil, nenhum baixa a guarda. 

Em resumo, não sei como agir diante disso tudo. O bom senso diz que é preciso ir, os fatos ponderam pelo recuo. Alguém tem a solução?

Céu azul após a tormenta

Já há algum tempo, decidi que não mediria esforços para ser feliz. E mais: implementei o pensamento "vai dar tudo certo". Parece bobagem, mas além de terapêutico, é absurdamente eficaz no combate ao stress dessa vida cotidiana.

Óbvio, todos atravessamos tempos difíceis, vez ou outra. O que diferencia os fracos dos vencedores é justamente a capacidade de ter esperança, e enxergar o que virá (ainda que não veja a-b-s-o-l-u-t-a-m-e-n-t-e nada, numa distância superior a um palmo). Vejam bem, não é não cair, mas sim se dispor a levantar.

Não é novidade por aqui que eu enfrentei anos difíceis, pessoal e profissionalmente. Mas a mágica nisso tudo foi justamente parar de chorar, de reclamar, colocando ação nas coisas. Não é feitiçaria, nem tecnologia (plagiando a propaganda...)... é esforço contínuo, dedicação, e muita fé.

Agora, passado o pior momento de trevas, a luz começou a irradiar pelas frestas das portas e janelas do quarto onde me refugiei. Não há mais peso a carregar, lamúrias a suportar, nada. Chegou o tempo de ser feliz, de deixar brotar o sorriso espontâneo a cada memória bem recente, a cada toque do telefone, rs. Hora de aceitar elogios, carinho, afeição sincera. 

Creio que uma frase do Caio Fernando Abreu sintetize com perfeição o que estou dizendo... "Nenhuma luta haverá jamais de me embrutecer, nenhum cotidiano será tão pesado a ponto de me esmagar, nenhuma carga me fará baixar a cabeça. Quero ser diferente. Eu sou. E se não for, me farei."

 Posso dizer, honestamente: eu sobrevivi!

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O post sobre a quarta-feira de Cinzas

Sinto muito decepcioná-lo, meu caro "cupido", mas seguirei comedida, moderada nos escritos sobre o assunto, rsrsrs. Informações, entretanto, podem ser obtidas através dos nossos canais de comunicação (celular, sms, Facebook e MSN), ou, claro, pessoalmente. Fique à vontade para agendar um de nossos encontros lá no MonteCarlo, para sopa ou mesmo café-com-leite, rsrsrsrs.

brincadeiras à parte, 
vamos ao que interessa, 
a quarta-feira-de-Cinzas-mais-colorida-dos-últimos-tempos...

O que mais me encanta em feriados prolongados é a liberdade de dormir e acordar quando o corpo quer, comer o que dá vontade e quando a preguiça deixa... confesso que o carnaval teve um vibe meio índia, sei lá, deu vontade e eu passei a "morar" numa rede, extremamente bem posicionada: em frente à tv.

Bem, ontem acordei com o celular tocando, mas não achei ruim porque o relógio marcava alguns tracinhos depois das 9h, então não havia qualquer déficit de sono. Como a mamãe foi trabalhar, um dos sete pecados capitais se abateu sobre mim, e o máximo que consegui foi rastejar de pijamas até a cozinha, retornando à rede com uma caneca de café com leite. 

Daí em diante, as ligações que se seguiram foram muito boas. Aliás, o que foi muito bom, in fact, foi o final da tarde, exceto pela parte em que gastei três dígitos em presentes para a sobrinha, cuja celebração de natalício será amanhã, sem a confirmação da minha presença até o momento. Tenho razões para tanto.

Enfim... o filme "A Dama de Ferro" é, de fato, o que eu esperava. Por sinal, se a Meryl Steep não levar o Oscar no domingo, perco a fé na Academia, rsrsrs.

(ué, sobre o que vocês pensaram que eu ia escrever???)

Um resumo de sexta a terça, rsrsrs

Honestamente, preferia que o feriado tivesse se prolongado até o domingo. Ok, não serei ingrata, trabalhei somente até meio-dia na sexta, e tive folga na quarta de cinzas, tenho mais é que estar feliz e satisfeita.

Falando em quarta de cinzas - aliás, do carnaval como um todo - não tenho do que reclamar. Confesso que os acontecimentos no início do mês, e o feriado em si, não compunham à época um quadro positivo. Só que eu optei por viver, e só.

Tanto que na tarde de sexta, a Becky Bloom se manifestou... passei por um episódio complicado, mas superei. Zug à noite, reencontros, animação, e tudo começou a tomar nova forma. No sábado, o de praxe (manicure) e depois, rua! Mamãe e eu firulamos por horas na Etna, escolhendo ornamentos para o meu amado quarto. 

Por sinal, a tv vai finalmente para a parede, os livros para a estante (isso, ainda sem prazo, porque o móvel não estava disponível no estoque, e virá de SP... só em abril), e umas prateleiras devem auxiliar ainda mais a organização. Ahhhh, claro, eu ia esquecendo... o sábado foi de pulseiras. Fiz tantas que machuquei seriamente a mão, devido a força empregada com o alicate, para apertar as peças. 

O domingo foi de carangueijo com mamãe, Milena, Socorro e Ju. Fantástico, uma manhã/tarde bem animada. Só que o babado mesmo foi o show da Groovytown. Fazia tempo que eu não arrastava as sandálias até gastar, rsrsrs. O final da noite, bem, deveríamos ter visto a apresentação da banda Moinho, mas não foi isso o que aconteceu.

A segunda, bem, foi de preguiça. A noite de segunda é que foi um capítulo à parte, escrito com detalhes coloridos e muito, muito interessantes. Começou na padaria do Pátio Dom Luis, terminou no Boteco Praia.

Já a terça, pode-se dizer que começou às 18h30, e terminou por volta das 21h. (risos)

A quarta deve ganhar um post específico ;)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O primeiro capítulo

Well, há tempos não tinha um carnaval como esse. Creio que o sucesso da empreitada seja a falta de expectativas... eu não esperava muita coisa de um feriado em Forrtaleza, depois de ter me mantido "prisioneira" por quase 4 anos.

Como há tempos não acontecia, eu respeitei os limites e exigências do meu corpo, saí para onde e com quem quis, fiz o que me deu vontade. Estou, de fato, liberta. Escrever sobre isso também não carrega mais aquele peso de antes; agora, tudo é passado. Honestamente, arrisco dizer que caminho para sepultar outro capítulo da minha história, como se jamais o tivesse vivido.

Estou convicta de que criei uma espécie de imunidade, e ainda que seja exposta ao fator (outrora letal), dessa vez não serei acometida. Tenho anticorpos que programaram ataques sistemáticos e que não permitirão investidas do vírus agressor, rs.

O fato é que ontem eu tive a prova de que os meus sentidos estavam corretos, sobre tudo isso. Não fui acometida de nenhum sentimento negativo, só preciso (é óbvio) respeitar as minhas próprias vontades, o meu próprio tempo. Isso não significa que estou me fechando, jamais. No momento que se seguiu ao rompimento, eu já sabia que estava preparada para escrever uma nova história.

Sinto que este é o primeiro, de diversos capítulos...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Contendo o Wolverine em mim, rs

Que dia adorável essa sexta-feira chuvosa... claro que eu preferia ter ficado bem deitadinha na minha cama, de preferência em boníssima companhia, mas... enfim. É de trabalhar, né bebê, rsrsrs.

O bom é que o expediente será somente até meio-dia, e o retorno será na quinta. E nada dessa pobreza de espírito de ter que compensar horas posteriormente. Aqui não tem pelourinho não, minha gente! 

... mudando de assunto...

Well, acho que a chuva de hoje veio levar embora alguns "contrários". Ontem à noite, juro que precisei de muito autocontrole para não dar vazão ao Wolverine que habita os recônditos do meu ser. Meu Deus, quanto ódio, quanta vontade de estrangular, esfaquear, queimar vivo, arrancar unha por unha, quebrar falange por falange de todos os dedos dos pés e das mãos, puxar cílio por cílio com pinça... 

Claro, preocupada com essa fúria toda, consultei duas amigas (já casadas) e ambas disseram que isso é absolutamente normal, e tem nome: decepção monstra. Uma delas, inclusive, disse que se encontrasse um certo gajo por aí, tocava fogo nele sem pestanejar. Ufa, que alívio, não sou a única potencial incendiária, torturadora e homicida de Fortaleza. rsrsrsrsrs

Outra querida me disse hoje que, justamente por isso, eu deveria estar assídua no muay-thai. Devo concordar, e já fiz uma programação mental de tudo o que deverá ser feito pós-carnaval. 

Pois é... e como vou permanecer na capital alencarina, estou torcendo para que a programação seja animada, e valha o deslocamento, rs. E Fernando, sem desculpas, mais tarde vamos promover seu retorno triunfal à boa e velha Zug. rsrsrs (não me diga NÃO, hein?)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

"As Brasileiras" e uma representante "Brasil"

Não é novidade que a caçula lá de casa dá um trabalho daqueles, mesmo contando com 23 anos. Por sinal, já contei algumas dela por aqui, e se eu fosse começar a desfiar o rosário, creio que daria um livro.

A última dela não foi inédita, mas vocês vão entender porque eu precisava começar o post por aqui... rsrsrs

Pois bem, saí do escritório ontem e fui à padaria adorável e tentadora, que fica nas imediações lá de casa. Honestamente, ficava olhando aquelas guloseimas enquanto aguardava o pão quetinho... praticamente um cachorro em frente à maquina de frango. Coisa de propaganda.

Na saída, com algumas sacolinhas caloricamente recheadas, rsrsrs, toca o maldito celular e era quem? Quem? Isso mesmo, a irmã, pedindo para ser apanhada no salão, pois não havia levados chinelos (estava de sapatilhas) e não tinha como ir andando para casa. Coincidência? Não! Mamãe havia fornecido meu paradeiro, então eu fui a vítima do golpe da carona.

Não sei porque raios me ocorreu, ali, dirigindo rumo à residência, em escrever um episódio para o seriado "As Brasileiras". Poxa, na hora já me veio o título: "A escorada do Cambeba". Foi tão espontâneo o pensamento, que eu ri sozinha na hora. Ela não entendeu nada.

Em casa, larguei tudo sobre a mesa da cozinha e corri para contar a ideia à mamãe, que quase morre de rir. 

... fiquei inclusive conjecturando que atriz poderia interpretá-la. Até o momento, não me veio qualquer ideia. Quem conhece a figura, por favor, ajude com uma sugestão, rsrsrs. (Fernando, topa fazer o projeto comigo???)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Cabelos, Adele e eu

Imagem daqui
Vendo as fotos da Adele no Grammy, bateu uma vontade de passar a tesoura nos cabelos... mas como eu me conheço muito bem, sei que provavelmente vou amarelar, rs.

Estou disposta a ter uma conversinha com a maga-Dani, que tem cuidados das melenas da mulherada lá de casa... já que vou voltar a ser ruiva (#todas.comemora), um toque diferente seria bacana...

Tudo vai depender da reflexão até mais tarde, rsrsrs. Claro, também do aval da maga.

...e cá entre nós, a Adele sapateou sobre as línguas ferinas, que detonam quem está "fora do padrão", em termos de peso. Levou 6 estatuetas, cantou impecavelmente, e estava (vamos combinar!) um arraso, provando que nem só de osso ou de músculos fabricados se vive nesse mundo!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Revivendo fases necessárias

Esse domingo, enfrentei realmente um momento difícil nesse processo todo. Acordei angustiada, sufocada, 
prestes a irromper em lágrimas a qualquer momento. 

Ao invés de me entregar, decidi que precisava estar em contato comigo mesma, porém noutro lugar que não fosse a minha casa, o meu quarto. Fui à praia, dessa vez, sozinha.

O garçom de sempre, a mesa nas imediações de sempre (muito bem localizada, diga-se de passagem), a água-de-côco no ponto, uma revista de moda e um livro como companhia(s). Sob o guarda-sol, li toda a revista, e comecei a ler o livro. 

Lá pelas tantas, estava certa de que meu peito ia explodir. Decidi recorrer à sabedoria do amigo Fernando, que via sms ponderou a normalidade do que eu estava sentindo, especialmente por se tratar de domingo, um dia que ele classificou como "modorrento". Quando mencionei o fato de estar controlando as lágrimas, ele disse que faria bem ao meu coração "sensível e sofrido". 

Aceitei as palavras quase como uma autorização, e deixei que o sentimento extravazasse pelos canais lacrimais. Outra coisa bacana que ele me disse foi para não pular nenhuma fase. De fato, talvez tivesse sido necessário um "luto" após os acontecimentos. Só que o meu acabou sendo tardio, rsrs. 

Agora, sigo em frente como Cecília Meireles, que disse: "Aprendi com as Primaveras a me deixar cortar para poder voltar sempre inteira".

Foi uma poda extremamente oportuna, e necessária.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Mantendo os sonhos vivos

Estava eu displicentemente mudando de canal, quando me deparei com uma música que chamou a atenção. Nunca havia ouvido, tampouco visto naquele canal.  Mas aquela letra fazia tanto sentido, que eu precisava compartilhar imediatamente. O artista é John Kip, e a música, Adjustable, cuja letra transcrevo a seguir (mas antes, um esclarecimento pertinente: a primeira parte se deu enquanto eu ainda lutava contra a realidade dos fatos. Mas mantive os pés no chão, realmente, e fiz o que precisava ser feito):

Então, quando a dor está por toda parte
Eu sei como você pode se sentir mal
Manter os pés no chão
Pode ser a melhor maneira de curar

E então o tempo lhe trará a perspectiva de um dia melhor
Onde que as coisas podem ficar bem
Quando a vida lhe der cartasnovas para jogar
Sem nada mais a perder
A vida pode ser o que você escolher

Manter seus sonhos vivos 
Fará com que o desejo se torne realidade 
Manter seus sonhos vivos 
Vai trazer o melhor que ainda resta em você

Tudo que você precisa encontrar é a sua chance de começar

Se a verdade sobre a vida é ajustável
Você pode moldá-la da maneira que você quer que o mundo veja
Apenas faça isso possível
Tudo o que você quer pode ser possível

Você deve ser todas as mudanças que quer que seu mundo seja

Quaisquer sejam os planos que você pode ter
Sei que eles estão vindo em sua direção
Ninguém pode tirá-lo
Sua vida começa hoje!
http://youtu.be/DECoi2Mkrao

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Se a psicóloga acredita, por que vou duvidar?

Não poderia ter sido mais oportuno o momento em que recebi a resposta de um e-mail enviado à (ex)psicóloga. Inicialmente, cumpre esclarecer que pontuei 3 grandes conquistas pessoais, sem descer aos detalhes nem imprimir opiniões pessoais. Simplesmente, posso dizer que dei uma satisfação a ela, sobre as sugestões que me foram dadas n'algumas sessões.

Vou tomar a liberdade de transcrever aqui, posto que direcionado a mim, não há de ferir os brios de ninguém. Percebam a delicadeza com a minha pessoa. Fantástico!!!

"Olá Tatiana,
 
Que coisa incrível!!! Adorei saber disso sim! Acredito muito no seu potencial para ser feliz e encontrar alguém que realmente queira construir com você uma vida boa e saudável! Parabéns por tomar conta da sua vida! Lembre-se, não podemos mudar ninguém, mas podemos mudar a nós mesmos e o rumo da nossa história. Um super beijo!!"
 
(e se ela acredita em mim, e Deus também, quem eu sou para duvidar??)

Contagem de prazo

Nunca compreendi muito bem esse negócio de contagem de prazo em termos de rituais, especialmente católicos. Por exemplo, a pessoa morre numa sexta, e a missa de sétimo dia é realizada na quinta da semana seguinte. kkkkkkkkkk (perdoem-me, fui criada por família sem grandes tradições católicas... o que ainda aprendi foram algumas orações como "Ave Maria", "Pai Nosso", "Credo" e, por causa da linha kardecista, a "Oração de São Francisco").

Se a minha avó lesse o blog, a essas horas já estaria me preparando uma bela surra de terço (que também é um mistério para mim, sorry). E seria implantado, em caráter emergencial, um estudo aprofundado das tradições, para me "salvar". Respeito, ok, mas não compreendo. Mas tenho uma fé aqui dentro.

Sim, você deve estar se perguntando porque raios estou falando disso por aqui. Calma, eu explico: é que no dia 03 de fevereiro, algo pereceu. Aí hoje, transcorridos 7 dias, indaguei a mim mesma o que deveria fazer... celebrar uma missa, comemorar com os que me são caros, enfim. 

Até o momento, não encontrei resposta adequada, então resolvi aceitar sugestões... aceito via sms, Facebook, comentários ao post ou via e-mail. Hoje, tá valendo tudo ;) (ou quase).

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pedindo e recebendo

No trecho solitário do meu trajeto até o escritório, tive uma daquelas "conversas" habituais com o Poder Superior. Claro, agradecendo muito todas as mudanças havidas na minha vida, que são cristalinamente benéficas, e pedindo o de costume: discernimento, proteção e cautela.

O rádio estava ligado, mas era quase um "som ambiente". Quando concluí o "diálogo", a música que começa a tocar: Andar com Fé, do Gilberto Gil. Imediatamente, sorri e percebi que Deus fala conosco por meio de sinais... e esse foi o meu.

Outra coisa da qual me dei conta: a gente pede o milagre, mas é incapaz de enxergar as diretrizes que Ele nos fornece. E como diz o ditado "o pior cego é aquele que não quer ver", o ser humano costuma ser um cego contumaz, e ainda por cima, ingrato.

Recado dado, recado assimilado. E vamos lá andar com fé, porque ela, de fato, não costuma falhar.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Becky Bloom (quase) ataca novamente

Ok, a Becky Bloom que há em mim ameaça conseguir habeas-corpus de tempos em tempos. Por Deus, rsrsrs, todos têm sido negados e ela permanece encarcerada.

Só que hoje, conversando com um colega da área de informática, pedi que ele me avisasse quando tomasse conhecimento de alguma promoção de IPad 2, 3G. De bate-pronto, ele mencionou "IByte" e "Americanas.com". Corri para os dois sites e senti o coração palpitar.

Poxa, o equipamento que eu quero, e tanto desejo (vamos combinar que viajar e carregar um trambolho "note" ou "net" é a treva), estava com um preço excelente, condições de pagamento tentadoras, e frete grátis.

No último minuto antes de fazer login no site, consegui frear. Claro, a Becky não ficou em nada satisfeita... ainda posso ouvi-la argumentando sobre as vantagens, e tudo o mais. Ponderei, refleti, e percebi que o valor do IPad corresponde a alguma coisa entre 3 ou 4 parcelas do financiamento do carro.

Melhor adiar... e manter o saldo no banco positivo, e os cartões cada dia menos utilizados.

Sinto muito, Becky, não foi dessa vez que você conseguiu sua liberdade ;)

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Conquistando sonhos

Sou do tipo que sonha, ao invés de planejar. Aliás, as decepções estão me ensinando que o bom da vida é ser bem mais prático, e jamais ignorar os sinais. Se tudo indica que você está em rota de colisão, meu bem, acredite, você vai se esborrachar. Salvo se aceitar as "dicas" que recebeu e alterar o trajeto.

Eu costumava pautar os feitos e desejos sempre pelos acontecimentos. Melhor dizendo, esperando os tais acontecimentos. Um belo dia, a psicóloga perguntou o que me impedia de fazer isso ou aquilo. Honestamente, posso dizer que eu esperava um milagre. 

Creio eu que a cota de milagres para essas bandas aqui deve estar esgotada há algum tempo... e o meu, é claro, não ocorreu. Só que a decepção dessa vez foi tão pequena, arrisco dizer ainda, imperceptível. Isso porque a terapia saiu abrindo portas e cadeados na minha cabeça, no meu coração. Não foi preciso milagre coisa nenhuma.

Trazendo tudo para um campo bem específico, o material, posso dizer que as coisas mais pungentes estão solucionadas: o carro, a tv nova e o cachorro dos meus sonhos. Quanto a esse último, sempre tive para mim, e verbalizei aos quatro ventos, que só compraria quando estivesse devidamente instalada num canto que não fosse a casa da mamãe. 

Só que Deus, que jamais comete erros, mandou um sinal que eu captei imediatamente. Há 3 anos, aguardo que os padreadores de uma amiga cruzem, e produzam filhotes. Aliás, cobrei esse tempo todo o meu exemplar, e ela sempre pedindo paciência, adiando. Não por acaso, domingo ela me chama ao bate-papo do Facebook, perguntando se eu já havia comprado um cachorro.

Imediatamente, disse que não, e que tinha todo interesse do mundo em ter uma pequena, que fizesse companhia à Luna. Pois bem, a população feminina lá em casa vai crescer, muito em breve, com a chegada de Charlotte, uma filhotinha de shih-tzu.

Nos eixos

Eu não era uma pessoa controlada financeiramente. Creio que o assunto nem seja novidade por aqui, se a memória não me prega uma peça, já tratei noutro post. 

Pois bem, como a vida ensina com uma palmatória bastante severa, entre tropeços e sobressaltos (a maioria ligados a cartão de crédito, diga-se de passagem), posso afirmar que entrei numa fase ponderada. Inclusive, quando a psicóloga me instigou a deixar de lado as "amarras" que me impediam de trocar de carro, e logo após fechar vender o antigo, cheguei a comentar com a genitora o enorme medo de não poder assumir uma prestação, sem prejuízo das contas mensais.

Para encurtar a história nesse aspecto, uma planilha no excel foi o estopim de coragem, e lá fui eu realizar um sonho. Sim, meus caros, eu jamais havia possuído um veículo zero. Aos trinta, eu consegui!!! 

Hoje, quando fui consultar o extrato da conta, fiquei orgulhosa do meu esforço. Poxa vida, eu posso me dar alguns luxos sem prejudicar o orçamento. Isso não tem preço, literalmente. Só me resta agradecer a Deus pela oportunidade, empreendendo esforços para a melhoria do que faço, continuamente. 

Inclusive, conversava com o dileto amigo Fernando no último domingo, enquanto voltávamos de uma manhã de praia regada a risadas e água-de-côco, sobre a eficácia do método de pagar tudo à vista. Cartão é ótimo, mas deve se restringir à aquisição de bens de consumo duráveis, de custo mais elevado. 

Mania besta essa "nossa" de pagar tudo com cartão, da refeição ao cinema, da gasolina às compras de supermercado. 

Pequenas mudanças, grandes diferenças

Desde domingo, quando comecei a ler o livro "Magra? Não! Gorda em recuperação!", percebi que a autora podia ser eu. Sim, porque o depoimento ao longo do livro é bastante similar ao que vivi, em termos de problemas de aceitação, dietas mirabolantes e muito, muito mal estar por causa de 1, 2 ou 10kg de sobrepeso.

Ok, nunca fui obesa, mas a gente vive numa sociedade onde o padrão estabelecido é a magreza, ainda que cultivada à base de bulimia e/ou anorexia. É como se pouco importasse quem você é, o que faz, nada. Nem os seus diplomas e cursos. Se está acima do peso, é vista como uma fracassada.

Não bastasse a sociedade bombardeando, as cobranças que a gente se auto impõe, algumas pessoas fazem questão de impingir sofrimento ainda maior, com indiretas, olhares reprovadores quando estamos comendo, comentários depreciativos e toda sorte de maldades.

Percebi a carga enquanto tomava sorvete, após o almoço de domingo. Notem, eu estava sozinha na cozinha, e ainda sim uma culpa gigantesca se apoderou de mim. Era como se eu estivesse, mal comparando, contrabandeando drogas. Pelo amor de Deus, que raios de vida é essa? Claro que posso tomar uma taça de sorvete!

Aí fiquei matutando sobre as inúmeras vezes em que me senti assim, reprimida...

À noite, resolvi quebrar as amarras que coloquei em mim mesma: fui caminhar. Poxa, não é difícil, não demanda esforço hercúleo, nada. Sim, aí você pode se perguntar por que eu demorei tanto para fazer isso. Respondo: era a minha forma de lutar contra a repressão. Uma forma idiota, agora eu reconheço... 

Foram 40 minutos libertadores, embalados por músicas que falam justamente de libertação. Percebi que as desculpas perderam o sentido. Eu não precisava de companhia, nem de uma trilha sonora montada especialmente para a ocasião, nem de tênis ultratecnológicos (apesar de o meu ser próprio para corridas). Sequer me preocupei com o que comer antes e depois. Simplesmente me deixei levar.

Ontem, saí do escritório pensando no sushi que costumo comer às segundas-feiras. Com alguma estratégia, rsrsrs, minimizei a possibilidade de encontros casuais... peguei as peças que mais gosto, pedi sashimi e levei tudo para casa. Assim que cheguei, mamãe chegou alegando estar faminta. Ao contrário do egoísmo que costumava me acompanhar, convidei-a para comer comigo.

Quando terminamos, ela foi ao centro espírita, e eu fiquei vendo um programa chamado "Quilo por quilo", no canla Discovery Home and Health. Fiquei abismada ao ver que a moça perdeu, ao longo de 12 meses, nada menos que 73kg. Por Deus, o que ela perdeu de gordura é quase o peso de um ser humano médio! E eu fiquei ali me perguntando o que me impedia de levantar imediatamente e ir caminhar. Nada, foi o que concluí.

Sozinha em casa, e sem desculpas, lá fui eu caminhar outra vez, só que sem música. Decidi que seria um momento de auto-análise, e foi explêndido. Senti até a postura diferente, sem aqueles ombros cansados, arqueados para frente. Poxa, e sequer contei o tempo dessa vez, limitei-me a dar 4 voltas, o que dá uma média de 3,6km. 

Voltei para casa bem feliz, tomei banho e fiquei vendo tv até dormir. Notem, eu não comi, nõa belisquei, nada. Zero fome, sem desespero por comida. Nada. Só uma sensação boa de que as coisas estão nos eixos, e agora eu posso dizer que sou uma gorda em recuperação.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Autobiográfica

Fernando, meu dileto amigo, li uma frase de Caio Fernando Abreu que resume o ato de escrever, especificamente no meu caso: com postagens absolutamente autobiográficas, para reprovação quase que em absoluto pela minha mãe...

Que posso fazer, se somente consigo sentir através da transcrição do que vai em mim, seja na cabeça ou no coração, na alma?

A frase: "Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta."

Uma realidade em frases

"Sofrer dói. Dói e não é pouco. Mas faz um bem danado depois que passa."

"Acho que fiz tudo do jeito melhor, meio torto, talvez, mas tenho tentado da maneira mais bonita que sei."

"Preciso de segurança, de amor, de compreensão, de atenção, de alguém que sente comigo e fale: Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos, juntos, juntos."

"Escolha, entre todas elas, aquela que seu coração mais gostar, e persiga-a até o fim do mundo. Mesmo que ninguém compreenda, como se fosse um combate. Um bom combate, o melhor de todos, o único que vale a pena. O resto é engano, meu filho, é perdição."

"(...)Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções."


todas de Caio Fernando Abreu

Confiando, sempre!

Mamãe havia me dado um papel contendo uma mensagem, que devia ter sido destinada e, por razões alheias, findou por repousar na minha agenda. Hoje, lembrei e resolvi transcrever aqui, como forma de disseminar o ensinamento, e começar a semana bem harmonizada:

CONFIA SEMPRE

Não percas a tua fé entre as sombras do mundo.
Ainda que teus pés estejam sangrando, segue para a frente, erguendo-a por luz celeste, acima de ti mesmo.
Crê e trabalha.
Esforça-te no bem e espera com paciência.
Tudo passa e tudo se renova na Terra, mas o que vem do céu permanecerá.
De todos os infelizes, os mais desditosos são os que perderam a confiança em Deus e em si mesmos, porque o maior infortúnio é sofrer a privação da fé e prosseguir vivendo.
Eleva, pois, o teu olhar e caminha.
Brilha a alvorada além da noite.
Hoje, é possível que a tempestade te amarfanhe o coração e te atormente o ideal, aguilhoando-te com a aflição ou ameaçando-te com a morte...
Não te esqueças, porém, de que amanhã será outro dia.

MEIMEI

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Grosseria no DNA

De gente ignorante, eu quero distância. Aliás, prefiro ignorar a existência. Creio que seja um "castigo" bem eficaz.

O fato é que o sangue Brasil deve guardar qualquer parentesco longínquo com o sangue Lunga. Há alguns exemplares masculinos que, pelo amor de Deus!

Pois bem, a genética também tem parcela de contribuição no caso dos Brasil. Papai foi um dos piores exemplares que conheci na vida, em termos de grosseria, estupidez e falta de modos em tratar os seus. Aos olhos dos outros, era um anjo, gente boa, um parceirão. 

Daí que o ditado "quem sai aos seus não degenera" faz muito sentido. Meu irmão é uma cópia fidelíssima do que foi o papai. Inclusive a forma de lidar com os filhos, com a mulher, enfim. E a coisa de "querer cantar de galo" infelizmente não "podada" pela genitora, perpetua-se até hoje, no caso dele. Não sei, a psicologia deve explicar essa coisa de o filho querer tomar o lugar do pai. 

Enquanto escrevia esse post, fazia uma retrospectiva dos fatos. Nada mudou. Ou melhor, piorou. Como não há "cortes" nas "asinhas" desse "galo", o pescoço vai ficando grosso, a ponto de se ter cenas patéticas com murros no portão, gritos e palhaçadas do gênero.

O que eu faço? Bem, simplesmente sigo ignorando. Sem platéia, comportamentos infantis perdem a graça, não é mesmo?

"A lua me chama eu tenho que ir pra rua"

Amigos são, de fato, irmãos que escolhemos manter nessa vida. Por sinal, não posso reclamar dos que caminham, seja ao meu lado, seja observando os meus passos (ainda que de longe). São essenciais para a minha existência, tanto quanto o ar que respiro, ou o Deus no qual acredito.

Pois bem, diferentemente dos episódios anteriores dessa mini-série, não recorri a qualquer deles, de imediato. Simplesmente fechei a porta, retornei ao quarto decidida a atender ao "chamado da lua" (da música do Lenine): tomei banho ouvindo música, coloquei um vestido, caprichei na maquiagem e saí, sozinha.

Ao chegar ao destino, procurei rostos conhecidos, não achei. Decidida a aproveitar o momento, sentei e fiquei ouvindo música. Foi quando percebi uma coisa: os olhares. Juro que após tanto tempo de "lavagem cerebral", eu me via disforme, incapaz de atrair a atenção de alguém. Pelo contrário, lá estava eu, vendo e sendo vista.

Um episódio engraçado ocorreu, mas não vou descer aos detalhes... a lição que tirei disso tudo é: estou viva, sou bonita e capaz de ser vista. Claro, posso aperfeiçoar o "material", mas será por satisfação pessoal, pura e simples. Nada de cobranças absurdas, descabidas. Deus fez a cada um de nós, e sabe exatamente por que alguém é gordo, magro, narigudo, alto ou baixo. 

Aprendi com isso tudo que preciso me respeitar, aceitar quem e como sou, para então reinventar, dentro de um padrão possível, atingível. Nada de sandices, cirurgias eletivas desnecessárias, academia como prioridade na vida, enfim...

Hoje, enquanto conversava e ria com Fernando, sentada à mesa da barraca de praia de sempre, atendida pelo garçom de sempre, percebi o quanto eu me permiti boicotes, inclusive auto. A vida é tão mais que um corpo (lipo)esculpido... é feita de bons momentos, de risadas, de silêncio e som. 

Obrigada, Deus, por haver me feito exatamente como sou, e pelos amigos que me amam com ou sem sobrepeso.

Os ecos da terapia

Incrível como as poucas sessões de terapia ainda têm soluções que ecoam. Lembro perfeitamente algumas das frases que ela me disse, quase que como uma profecia, posto que são reais hoje. 

Creio que na segunda sessão, se a memória não me trai, cheguei com a sensação de que iria explodir. Quando comecei a falar sobre isso, e aleguei não saber as razões de me sentir daquele jeito, tampouco conseguir dormir (o que fazia de mim um zumbi), ela foi categórica: você anda carregando peso demais, devolva o que não é seu.

De forma lúdica, fui devolvendo o que a quem de direito. Ao passo que as lágrimas brotavam ao montes, o coração foi ficando aliviado, a cabeça pesando menos... por fim saí com o rímel borrado, mas leve de corpo e alma. Sem falar no aprendizado sensacional: não aceitar o que me faz mal. Até hoje aplico a técnica, devolvendo o que eventualmente peguei, desavisada ou não, e que não preciso carregar comigo.

Noutra oportunidade, ela me perguntou se eu havia definido um prazo. Confesso que isso me passou pela cabeça, uma ou duas vezes, mas refletindo ali, naquele instante, eu disse: março de 2012. Não cumpri o que me foi sugerido, sobre avisar acerca desse "prazo" para a outra pessoa. 

O fato é que tudo se deu "antecipadamente". Ainda sim, tenho a sensação de que foi a coisa mais acertada nessa minha vida.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Feridas cauterizadas sem anestesia

O ser humano é um bocado estúpido... e capaz de manter uma ferida aberta, sangrando por dias, meses, anos. A dor, com o tempo, torna-se companheira e já nem incomoda tanto. Até que o corpo vai perdendo as forças, e a pessoa só percebe quando já está fraca em demasia.

Reagir, em casos assim, é questão pura e simples: sobrevivência. E como a chaga já tem alguns aniversários de existência, o remédio é radical. Cauterizar a sangue-frio, por mais que provoque uma dor lancinante, fecha à força o que um simples band-aid teria dado jeito, acaso a criatura tivesse se dado conta de que sangrava.

O meu processo começou ontem. Não digo que extirpar essa bala sem anestesia tenha sido fácil, mas fiz como nos filmes: mordi um pano, queimei a ponta da faca e voilà. Não gritei, não fiz escândalo... simplesmente senti a lágrima escorrer quente pela face, enquanto sangrava já sem aquele corpo estranho em mim.

Confesso que um repouso teria sido recomendado, mas eu não aguentei. Limpei a bagunça, cobri o ferimento e saí. Convivi muito tempo com uma dor, que na verdade me fez mais companhia do que quem causou; uma "cirurgia" não é páreo. 

É hora de deixar o meu corpo curar a si mesmo. Mas também é hora de (re)começar a viver.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Elogio e dinheiro

Hoje recebi um elogio pelo trabalho heavy metal que consegui concluir em tempo recorde. Aquele mesmo, sobre serviços fúnebres.

Além da imensa satisfação de ter conseguido concluir antes do prazo estipulado, é bacana ver as coisas caminhando a contento para gerar benefícios ($$$) vultuosos à empresa. Dá aquela sensação de dever cumprido...

Em momentos assim, percebo que o retorno financeiro é importante sim, não sejamos hipócritas; mas o reconhecimento é um fator infinitamente mais poderoso, em termos de motivação. Não é novidade que eu já vivi no inferno... elogio por lá, nem pensar, que dirá contrapartida monetária.

Óbvio que não trabalho em empresa/escritório perfeitos, longe disso. Só que o bolo por aqui é dividido, todo mundo ganha uma fatia, e quem ajuda a preparar ainda ganha elogios. 

Coisa boa, não é?

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pendências "Gremlins"

Quando me disseram que 2012 seria um ano de muito trabalho, eu acreditei. A "fonte" era segura, de muita credibilidade. Ok, janeiro transcorreu em ritmo um pouco acima do havido em 2011. Normal.

Só que fevereiro resolveu chegar "chegando"! Aí, meus caros, uma pilha de processos com prazos para algum tipo de manifestação anda se multiplicando mais que Gremlins em contato com água. Suspeito que haja uma goteira do ar condicionado muito próxima à mesa, rsrsrs.

Não obstante o habitual, foram incluídas visitas aos juízes federais, em municípios os mais diversos possíveis. Tanto que na terça, estive em Sobral; hoje, deveria estar a caminho de Quixadá, porém outra tarefa "para ontem" surgiu atropelando tudo, e desde então estou imersa até os cílios em informações fúnebres.

Sem adentrar nos detalhes da "missão", digo simplesmente que nunca li tanto sobre cemitérios, planos de assistência familiar e afins. 

Bom, como o lazer dura muito pouco, assim como as horas de sono disponíveis, é hora de retomar os afazeres para concluir tudo dentro do prazo. 

#wish.me.luck